O MAL QUE O BEM NOS FAZ.

VERGONHA NACIONAL.

O Censo 2010 acabou e confirma o que qualquer olhar consciente já havia percebido: Barra Mansa “mingua” em comparação com suas vizinhas, o Estado, a Região e o Brasil.
Das dezessete cidades do sul-fluminense, Barra Mansa foi a que teve menor crescimento habitacional nestes dez anos de “bem”. Vejam:

Crescimento percentual das cidades:
Mangaratiba 45,82%
Angra dos Reis 41,95%
Porto Real 37,03%
Paraty 27,18%
Quatis 19,58%
Piraí 18,95%
Pinheiral 16,65%
Itatiaia 16,63%
Resende 14,59%
Rio das Flores 12,07%
Vassouras 9,50%

Valença 8,42%
Três Rios 7,68%
Rio Claro 7,23%
Barra do Piraí 7,21%
Volta Redonda 6,58%
Barra Mansa 4,16%

Na região, o crescimento foi de 13,98%
No Estado, foi de 11,13%
Na região sudeste foi de 10,97%
E no Brasil foi de 12,33%

Muitos temiam que Barra Mansa virasse uma cidade dormitório. Pelos números do IBGE, nem isso somos. Nem para dormir estamos crescendo.

Estes números, adicionados aos resultados do IDH, comprovam que nestes dez anos administrados por essa equipe de “bem”, Barra Mansa se esvazia.

Uma cidade que outrora era promissora, hoje afugenta nossos jovens por falta de perspectiva de qualidade de vida. Não são gerados empregos, a política tributária é injusta, não há visão empreendedora nem ousadia administrativa (a não ser para criação de cambalachos pra lá de originais), não existem projetos factíveis e inteligentes, não há política cultural, apenas uma ditadura de silêncio e truculência fiscal e urbana. Não existem novas ruas nem atalhos. Não existe planejamento, e são poucas as esperanças. A educação é débil e a saúde é doente.
Não existem projetos de governo, apenas um forte aparato financiado pelo próprio poder público para assacar contra a honra e a moral de supostos adversários que ousam debater a cidade em nível melhor.
Seria, no mínimo louvável, que os administradores da cidade, de posse destes números incontestáveis, tivessem a humildade de reconhecer que o “modus operandi” da gestão atual, pode até ser bem sucedido nas urnas por inocência dos adversários, mas é um fracasso administrativo contundente e ensurdecedor.
É certo que os do “bem” desconhecerão esses números ou até mesmo terão a ousadia de contestá-los ou justifica-los. Cara de pau para isso nunca lhes faltaram. Mas gostaria que tivessem um mínimo de dignidade em reconhecer que são incompetentes para o que se propõem e que pelo menos, antes de dormir, tivessem um pouco de vergonha do mal que fazem a nossa cidade e orassem clamando por perdão divino.
Deus, na sua magnitude, certamente os perdoará.
Eu, na minha mísera condição de cidadão, humano e mortal, jamais.