CAMINHADA ALCOOLÓGICA!

A VERDADE QUE ELES NÃO QUEREM OU NÃO CONSEGUEM ENXERGAR!

Ouvi dizer que têm programas de rádio, da mesma rádio por sinal, que não escuto, que todos os dias fica conspirando contra a realização da "Caminhada Alcoológica" de Barra Mansa, supondo que o ato é um ataque frontal do prefeito Jonas Marins contra a ordem e aos bons costumes.

Assim como um determinado jornal que também sobrevive de verbas públicas, a Rádio e seus proprietários querem insinuar que o prefeito estaria fazendo apologia ao uso de drogas e promovendo um atentado contra as famílias.

Um partido da cidade, cujo redator é homem de confiança do deputado Albertassi, também soltou manifesto contra a diversão. Vale lembrar que  o provável autor do texto é o mesmo que afirmou que o desabamento de prédios do Ano Bom era castigo "divino" pelo fato do prefeito anterior ter admitido a união estável homossexual para efeitos de pensão no Fundo de Previdência Municipal. Ainda bem que os três vereadores do partido não pensam assim. 

Sob o falso manto da religiosidade e da segurança pública, esses derrotados falsos profetas querem gerar pânico e revolta na população. A estratégia me provoca ojeriza, mas não vou ignorá-la. Meu medo é me extender demais no assunto, mas isso já é uma rotina.

A Caminhada "Alcoológica" é uma criação de BARRAMANSENSES. Isso mesmo, cidadãos da nata da cidade de BARRA MANSA criaram saudavelmente o hábito carnavalesco no então distrito de Quatis, em 1991. Hoje, fazem 22 anos que vários cidadãos honrados e agradáveis de nossa cidade, de forma jocosa, como o carnaval deve ser, fizeram uma despretenciosa caminhada pelos bares de Quatis. O simpático contador chamado carinhosamente de "Funil", uma das pessoas mais elegantes que conheço, na ampla concepção da palavra; meu amigo Zé de Abreu, ex-funcionário do BB; o contador Julinho Cambraia, outro exemplo de caráter inquestionável; o empresário Marquinho Fajardo, meu conterrâneo; Fábio Leite, hoteleiro e também oriundo do BB; e demais amigos, entre eles, diversos empresários bem sucedidos e de famílias exemplares e altamente estáveis e honradas de nossa cidade, criaram a tradição que com o passar dos anos foi agregando gente até chegar ao ápice de 30 mil pessoas num evento de uma cidade que tem 12 mil habitantes. Esse fenômeno em nada remete ao consumo exagerado de bebidas, além do mais, pela suor provocado pela caminhada e pelas duchas estrategicamente estabelecidas no trajeto que com o passar dos anos foram agregadas com os caminhões-pipa dos bombeiros, amorteciam sobremaneira os efeitos do álcool no organismo. A esposa de Funil, uma das mais animadas participantes e uma das fundadoras do movimento, jamais colocou uma gota de álcool na boca.

O preconceito e o revanchismo odioso de certos "jornalistas" extrapola os limites do ridículo e da mentira. A caminhada "alcoológica" é mais um patrimômio cultural de Barra Mansa que foi largado a esmo pelas últimas adminstrações municipais, a quem os críticos da caminhada "alcoológica" se associaram sem êxito nas urnas das últimas eleições. Porém, mesmo assim, desde 2007, essa caminhada acontece na Vila Maria, e só agora, a "imprensa" quer colocar a culpa no novo prefeito, Jonas Marins, que não tem absolutamente nada a ver com isso, mas age certo em tentar incentivá-la e promovê-la.

A "caminhada alcoológica", orgulhosamente criada por barramansenses e difundida no então distrito de Quatis (em sátira às caminhadas ecológicas, como prega o bom espírito carnavalesco), é um orgulho de nossa sociedade. Hoje, pelo Brasil, centenas de caminhadas similares engrandecem as festas de carnaval e virada de ano, e são realizadas país afora. Só em Minas Gerais, sabemos que ela acontece em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Malacacheta, Caratinga, Pompeu, Inhaúma, Cipotânea, Mariana, Montes Claros, Raul Soares, Carandaí, Brás Pires, Dores do Campo, Caraí, Recreio, Itutinga, Sabará, Contagem, Peçanha, Buenópolis, entre outros municípios que comemoram o carnaval com sucesso e segurança. Na Bahia, já existe em Camaçari e Conceição da Feira. No Espírito Santo, existe em Vitória e Marataízes. Em Pernambuco, Recife e Cabo de Santo Agostinho já aderiram. Até no Tocantins, o município de Dianópolis já faz a sua. Angra dos Reis, aqui no estado do Rio, também faz. E no estado de São Paulo, e tinha que ter um dedo do Julinho nisso também, fui eu o primeiro a realizar uma caminhada alcoológica. Foi em 2005, no município de Bananal, onde a atual prefeita Miriam, que na época exercia o mesmo cargo, acreditou na minha proposta e mesmo com restritos recursos financeiros, promovemos o resnascimento do carnaval de Bananal,  tendo a "caminhada alcoológica" como nosso carro chefe, transformando-se em estrondoso sucesso e se mantendo viva e solicitada até os dias de hoje. Há alguns anos, em Itanhaém, outros paulistas também curtem esse forma de prazer carnavalesco.

Voltando ao ano de 2005, em Bananal, vou confessar uma coisa: estávamos, eu e minha mulher, no meio de nossa maior desavença nesses trinta anos de namoro e fiz a "caminhada alcoológica" em homenagem a ela. Só ela sabia disso, mas isso me bastava. Num trio elétrico galante, Jô, Samuel e banda, além de DJs, fizeram a alegria da cidade, e para espanto de todos, a caminhada alcoológica foi perfeita e memorável. Assim ficou eternizada no meu coração, a caminhada "alcoológica" que muito acima do nome, é uma festa de confraternização e alegria familiar, como foi pacificamente concebida por Abreu, Funil, Marquinho, Fabinho, Cambraia e Cia., que ao criarem o movimento, não pretendiam estimular alcoolismos, mas apenas brindar a vida, a festa, ao amor, a amizade, a alegria, ao lazer, e a vida,  como ela deveria ser, enfim,  todos os nossos dias. Isso é carnaval. Isso é benção Divina!

É natural que certos radialistas e "jornalistas" não entendam o que é isso. Ninguém os vê em bares, restaurantes, festas, ruas, teatros, boates, shows, cinemas, ou nada que provoque bem estar coletivo. Se encastelam em suas residências, ilhas ou chácaras que o dinheiro público os agraciou. Não convivem o dia-a-dia das ruas e não têm amigos, apenas eventuais parceiros de "negócios". Vivem "para" e "pelo" dinheiro e assim se consomem. Não conhecem os riscos dos romances pela vida nem as venturas do amor em abundância. São tristes, taciturnos e invariavelmente, infelizes. É direito deles ser assim? É. Desde que não tenham a abominável pretensão de extrair o nosso: de ser feliz.

Para concluir, encerro com uma promessa e um desafio: como esse ano já havia planejado uma viagem no carnaval, ano que vem, realizarei uma "caminhada alcoológica" no Ano Bom e no Centro da cidade. Desde já convido meus diletos amigos fundadores da caminhada de Quatis, ou melhor, da primeira do Brasil, para a empreitada. Para animar, desde já convido a Banda "Be Happy", na qualidade de seu padrinho de batismo. Quero ver se vai ter jornal ou rádio que nos impedirá.

A caminhada "alcoológica" é nossa! E com a  gente, não há quem possa!

"Be Happy"!!!