A PASSEATA QUE EU VI.

 UM DIA DIFERENTE.

Ontem, excepcionalmente, saí do trabalho por volta das 16 horas e me instalei no "Fronteiras" do Ano Bom para assitir o jogo do Brasil. Bela vitória, com uma atuação do Neymar do jeito que a gente espera. Por volta das 17 horas recebi uma ligação informando que um dos supostos promotores do evento (passeata de protesto) teria sido expulso do movimento mesmo ladeado por quatro seguranças. Duas horas após recebei a informação que a passeta tomou caminho totalmente diferente do programado e divulgado, mas transcorria pacificamente. Num determinado momento, informaram que a passeta seguia rumo a nossa direção e aguardamos curiosamente. Quando ela chegou, finalmente a vi, e constatei o seguinte: 

1. A Comissão de frente era composta por marginais mascarados, visivelmente drogados, com palavras de ordem desconexcas e ao invés de convocarem a galera para participar, preferiram gritar: "Ei, Fronteiras, vai tomar no c*!", repetidamente.

2. Após passar essa insignificante minoria, vi cerca de duas mil pessoas em paz, orgulhosas do que estavam fazendo, vários com semblantes emocionados e esperançosos, e muitos, talvez, se sentindo realmente importantes pela primeira vez na vida. Isso, textualmente, valeu a pena. Embora eu creia que o movimento não resultará em nenhum produto real de benefício social, é bom constatar que as pessoas estão guardando um pouco de espaço em suas agendas para enxergar o nosso país e os nossos problemas. Não vi, num contexto geral, os oportunistas conseguirem se aproveitar da massa para fazer apologia sos seus sórdidos rancores contra o prefeito local. 

3. A polícia militar se posicionou num espaço muito longo do movimento e talvez isso tenha possibilitado a ação débil de alguns vândalos, ao final do movimento, que lançaram detritos e pequenos explosivos no pátio da prefeitura e tenham depredado alguns coletivos e fachadas de comércios. Infelizmente, isso era previsível, mas não tira o brilho e o mérito dos reais protagonistas do movimento que cumpriram seu compromisso com a ordem e a democracia.

Espero, de fato, que nossa gente tenha acordado, mas é bom lembrar que isso não basta. Gostaria de ver nosso povo participar das nossas reuniões na Câmara dos Vereadores, incentivar, fiscalizar, se informar, atuar com respeito, e acima de tudo, saber analisar as origens das oposições e o que realmente há por trás disso.

Parabéns, Barra Mansa, entre prós e contras, a cidade passou pelo teste democrático, com ressalvas. Mantenho as minhas criticas ao movimento acéfalo e sem pauta, mas reconheço, com humildade e respeito, o mérito da esmagadora maioria dos participantes, composta de muitos jovens, casais, cidadãos ativos e que merecem, como todos nós, respeito, dignidade e esperança.