O DESPERTAR DOS EDIS.

O EXTRATO DO MOMENTO.

Algumas certezas fazem parte do histórico político deste Blog sobre Barra Mansa. Uma delas, universal, é de que termos eleições municipais ano que vem. Elegeremos um "novo" prefeito e provavelmente 21 novos vereadores. De 12 para 21? De fato, é a tendência. Mesmo cientes de que a estrutura da casa sofrerá abalos instrasponíveis, o salário para o próximo quadriênio deve girar na casa dos R$12.600,00 e isso se sobrepõe a qualquer análise mais sensata. Outro fato bastante claro é que vereador que faz oposição encontra resistência total no governo para o atendimento de seus aclames e o povo pouco liga para o dever de fiscalizar e legislar. O eleitor quer mais é saber do seu lado particular, da sua rua, do seu bairro, da escola do seu filho e do seu posto de saúde. Se o vereador da comunidade não tiver "afinado" com o governo, seu trabalho sofre sérias retaliações. Portanto para um prefeito nessa cidade, é muto fácil obter controle sobre os vereadores e preferencialmente, mantê-los calados e omissos no seu dever constitucional. Porém, outros fatos devem ser considerados e já estão entrando em cena.

Quando uma administração vai mal, e no nosso caso, não poderia ser pior, o estrago é generalizado e a imagem do poder legislativo também sofre sérias consequencias e represálias. Lamento, amargurado, constatar que jamais, nesses quase 34 anos que resido nesta cidade, ter visto um índice de reprovação e questionamento tão grande em relação aos vereadores. Mesmo subindo o número de vagas para 21, o que teoricamente colocaria todos numa confortável chance de reeleição, os vereadores já sentem nos seus cotidianos a dificuldade de relação com as comunidades e os "clientes", no caso, os eleitores. Isso já está fazendo, por incrível que pareça, as sessões legislativas do Poder Legislativo Municipal tornarem-se palco constante de lamúrias e reclamações. Tentam poupar o prefeito para evitar choques administrativos e comportamentais, julgando a culpa para os assessores do executivo, mas esquecem-se, propositavelmente, que o prefeito é quem os nomeia e os exonera, portanto é só e unicamente sobre ele que deve recair o peso político dos maus atos de seus subordinados. Vereadores que até então faziam ouvidos de mercador para as críticas da comunidade, já estão nas páginas dos jornais reclamendo de falta de atenção do prefeito para suas reivindicações e expressões de pontos de vista. Vereadores que até então, juravam amor eterno ao time do "bem", já expressam nos depoimentos em plenário e jornais, que não conseguem sequer intermediar trocas de lâmpadas queimadas em ruas escuras de seus domicílios eleitorais. O convênio com o Detran usando o aparato da máquina pública para multar e rebocar veículos, cobrando diárias astronômicas e suspeitas, acentua ainda mais a insatisfação quase generalizada. Distante de tudo isso está a cabeça do prefeito que encaminhou mensagem para o legislativo criando mais 11 cargos comissionados numa hora tão imprópria. Alguns resistentes ainda tentam atenuar as crfíticas falando que obras estão sendo realizadas, mas todos sabemos que os "indícios" de obras, tão fartamente anunciados nos caros veículos de comunicação, são frutos de dispêndios de teceiros, como os governos federal e estadual. O erário municipal, todos nós sabemos onde é investido através dos esclarecimentos mensais de nosso Blog sobre os gastos da prefeitura: viagens, mídia, Ong Construindo Sonhos, locação de veículos de fora, COC, NUTRI, etc...Como diz um experiente vereador da cidade: "Casa que falta o pão o amor sai pela janela...", no nosso caso o raro pão apodreceu de tão dormido e ruim. Acabou o amor, isso aqui pode virar um inferno.

Em tempo: existe uma aprovação de contas do prefeito com parecer contrário Tribunal de Contas do estado do Rio de Janeiro para ser votada. Para reverter o quadro, o prefeito precisa ter oito votos entre os doze. Dor de cabeça à vista para o Zé primido. Só olhando o extrato bancário para ter um pouco de alento, alegria e compensação.