quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

UMA EXPLICAÇÃO EDITORIAL (2).

O ANTI-CANDIDATO.

Já quase atingindo a marca de meio milhão de acessos, o Blog do Julinho gera controvérsias e especulações. Uma das mais frequentes que recebo nas ruas é que esse Blog foi concebido para lançar a minha candidatura à vereador. É impressionante como as pessoas se acham no direito de saber mais da vida da gente do que nós mesmos. É impressionante como a maioria das pessoas acha que por trás de atos coletivos existam sempre pretensões pessoais. É impressionante como muitas pessoas querem medir os outros com a régua que usam para medir a si próprios.

Não sou candidato à vereador. Não sou e não serei por uma série interminável de motivos, mas gostaria de expor apenas os principais para que esse assunto fosse terminantemente sepultado.

Estou nessa casa (CMBM) há quase duas décadas. Já trabalhei com diversos presidentes e quase uma centena de vereadores. Todos os mandatários do poder legislativo, sem exceção, depositaram confiança na minha pessoa e no meu trabalho. Todos eles me ofereceram condições dignas e salários compatíveis para exercer minhas funções e há mais de uma década os cargos que ocupo figuram no primeiríssimo escalão do poder legislativo. Não seria ingrato de enfrentar a quem me dá a mão e apoio. Não consigo conceber competir com aqueles que me oferecem oportunidades de trabalho e crescimento profissional, sempre respeitando os meus pontos de vista pessoais, que na maioria dos casos, são antagônicos aos deles. Isso na minha terra chama-se ingratidão, e essa palavra extirpei do vocabulário que utilizo quando enfoco a minha vida.

O segundo motivo é óbvio: Não tenho expectativa de votos. O voto para vereador é geralmente baseado em favores pessoais, trabalhos comunitários, parentescos, troca de interesses e outras demandas. Não sou talhado para tal. Não me vejo acordando na madrugada para levar eleitor ao hospital. Não tenho capacidade para falar o que não penso. Minha família na cidade é pequena e não consigo prometer o que não me cabe executar. Não sou carismático nem populista. Sou o que sou e não tenho aptidões para concorrer a vereança.

O terceiro motivo é ter plena consciência de que a sobrevida do vereador depende muito de um bom relacionamento com o poder executivo. Não só em Barra Mansa, mas em todo o Brasil, as pessoas desconhecem o papel constitucional do vereador, que é fiscalizar e legislar, e cobram deles benfeitorias para as suas comunidades, estágios para seus filhos, asfaltamentos, postos de saúdes, médicos, quebra-molas, obras, vagas em colégios públicos e por aí afora. Nada disso é possível sem um bom relacionamento com a prefeitura e para tal, a essência da missão legislativa fica cerceada e totalmente comprometida. Lembro de um amigo vereador, muito querido, Joaquim Pitombeira, que durante 23 anos manteve-se no poder graças a um bom trâmite no executivo. Porém, no ano que resolveu exercer com denodo o seu papel e se insurgiu contra os desmandos da administração petista, o povo o rechaçou e hoje ele vive no interior do Ceará, amargurado pela ingratidão ao seu ofício. Essa é a razão pela qual defendo, sempre que possível, os vereadores das cidades. Eles geralmente tornam-se os meios mais acessíveis do cidadão aproximar-se do poder público e é neles que as demandas populares recaem em primeira instância. Exercer com soberania o papel, não rende votos nem gratidões.

Outra razão de não tentar o pleito, e talvez a mais importante e fundamental, é o fato de o cargo de vereador não me seduzir nem um pouco. As funções que me seduziam, sejam na via pública, privada ou na mídia, dentro de minhas limitações, já as exerci com carinho e aprendizado. Já ocupei cargos e funções que me envaidecem muito mais do que o mister de vereador, além do que, se o papel do vereador é legislar e fiscalizar o executivo, já o faço há longo tempo. Mais de uma centena de leis existentes na cidade são de minha autoria e foram assinadas por companheiros que apostaram nas minhas ideias. Não vejo necessidade de se criar mais nada, apenas de se cumprir. E em termos de fiscalização, sem falsa modéstia, ninguém fiscaliza tanto o Executivo quanto eu, e isso não desperta dúvidas nem entre meus desafetos, que por ossos do ofício, não são poucos. O título de vereador não me envaidece, e vaidades não me seduzem mais. O único cargo público eleitoral que gostaria de assumir seria o de prefeito de minha cidade, mas reconheço que não tenho capacidade nem votos para realizar esse sonho, sendo assim, prefiro ajudar no que me cabe e me compete, tentando com minha vivência e experiência na vida pública, contribuir modestamente para construírmos um mundinho melhor para todos nós e para nossos descendentes. Uma candidatura a cargo público eleitoral geralmente distorce personalidades, estimula vaidades, embaralha visões, acende fogueiras, atrai ilusões e anuvia pensamentos. Para poder ser um crítico construtivo e isento é necessário que eu me abstenha desses predicados, sendo assim, repito, pela última e definitiva vez: Não sou e nem serei candidato à vereador. Ponto final.

7 comentários:

  1. Oposição mal acondicionada e sem bandeira. Voce ia ser candidato a que? Miss Barra Mansa da 3ª idade?
    Voces da oposição estam destinados a mais uma derrota e por isto que voces não lançam candidato a nada e nem voce sera candidatado a nada a não ser encher o nosso saco com denúncias vasias e mentirosas.

    JÉSSICA DO BEM.

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  2. O CNJ e a PF estao chegando perto, sera q vcs terao o seu candidato a prefeito? Acho q vc tera sua chance de se candidatar a prefeito.
    Inimigo do bem e do mal

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  3. Mais uma cansativa vez esclareço: NÃO TENHO CANDIDATO Á PREFEITO. Ainda não. Meu voto será dado para aquele que tiver melhores condições de derrotar esse arremedo de governo implantado na cidade. Quanto ao meu amigo Paulo Cosenza informe que sua carreira e sua conduta tem atestados de idoneidade até da corregedora geral da justiça ministra Dra. Eliana Calmon. Dessa vez a tática covarde do "BEM" em denegrir nas espreitas a moral de adversários, pelo menos em relação ao Paulo, irá por terra. Em tempo: Acho válido informar que Dr. Paulo tem um aparato tecnológico apto a identificar os calhordas que agem assim e que ele está disposto e levá-los as barras da justiça. Meçam bem as palavras.

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  4. Muito engraçado essas pessoas que se julgam "do bem". Ela é tão do bem que se quer teve a coragem de se identificar para dizer coisas que todos em nossa cidade já estão carecas de saber. Que o atual prefeito está deixando, as poucas empresas que restam e prestam em nossa cidade ir embora. Todos sabem que a saída dessas empresas é por motivação política, ou seja, o governo tem que ceder, apresentar algum beneficio para que elas fiquem.
    Na época, a Nestlé encerrou suas atividades em Barra Mansa dizendo que os custos eram altos... E que não pretendia continuar na cidade e muito menos no Estado. E aonde ela foi se instalar?!
    Isso se deu devido a interferência do governador Sérgio Cabral que atendeu a uma solicitação do prefeito de Três Rios.
    Agora, com a provável partida da Sant Gobain e da Votorantim nosso município deverá mesmo se tornar dormitório para os trabalhadores das vizinhas Porto Real, Resende e Itatiaia.

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  5. Graças a Deus você não é candidato !!! Menos uma porcaria no pleito.
    Rubinho - Centro

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  6. Aí, Julinho, eu queria dar uma sugestao de post...

    Faça um post endereçado à esta "turma de bem" que frequenta o blog, e peça para eles responderem nos comentários a seguinte questão:

    "Em poucas palavras, disserte sobre as razões pelas quais o povo barramansense deve reeleger o Sr. José Renato Bruno Carvalho como prefeito".

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  7. Graças a Deus você não é candidato !!!
    Chega de gente hipócrita e que gosta de levar vantagem.Com vc eleito seria mais um a nos iludir

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