ESTUDO ALERJ 2010 - CAPÍTULO 22.

CARTAS NA MESA. COM MUITO AMOR.

Boa sorte à quase todos.

Bem amigos e outros não tão amigos assim,
Com a última postagem publicada, encerramos o primeiro ciclo de estudos visando as chances eleitorais dos candidatos a uma cadeira na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, e alguns esclarecimentos tornam-se imprescindíveis:
O Julinho não tem bola de cristal e nem tem essa pretensão, apenas realizou um estudo sério e desgastante, baseado nos dados disponíveis.
Tal estudo é de altíssimo perigo, pois nenhum Instituto brasileiro ousa fazer uma simulação tão arriscada e nenhum Instituto de pesquisa sério ousa uma previsão confiável, haja vista que num universo de milhares de candidaturas e particularidades totalmente variáveis a cada segundo nas candidaturas proporcionais, torna-se humanamente impossível realizar qualquer previsão estatisticamente considerável.
Porém, como faço há anos, realizo as minhas análises para as eleições proporcionais, e por incrível que pareça, sempre obtenho uma margem de acerto muito acima da lógica matemática. Mas é bom que se assegure, que ela jamais é infalível.
Desde os meus doze anos de idade, lá no Rio Grande do Sul, apaixonei-me pela política. Nos movimentos de Paulo Brossard e Pedro Simon, então arautos do MDB gaúcho, percebi que não se muda uma sociedade por outro caminho que não seja a política. Não faço parte daquele percentual estatístico que tem um orgulho débil de falar que não gosta de política e não quer nem saber dela. São essas pessoas, que abrindo mão da sua cidadania facilitam a vida dos picaretas de plantão que utilizam da política para se locupletarem. Mas respeito quem pensa diferente de mim, e espero respeito recíproco também.
Muitos falam que se eu realmente entendesse alguma coisa do assunto, me candidataria e teria êxito, mas não é bem assim. Justamente por jamais ter me candidatado, não fui picado pela “mosca azul” que invariavelmente inebria os candidatos e os fazem, por vezes, ficarem cegos perante da realidade. A minha distância pessoal das urnas é um ingrediente indispensável para que possamos executar nossas análises com total isenção.
É evidente que tenho os meus preferidos políticos e até mesmos meus desafetos (um, especificadamente), mas não deixo este sentimento contaminar minhas convicções, análises e sensibilidade.
Obviamente, muitos ficam insatisfeitos com minhas análises prévias, pois na política, só há vaga no podium do êxito para uma minoria e grande contingente fica de fora da previsão de vitória, e é compreensível que esses próprios candidatos e seus mais devotados simpatizantes não nutram simpatia por previsões é análises que não lhes sejam plenamente favoráveis.
Mas é importante reiterar que nosso modesto estudo não tem nenhuma garantia de êxito prático, e tudo pode ser mudado de acordo com o desempenho, a estratégia, a felicidade e o trabalho de cada um.
Espero que os candidatos e os grupos que não tenham recebido grande dose de otimismo em nossa análise prévia, usem nosso estudo como estímulo para reverterem a nossa opinião e as suas reais chances. E espero que os que receberam previsões otimistas não se acomodem e acelerem ainda mais os seus ritmos de campanha.
Poderia, se quisesse, vender este trabalho, como me foi proposto, inclusive por candidatos de fora da região, ou poderia fornece-lo exclusivamente para os meus aliados, mas não creio que isso seria justo com os visitantes de nosso blog que acreditam no nosso trabalho e confiam na nossa honestidade.
Por fim, registro novamente que o julgamento dos pedidos de registro de candidatura podem realizar uma alteração substancial na nossa primeira previsão, sobretudo no número de cadeiras atingidas por cada partido ou coligação na ALERJ.
Por fim, quero agradecer as críticas construtivas que recebi, e as tratei com o mesmo respeito que gostaria de gozar com minha análise.
Quanto aos anônimos covardes que aproveitaram dos comentários democráticos permissíveis em nosso blog para destilar a sua inveja, obtusidade e ignorância, através de ameaças infundadas e ofensas, até mesmo impublicáveis, só posso oferecer minha piedade e meu desprezo, pois no auge da sua idiotice não enxergam que nossa análise não tem conotações pessoais ou passionais.
Mas como o número de idiotas é extremamente significativo no nosso país, haja vista os representantes políticos escolhidos por eles, tal fato não nos surpreende a atesta o nível de imbecilidade que assola o Brasil, especialmente na terra do “bem”.
Aos que não nutrem muito interesse por política, nosso perdão por ter utilizado os últimos dias com assunto, para muitos, tão enfadonho.
Foi dada a largada.
Boa sorte a todos.
Bem, quase todos...
Menos para um.
E ele vai precisar muito dela.