ESCLARECIMENTO.

NAS ENTRELINHAS DE UMA MÁGOA.

Sábado, dia 31, Dr. Paulo Cosenza filiou-se ao PSDB e já tem amplas condições de disputar a prefeitura da cidade de Barra Mansa. A participação foi efetiva e a imprensa regional abordou a solenidade de várias formas. Entre elas, li na coluna "Mosaico", da edição de hoje, do Diário do Vale, três tópicos sobre o assunto e o terceiro me diz respeito. Leia-mos a reprodução integral desse tópico:

Críticas I.

Por fim, outro fato caloroso que despertou a atenção do público foi o aparente mau humor do mestre de cerimônias que capitaneou a cerimônia.

Em várias situações, ele demonstrou-se impaciente, principalmente com a imprensa.

"Tirem eles (os jornalistas) daí, vou precisar dos lugares", sussurrou ele a uma das funcionárias do cerimonial, pedindo que solicitasse aos profissionais que se retirassem de onde estavam sentados.

Foi uma tremenda saia-justa".

Bem, como o tal mestre de cerimônias foi esse blogueiro que vos escreve, creio serem necessárias algumas explicações.

Primeiramente, o próprio relato se contradiz. Ora, se "sussurei" algo para alguém, como isso se tornaria uma "tremenda saia-justa", causando mal estar ao público?

Em segundo lugar, outro erro claro da matéria é dizer que falei algo para alguma "funcionária do cerimonial", pois a única colaboradora do evento encontrava-se no hall de entrada colhendo fichas de credenciamento.

Na verdade, ao perceber que jornalistas do DV estavam inocentemente sentados em lugares previamente destinados para as autoridades presentes (e foram tantas que não houve espaço para acomodar todas), solicitei a companheira colunista do jornal "A Voz da Cidade", Maria Emília, que já havia manifestado desejo em colaborar com o evento, que informasse aos jornalistas do DV que os espaços das cadeiras de honra que eles ocupavam no salão nobre seriam brevemente assumidos pelas autoridades, tentando evitar constrangimento futuro e que os jornalistas fossem obrigados a se retirar no transcorrer da cerimônia. Esse procedimento deu-se antes do início da solenidade, o que joga por terra o suposto constrangimento causado aos presentes ou o "despertar da atenção do público".

Por iniciativa própria, como sempre faço, algo que não vejo em outros cerimoniais, dediquei amplo espaço para agradecimento a todos os profissionais de imprensa presentes, não só na qualidade de cerimonialista, mas como membro da direção da Câmara Municipal, inclusive lendo, um a um, o nome de todos que forneceram seus nomes a nossa colaboradora no ato de ingresso ao Palácio Barão de Guapy.

Absolutamente não me encontrava de mau humor. Nem a chuva de granizo ocorrida instantes antes da cerimônia, colocando em risco dois carros de minha propriedade estacionados nas imediações, tiraram-me a satisfação de ver dar suculentos frutos uma ideia que lancei há dois anos e que foi reproduzida pelo próprio Dr. Paulo em seu discurso e fielmente registrada pelo site VALESULONLINE em máteria sobre a solenidade. Os extensos cumprimentos que recebi após a cerimônia me dão essa certeza. Como Mestre de cerimônias, sempre que convidado, procuro atuar com profissionalismo e rigor, como em todos os meus desafios de carreira, e isso talvez incomode a alguns desavisados.

Não é de hoje que membros isolados do DV manifestam sua gratuita antipatia por minha pessoa.

Entendo que vários seriam os motivos a serem alimentados para tal. Por ora, creio que nosso Blog, ao reproduzir manchetes que colocam o DV em constrangimento com o cliente PMBM, possa ser um desses motivos. O fato de reproduzirmos os gastos da PMBM com a imprensa, pode ser outro. O fato de alguns segmentos comerciais do jornal acharem que distribuo as verbas de publicidade da CMBM e que não contemplo o jornal, pode ser mais um. Vale lembrar que desde junho/2011, a CMBM não faz propagandas em veículos de imprensa e quando o faz, segue determinação única e intransferível dos presidentes do legislativo, exclusivos responsáveis pelos gastos da Câmara Municipal.

Eu entendo perfeitamente a dependência econômica da imprensa regional perante o Poder Público. Já manifestei reiteradas vezes que os jornais e rádios não vivem de benemerência e precisam pagar salários, custos e impostos. Mas por outro lado, creio ser direito do cidadão contribuinte ter a exata noção desses dispêndios e fazer a sua isenta análise e formar a sua autêntica opinião. Nunca imputei a culpa de possíveis excessos aos empresários do ramo, pois se fosse um deles, também lutaria para meu empreendimento ser lucrativo. Nosso alvo são os gestores públicos que vez por outra tentam manusear informações, omitir outras, e forjar conceitos irreais, usando para isso sua supremacia financeira criada com o suor de nossos contribuintes e subjugando a imprensa aos seus inconfessáveis caprichos.

Continuarei sendo leitor assíduo do DV e continuarei admirando a linha gráfica do jornal, mesmo porque muitas das informações prestadas em nosso Blog, têm no DV a sua origem, seja no veículo impresso ou seja no site do periódico.

Não guardarei ressentimentos, primeiro porque estou cônscio de meu comportamento sempre respeitoso perante os jornalistas de nossa região, e em segundo lugar, porque compreendo que novatos no ramo jornalístico ainda não adquiriram experiência para se portar nos locais devidos e entender que nosso papel, como reprodutores de informação, é secundário, deixando para as autoridades escolhidas pelo povo, os lugares principais de qualquer cerimônia cívica. Essa humildade e noção, quando não se ganha no berço, se adquire com o tempo.

Ah! Sim, a cerimônia foi um sucesso e todos já devem estar a par disso.