FE IRADO.

PARA QUEM NÃO ENTENDEU, O MEU DESENHO.

Ontem, na minha já tradicional postagem sobre meus pensamentos de final de semana, um item chamou a atenção e causou certo furor, que foi o fato do meu pronunciamento sobre excessos de feriados no Brasil, especialmente concedidos ao funcionalismo publico, além da minha repulsa a esse tipo de 'prevaricação'.

Sobre o assunto, quero declarar que tudo que eu fale ou escreva, será rebatido anônima e covardemente, por uma meia dúzia de três ou quatro que não se conformam em não conseguir usar o nosso Blog para servir de escudo para suas veladas e levianas aspirações em relação à prefeitura de Barra Mansa. São lobos vestidos em pele de cordeiros, que sob o insosso e desacreditado manto de falsos heróis, querem alardear a população de Barra Mansa contra o prefeito Jonas Marins, única e exclusivamente por não terem os seus ávidos e vorazes desejos financeiros saciados na nova gestão. Outra parcela que faz coro com os inconformados são, evidentemente, aqueles que desfrutaram de doze anos de boquinha e agora, perdidos e à toa, querem usar o nosso espaço para confundir o cidadão e tentar arrumar uma brecha possível de retorno ao poderio. As viúvas não cessam de chorar.

Para eles, sou mais um que goza das benesses do poder público e trabalho pouco. Quem me conhece sabe que apesar de meu compromisso funcional com o Poder Legislativo ser de apenas 30 horas semanais, não dispenso menos de 55 horas às minhas atividades, sendo, por rotineiras vezes, um dos primeiros a chegar e um dos últimos a sair. Não almoço em casa, nem para ver a minha neta, por absoluta falta de tempo. Faz mais de quinze anos que eu não gozo um perído de férias regulares e jamais me ausentei por mais de uma semana do trabalho, sob qualquer pretexto.

Em segundo lugar, é público e notório que em país nenhum do mundo, há tantos feriados, e sendo assim, fica difícil da gente exigir uma carga tributária menor. Quem trabalha pouco, geralmente ganha pouco, e normalmente paga mais, mesmo que indiretamente e às vezes, sem perceber o mal que tantos feriados fazem no nosso próprio bolso. Temos o maior número de feriados e também temos a maior carga tributária. Isso é bom pra você? Pra mim, não.

Quanto ao quadro de servidores públicos do Brasil, apesar de mantermos um espaço que sempre foi arauto na defesa do funcionalismo  municipal, sabemos que assim  como em todos os segmentos profissionais, há os bons e os maus, e no serviço público, talvez pela facilidade de obtenção de estabilidade, o índice de produtividade é bastante inferior ao apurado na iniciativa privada. Isso é um dado estatístico e científico que não cabe contestação. Qualquer pesquisa de opinião pública também afere que o funcionalismo não é benquisto pela sociedade em geral. Essa triste constatação vale para todo o solo brasileiro, sem exceções. Omitir isso é pretender tapar o sol com uma peneira rasgada, e esse não é o nosso hábito nem "modus operandi".

Quando me manifestei sobre o excesso de feriados e a constante prevaricação no serviço público, não me ative exclusivamente à Barra Mansa, mas a todo o país, e na nossa cidade, apesar de termos centenas de valorosíssimos servidores públicos municipais, a história não é diferente. Não sou candidato a nada para vir com cantilenas frágeis de bajulação barata.

Sou servidor público, com muita honra, e não tenho estabilidade. A cada ano, o Presidente da Câmara Municipal escolhido por seus pares pode, a seu livre arbítrio e sem nenhuma contrapartida financeira, exonerar-me, mas me orgulho de há quase duas décadas, desfrutar da confiança e do respeito de todos os meus superiores de forma contínua e intermitente. Sendo assim, para quem a carapuça serviu, bom proveito, mas para quem honra o seu salário e a sua função, meus parabéns, mais uma vez reiterados.

Sou amigo, colega e parceiro do funcionário público, mas não sou hipócrita nem demagogo. Acredito e torço pelo pesado investimento na capacitação e qualificação profissional do servidor, justificando compensações financeiras correlatas,  mas fato é que para uma boa parte do segmento, hoje vale a Lei do Vampeta, quando jogador do Flamengo (tão estúpida e egoísta quanto a Lei de Gérson): "Vocês fingem que me pagam, que eu finjo que trabalho". Isso, a meu ver, é prevaricação, e nada me fará cúmplice desse procedimento.

Para concluir, esclareço que em momento algum critiquei o funcionalismo público pelo feriado de Corpus Christi ou qualquer outro estabelecido, pois ele não tem culpa alguma da irresponsabilidade reinante na maioria dos governantes e legisladores brasileiros que adoram fazer uma 'politicagem' concedendo paralisações de serviço e consequentes incalculáveis prejuízos para a produção brasileira em todos os seus segmentos ativos da economia.

Tenho dito e não volto atrás.
Me odeia? Entra na fila, pega a senha, e deita na BR. De preferência, no feriado.