CONTRASENSOS DE UMA NAÇÃO FORTE DE POVO FRACO.

ONDE ENTERRAMOS OS NOSSOS DIREITOS?Nós, brasileiros estamos acostumados e covardemente conformados em ser engabelados por todas prestadoras de serviço do país, em especial pelas operadoras de internet e telefonia. Quando um cidadão atrasa sua conta é exemplarmente banido da utilização dos serviços e seu nome pode sofrer restrições por longo tempo, mesmo que a cobrança tenha sido abrupta e injustificável. Mas quando acontece, (e como acontece!!!), das operadoras apresentarem falhas e cortes na sua prestação, nada se abala, e mesmo assim, pagamos as taxas de telefonia e Internet mais caras do mundo. Somos idiotas diplomados, confessos e omissos. Assim é também em relação as administrações municipais. O povo assiste passivamente o prefeito e seus séquito desviar verbas para seus apaniguados e terceirizar serviços públicos para seus preferidos. Mesmo assim, os mandatários do poder se insuflam raivosamente quando questionados. Na cabeça deles, nas eleições, eles “compram” o direito ao usufruto da cidade por quatro anos e seus poderes são ilimitáveis e o povo perde o direito à repreensão. No caso das operadoras de serviço público, o fenômeno é corroborado com a morosidade, o corporativismo e a empáfia da justiça brasileira. Quando um cidadão quer reparação pelos danos sofridos por serviços pagos e não realizados a contento, precisa constituir um advogado, senão nem nos Fóruns brasileiros consegue acesso. E depois que se dá procuração aos OABizados, babau, estás eternamente nas mãos deles. Na maioria dos casos percebidos, os advogados recusam-se veementemente a receber ligações de suas vítimas, digo, clientes, e trabalham como burocratas de serviço público, através de petições modelares e iguais para acordos da mesma forma previamente tabulados. É interessante perceber nos Fóruns de todo país, a amabilidade existente entre os advogados de defesa do consumidor e os advogados das multinacionais. Parecem irmãos de tão fraternos. Enquanto o cidadão vitimado, após uma longa espera anseia por justiça, os detentores das carteirinhas de OAB, nas audiências, trocam receitas, telefones e outras dicas sociais. No fim, um Juiz preposto, pois Magistrado que se preza não se dá ao luxo de julgar causas tão ínfimas, determina um valor já praticamente tabelado e usual e ninguém dá a menor bola para as particularidades do caso. Tudo isso com a benção de nossos juízes, que de forma casuística lembram-se que foram advogados e provavelmente novamente retornarão ao ofício depois de suas polpudas aposentadorias sacramentadas. Já no caso das administrações municipais o povo também é forçado a assistir passivamente o encaminhamento de sua pesada carga tributária para fins muito distantes dos prometidos nas campanhas, pois geralmente as imprensas regionais e as Câmaras Municipais estão macomunados com tais práticas por uma gama enorme de interesses inconfessáveis. Resta para nós uma esperança nos Ministérios Públicos, que por sua vez, deixam-se levar por assuntos de moda e largam em segundo plano os temas mais significativos. Isso tudo se agrava muito ao percebermos que as grandes massas trabalhadoras de fato neste sistema arcaico e venal, nas repartições públicas brasileiras do ramo jurídico, em muitos casos são formadas por estagiários que são remunerados pelos poderes executivo e legislativo. Existem honrosas exceções em todo o País, graças a Deus, mas infelizmente passam longe de ser maioria. Um país tão rico e um povo tão pobre habitado por uma gente tão omissa quanto bonita.