A HERANÇA QUE O "BEM" NOS DEIXA.

UMA GERAÇÃO CONDENADA.

Não faz muito tempo que o Colégio Paulo Basílio, na Vila Nova, um dos bairros mais importantes de Barra Mansa, era referência no ensino público regional. Hoje, abandonado a toda sorte de incompetências e casuísmos administrativos em prol de prazeres pessoais e vantagens impublicáveis, o Colégio encontra-se a beira do caos, conforme e-mail encaminhado a minha caixa postal por mãe de aluno da comunidade local, cujo nome será omitido para preservação de sua integridade. Diz a desesperada mãe, que inclusive estudou no próprio educandário, que as agressões de alunos contra professores já virou rotina, assim como já são corriqueiras as ameaças físicas entre os alunos. A apavorada mãe informa ter ouvido no rádio que um aluno do Colégio Paulo Basílio chegou a parar na Delegacia de Polícia após ameaçar levar uma arma de fogo para matar professores, e por isso, os pais temem permitir que seus filhos frequentem as aulas.
Segundo a denúncia, a Diretora do Colégio, em "mea-culpa" e atestado de impotência, convocou os pais ao colégio para confessar que os professores não estão conseguindo lecionar e que as crianças estão em idades inadequadas para as séries que frequentam, atrapalhando sobremaneira o desempenho das demais. Diagnósticos de pais ausentes na formação das crianças, falta de funcionários, e professores incapazes de manter a ordem, acenam para uma repetição em massa ou aprovações sem mérito e formações eficazes. Segundo a nossa colaboradora e denunciante, a prefeitura dá os ombros pra os graves problemas e o Conselho Tutelar não tem sido feliz em suas ações, fazendo com que delinquentes sintam-se seguros e protegidos em detrimento das crianças cônscias de suas necessidades de aprendizado e enriquecimento cívico e moral. A comunidade não tem esperança em solução a curto prazo, e pretende acionar o já sobrecarregado Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para tentar uma derradeira opção de encaminhamento de solução e paz. Por fim, nossa atônita denunciante, teme pela integridade fisica das crianças e pela própria vida dos professores lá militantes em seu mistér.

Como consolo a essa mão justamente aflita, só posso afiançar que infelizmente esse desmando dantesco não é privilégio do Paulo Basílio, mas uma tônica de conduta na maioria absoluta da rede pública escolar do município.