Quando foi anunciada a suposta aliança entre os pré-candidatos à prefeitura de Barra Mansa, Jonas Marins, Inês Pandeló e Ruth Coutinho, tanto aqui no Blog como nas ruas, a impressão foi uma só: Jonas tinha ofertado um tiro no próprio pé. O raciocínio levava em conta o fato da boa posição de Jonas nas pesquisas preliminares que poderia ser comprometida com uma aliança com a deputada Inês, que tem uma resistência grandiosa perante o funcionalismo, que por sua vez, é a base primordial de sustentação política de Jonas. A chiadeira de parte dos adeptos da candidatura comunista foi imensa e nos rogaram pragas e maledicências. Já a outra parte, mais consciente e menos apaixonada, concordou com nosso ponto de vista. Fato é que logo após o anúncio da aliança, foi efetuada outra pesquisa na cidade, e os números atestaram os nossos argumentos, conferindo a Jonas uma queda sensível para um curto espaço de tempo, bastante superior à margem de erro. Por conseguinte, se supôs que além dos candidatos adversários, que passaraiam a compor uma terceira via com reais chances de êxito, o benefício também recairia no colo de Inês, visto que a suposta "aliança", lhe ofereceria espaço em áreas de baixa densidade eleitoral da pretendente, e o anúncio lhe dera grande visibilidade. Após este fato, outros dois momentos, entre outros, foram marcantes na projeção da deputada petista, como o suposto convite para ocupar uma secretaria estadual e a real chance de ser a nova secretária federal de política para mulheres, com "status" de ministra. Não bastassem esses dois fatos, Inês pontuou suas aparições na cidade, ora em visitas de rotina política, ora em questionamentos sobre a economia da cidade, como no caso da Votorantim, através da denúncia de esvaziamento efetuada pelo Pres. do Sindicado dos Metalúrgicos na região, Renato Soares. Nesse mesmo perído, Jonas esteve muito ausente do quadro, não se sabe se por ter acusado o golpe político, ou sensibilizado com o golpe pessoal sofrido com o lamentável falecimento de seu saudoso pai, Sr. Ataíde. Até o Blog de sustentação política do candidato, o "Barra Mansa Sempre", manteve-se inerte e sem registro de notícias ou posições. Até o terceiro nome da aliança em grau de intenção de voto nas pesquisas preliminares, a vice-prefeita Ruth Coutinho, ensaiou manutenção de mídia, ora confirmando sua condição de pré-candidata, ora anunciando um movimento de filiação partidária, que segundo informado pela própria, foi adiado em função das chuvas ocorridas no dia programado para o evento.
Teço este preâmbulo de recapitulação dos fatos para considerar, que assim sendo, Inês Pandeló teria sido a grande beneficiada com o anúncio da aliança, mas constato que pensar assim, remete a um ledo engano.
Pela posição dos simpatizantes da candidatura de Jonas Marins ao Executivo na nossa enquete, e pelos comentários efetuados por vários seguidores da opção comunista, vê-se claramente que trata-se de um acordo leonino, visto que, os seguidores de Jonas descartam veementemente o apoio à candidata Inês Pandeló, no caso de Jonas desistir do pleito, ou seja, tudo isso cheira a um ambíguo acordo "pra boi dormir", se é que vocês me entendem.
Sem querer cometer injustiças contra aqueles abnegados que de fato, sonharam com uma aliança programática e sustentável com apresentação factível de um projeto de governo onde a cidade estaria em plano único e inalcansável, lê-se pelas linhas desenhadas pelos articuladores de tal aliança, que não há uma boa vontade generalizada de abdicação de projetos pessoais em favor da cidade e em detrimento de vaidades, registrando que, com a possibilidade real da deputada Inês ocupar cargo de ponta no cenário político, seria muito mais franco o apoio dos petistas à Jonas, mas creio que após se perceber que esse caminho era uma via de mão única, petistas mais articulados não oferecerão seus préstimos para a empreitada desejada pela corrente comunista, com o mesmo grau de adesão e afinco que teriam em condições normais de temperatura e solo, mesmo que Inês venha de fato ausentar-se do próximo pleito.
Devo registrar que algumas pessoas continuam coerentes com o projeto, tais como o petista Juarez ou o empresário Bruno Marine(PP), nomes à disposição para galgarem o cargo de vice-prefeito nessa suposta aliança tri-partidária, mas mesmo com o notório potencial qualitativo dos dois, o somatório quantitativo ainda é muito pequeno para apagar as prováveis fogueiras que serão acesas no decorrer do embate.
Resumindo: Na opinião deste modesto blogueiro, tem aliança, mas não tem casamento.
Como sempre, à conferir.
Em tempo: Discordem, mas não ofendam. Não há a menor necessidade e isso pode generalizar um medo da sociedade em confiar-lhes as canetas e cargos públicos tão sonhados por muitos.