PARA O MEU PAI.

80 ANOS DE JOAQUIM.

Há oitenta anos, no dia 06 de fevereiro de 1933, nascia a semente da minha vida, em Argirita, no então distrito de Leopoldina-MG, onde também seus restos carnais foram devolvidos: Joaquim de Castro Esteves, meu pai, meu amigo, meu protetor.

Creio que as lágrimas que me tomam o rosto não sejam de tristeza nem de saudades. Suponho que sejam de amor e gratidão. Tenho plena convicção que consegui suportar a sua ausência pela base sólida que ele tanto se sacrificou para me dar. Hoje, já como avô, percebo a grandiosidade do seu amor para mim e como ele me moldou para a vida de forma despojada e devotada.

Pai, quero crer que você esteja num lugar maravilhoso e desfrutando de tanto bem que você jorrou na sua passagem terrena. A sua determinação e o seu destemor sempre me guiaram e tudo que faço na minha vida busca o seu orgulho. Eu nunca te olhei nos olhos e falei que te amo. Quero ter certeza de que um dia poderei olhar a sua alma para te dizer isso.

Enquanto eu viver, meu pai, você jamais morrrerá pois tem muito de ti dentro de mim e não cabe no meu peito o meu prazer por isso. Parabéns! Hoje, por coincidência tomei café com um amigo que muito lhe admirava e lhe tinha carinho, o Beto do Coimbrão, e ele se incumbiu de ofertar o seu nome ao padre da Matriz para que na missa de hoje seu nome seja louvado na religião em que você tanto se encontrou com Cristo. Agora ao lado dele, tenho certeza de que você continua a sua missão de paz e justiça. Quero merecer um dia estar contigo. Me aguarde pois ainda temos muito amor para trocar.

Em nome dos seus netos e da sua bisneta te desejamos um feliz aniversário e que a cada dia você renasça ainda mais em nossos corações.

Com muito orgulho,

Seu único filho, fã, aluno de vida e amigo eterno.