O LADO NEGRO DA FORÇA 1.

EU ACREDITO É NA RAPAZIADA...(COM EXCEÇÕES!!!)

Falar mal da política e dos políticos é fácil, difícil é fazer alguma coisa para reverter o quadro e moralizar as instituições públicas colocando-as no seu devido lugar em defesa da sociedade e não somente de interesses pessoais ou de poucos privilegiados. Não consigo outra forma de conceber uma mudança na sociedade e na evolução da justiça social sem que este caminho passe pelo cerne das questões políticas. Porém, a política as vezes enoja e mostra a faceta mais podre dos seres humanos.

Hoje ao ler o jornal "A Voz da Cidade", deparo-me com uma matéria intitulada: ANO BOM TERÁ CANDIDATO PELAS VÍTIMAS DA TRAGÉDIA DE 26 DE JULHO. A metéria, totalmente desnecessária a vida pública, reporta sobre umas candidatura a vereança de Barra Mansa apadrinhada pelo presidente do seu partido, que diz que a bandeira do jovem candidato, cujo nome não citarei, é "lutar pelas causas das famílias vítimas da tragédia no bairro Ano Bom", e diz ter como proposta, caso eleito, "criar leis que auxiliem as famílias envolvidas no drama do ano Bom".

Apesar dos mencionados na reportagem (presidente e candidato) serem jovens, isso trata-se de uma velhacaria de sexta categoria. Querer tirar proveito vergonhoso do desabamento do Ano Bom para galgar ascenção financeira pessoal é um ato vil e desqualificado. Ora, se tal candidato, de apenas 24 anos e sem nenhuma formação acadêmica ou legislativa, tem alguma lei para propor que beneficie as vítimas, por que não sugeri-la agora? Por que fazer as vítimas esperarem mais um ano e três meses para que a fórmula mágica se apresente e minimize a dor dos moradores? Simplesmente porque não existe lei para isso. Simplesmente porque o pretenso candidato ignora que isso é um problema de ordem executiva. Simplesmente porque ele não tem a menor idéia do papel do vereador. Simplesmente porque provavelmente trata-se de um oportunista desqualificado que quer tirar vantagem pessoal da desgraça alheia e que não tem um mínimo esboço de apenas um projeto de lei que aborde o tema.

Quando a gente pensa que a juventude pode realizar uma virada neste jogo e apresentar novas idéias, nomes, ideais e sonhos, me aparece um demagogo juvenil que se norteia em atos vis e práticas antiquadas e nefastas que apodrecem o jogo político e sufocam as nossas esperanças, e tenta de forma burra e infame, aplicar um golpe baixo e vulgar de estelionato eleitoral explícito.

Merecemos jovens melhores, e nossos jovens, merecem políticos melhores.