SE NÃO FOSSE UM BROCADOR...
Desculpem o atual pequeno número de postagens. Tenho andado meio sem tempo e totalmente sem 'saco'. O mundo anda muito chato, demagógico e exageradamente 'politicamente correto'.
O presidente da FIFA faz uma brincadeira inocente, numa palestra descomprometida para universitários, sobre a vaidade exacerbada e ululante de um jogador de futebol e o caso vira um incidente diplomático bombástico na Península Ibérica.
No Brasil, um deputado fala a maior verdade já dita na capital federal, afirmando que lá não existe santo, e transforma-se no inimigo número 1 da nação.
Um vereador de uma diminuta cidade fluminense, num ato impensado, mas compreensível pela sua experiência familiar, fala uma bobagem inconsciente, e aí vem o delegado da cidade, meu amigo pessoal, 'jogando para a plateia', e o indicia por incitação a crime. Vê se alguém vai sair matando mendigo só porque um vereador de 300 votos desabafou uma mágoa!
Uma figura lunática e visivelmente perturbada interpela esse blogueiro na justiça somente porque supostamente um comentarista anônimo em uma das minhas quase 5.000 postagens, a chamou de 'feia e boba'. O problema é que ela realmente é feia e boba.
Negão virou afrodescendente. A antiga bichinha, ou 'viadinho', agora é um cidadão de orientação sexual alternativa e pode até casar e ser mãe. Cantora para sair do ostracismo tem que declarar bissexual. Semana que vem, terei que sair de casa para não ter que assistir em baixo da minha janela, mulheres de agarrando, homens se esfregando, drogas rolando, e demais promiscuidades rotineiras nas tão propaladas caminhadas de orgulho LGBT, pois caso me manifeste ao contrário, serei rotulado de homofóbico, reacionário e nazista.
Se eu elogio o governo, sou 'comprado'. Se critico, mesmo de forma construtiva, sou 'traíra'. Se meu filho é reconhecido e laureado na sua atividade profissional é por influência minha e não por sua exclusiva competência. Na minha cidade, mesmo sem direito a triênio, estabilidade, fundo de garantia, ou outras vantagens pecuniárias, cargo comissionado tem que matar um leão por dia para se manter empregado e mesmo assim, não é reconhecido como funcionário público, pois somos todos rotulados como 'marajás', sem direito a defesa ou contraditório.
Vivemos, sem perceber, numa extrema censura às avessas. O interesse das minorias passou a ter mais valor que o das maiorias. Se uma pessoa ousar fazer uma caminhada de orgulho hétero ou colocar uma camisa escrito '100% branco', certamente será linchada em praça pública. Está censurada a espontaneidade, o humor imediato, a piada fácil, o sorriso aberto e a gargalhada descomprometida. Agora só há espaço para frases feitas ditadas pela ditadura global da mídia, que impõe em nossos lares: violências, traições, seduções, chantagens, vigarices e outros valores propagados acintosamente nas novelas da TV.
Enquanto isso, o Itaú e o Bradesco, juntos, anunciam o lucro de 7 bilhões num único trimestre, às custas da 'sangria' dos orçamentos das famílias brasileiras, e todo mundo bate palma. Banco no Brasil é sinônimo de agiotagem oficial protegida pelo governo e sustentada pelas verbas astronômicas investidas em agências de publicidade e veículos de comunicação de massa.
Em escala menor, em todo o interior do Brasil, prefeito só é bom se der verbas para a imprensa. Pode roubar, matar, dilapidar, desviar, fazer o que quiser, que se 'molhar a mão' dos donos de jornal, rádio e TV, vira santo e benfeitor. Já, caso opte em gastar melhor os recursos do erário e não jogar pelo insaciável ralo da mídia as rendas de seu povo, mesmo que seja canonizado por Sua Santidade, vira marginal, larápio, malversador e canalha.
Ser honesto virou ser otário. Ser contra o uso de drogas virou ser careta. Gostar de mulher virou ser homofóbico. A privatização rolava só na era FHC, pois agora, pela mala cheia e sem alça da "presidentA", chama-se "partilha". Estamos vivendo dias de completa e irreconhecível inversão de valores e prioridades sociais e quando pensamos que pelo menos uma parte de nossa sede de justiça será atenuada, me aparecem 'embargos infringentes' com a benção da justiça cega, viciada, cúmplice e leniente.
Alheia a tudo isso, a grande massa brasileira toca a vida com samba, futebol e cerveja, e basta a 'bolsa esmola' da Dilma chegar no bolso para todo mundo se calar e abaixar a cabeça.
Amplitude democrática e liberdade de expressão só valem mesmo para vândalos saqueadores mascarados que se apelidam como 'black blocs' para ministrarem os seus ensinamentos e práticas de depredação, terror, roubo, violência, covardia e dilapidação do patrimônio alheio.
Em minha defesa quero manifestar que não tenho culpa de ser branco. Não tenho culpa de gostar de mulher. Não tenho culpa de não ser analfabeto. Não tenho culpa de não gostar de drogas. Não tenho culpa de ter sido criado em bom berço. Não tenho culpa de respeitar os valores familiares sagrados e os direitos dos outros. Não tenho culpa de não ser hipócrita.
Desculpem o desabafo e o palavrão, mas o mundo 'tá chato pá carááááááiiiiooooooo!!!!!!!!!!!!'.
Quanto a falta de tempo, é por causa das marcações indevidas no Facebook que tenho que retirar, dos convites para jogos que tenho que recusar, das garotas do "Badoo' que tenho que desprezar, dos 'spans' que tenho que jogar no lixo, das 'girafas' no Face que tenho que pular, do interminável número de convites para compras e viagens via Internet que tenho que adiar, e dos comentários burrinhos e anônimos no nosso Blog que tenho que excluir.
No mais, vai passar. Sempre passa. Basta um bom vinho e uma boa noite de sono e amor com mais um gol do Brocador. Eu...nani.
Assim seja.