A RESPONSABILIDADE TAMBÉM É NOSSA.
Recebo diversos e-mails e alguns comentários em nosso Blog, teimando em responsabilizar a Câmara Municipal pelo fracasso da administração de Barra Mansa. Por ser cargo de confiança no Poder Legislativo, fico constrangido em apresentar algum tipo de defesa, mas também se não o fizer, estarei traindo a mim mesmo. Não que eu ache que a Câmara Municpal seja um primor de talento e excelência. Não se trata disso, em hipótese alguma. Todas as Câmaras Municipais do País refletem a vontade do eleitor e é sabido que a desinformação impera e contamina todas as classes sociais no tocante a política. Porém, é uma atitude tendenciosa e covarde querer responsabilizar os vereadores de Barra Mansa pelas mazelas do Poder Executivo. O prefeito Zé Renato tem a caneta na mão e a Constituição Brasileira lhe confere todas as prerrogativas administrativas. Papel constitucional do vereador é legislar e fiscalizar, o resto é excesso de demanda que a população cobra indevidamente dos seus edis. Particularmente, em Barra Mansa, os secretários municipais e o próprio prefeito tratam o poder legislativo com desdém, como vimos nessa semana, quando ele vetou, de forma dissimulada e infundada, diversos projetos de elevado alcance social do vereador Marcelo Borges da Silva, que foram aprovados de forma unânime no plenário da Câmara. O erro da Câmara Municipal é simplesmente não fazer valer o seu peso político na condução dos destinos da cidade. Na grande maioria das cidades brasileiras, vários cargos de secretário municipal são indicados pelo Poder Legislativo, aqui não, a maioria absoluta veio de uma herança nefasta deixada pelo prefeito anterior e que o prefeito atual não teve peito nem pulso para peneirar e selecionar. Apenas acatou e toca o barquinho dele somente com a força da vela desgastada que recebe de impulso um ventinho fraco e impotente. Se os cargos dos escalões superiores não recebem a benção do legislativo, de forma alguma podemos associá-lo a administração. Hoje, lendo o jornal da cidade, li que o prefeito Tuca, de Angra dos Reis, aborrecido pelo forma que fora tratado pelo vereador presidente da Casa Legislativa no ato de sua inusitada reapresentação, exonerou todos os....50, isso mesmo...50 (CINQUENTA) cargos comissionados da prefeitura indicados pelo vereador. Aqui em Barra Mansa, quando muito, um vereador consegue indicar um mísero estágio ou uma vaguinha de contrato temporário no combate à dengue, ou serviço proporcional, na base salarial mínima. A questão matemática orçamentária torna ainda mais claro o nosso raciocínio. O orçamento anual de Barra Mansa é de R$355 milhoes de reais. A Câmara Municipal recebe somente R$9 milhões deste valor, pouco mais de 2,5% do orçamento. Em suma, o prefeito é responsável pelo gasto de 346 milhões, e os doze vereadores, responsáveis por 9. Ou seja, numa divisão proporcional, enquanto em média, um vereador é responsável por 0,75 milhão, o prefeito gasta 346. Não é necessáiro dizer que deste valor a Câmara paga mais de 120 salários e obrigações trabalhistas e ainda custeia as suas despesas com combustíveis, carros, materiais de escritório, água, luz, computadores, etc., etc.. É evidente que o problema econômico não se encontra aqui. Sinto claramente, que as pessoas que tentam desvirtuar os erros do governo e jogam a responsabilidade do vexame social e econômico para os vereadores, querem apenas e tão somente, desmorarizá-los para tentar ocupar os seus lugares no próximo pleito. Não há a menor conotação social pública nesses argumentos, apenas de forma improdutiva e personalíssima, esses críticos almejam simplesmente uma boquinha na vida pública. Gostaria que os novos candidatos à vereança, apresentem os projetos que pretendem executar no poder legislativo e não fiquem tão somente atacando supostos concorrentes e prometendo coisas que não serão de sua competência, como asfalto, esgoto, água, etc., pois isso é uma prerrogativa exclusiva do poder executivo. Tenho absoluta certeza que mais de 90% dos pré-candidatos a vereador não tenham sequer um mísero projeto de lei para ser apreciado e nem sequer sabem como fazê-lo. Tenho absoluta certeza que a grande maioria dos pré-candidatos à vereador jamais leu uma linha da Lei Orgânica do Município ou do Regimento Interno da Casa. Conclamo a todos os nossos leitores, que escolham de forma consciente, candidatos que saibam o seu papel na vereança. Eliminem aqueles que prometerão obras ou outras benfeitorias, pois para realizá-las, eles terão que se submeter a vontade do prefeito eleito, e assim sendo, jogarão fora o seu compromisso constitucional de legislar e fiscalizar. A mudança, a real, não apenas de nomes, começa com nossas atitutes e com nossas decisões. Não podemos ficar a vida toda apenas reclamando, pois cabe-nos a responsabilidade imperiosa de escolhermos aqueles que terão capacidade de apresentar projetos que visem a melhoria na qualidade de vida das futuras gerações, compostas de nossos filhos, netos e demais brasileirinhos que vem por aí. Começa o jogo eleitoral. Todo cuidado é pouco. Não espere que o vizinho vote certo para que você vote no seu amigo. Podemos mudar a nossa cidade e a nossa sociedade, mas precisamos fazer a nossa parte e parar de covardemente transferir responsabilidades e encobrir desvios de conduta cívica.
Sr Júlio, boa noite.
ResponderExcluirPor motivos de saude, estive ausente dos comentários deste pretigiado blog.
Todavia, no alto dos meus 73 anos, ouso discordar de seu ponto de vista, pois se a Câmara não faz valer sua força política, a culpa é da mediocridade dos vereadores, cujos interesses são pessoais e não os públicos.
Barra Mansa não tem vereador ético ou bom, então não tem Câmara Municipal eficiente ou com peso polític0.
O último e lastimável exemplo foi a aprovação do vergonhosa e imoral incorporação aos salários do subsídio. Que merda de vereadores hein?
Marcelo Borges, que eu conheço, utiliza todos os meios para manter-se na frente do Ilha Clube, do qual sou sócio, embora sua desastrada presidência só venha levando a degradação aquele imenso patrimônio, sem qualquer benefício maior para os associados, hoje em pouquissimo número.
Por isso participo da campanha : faça um político trabalhar! não reeleja ninguém!
Com todo o respeito, não concordo com sua opinião.
FÁBIO COSTA.
Dona Inês Pandeló, em ano de eleição faz mais uma cagada, votou aprovou do aumento das barcas, coisa que o povo condenou e a condenará por toda vida.
ResponderExcluirJonas sai fora, pois não faltarão argumentos para novamente derrotá la.
Faltou assessoramento !
Pergunte ao Sr. prefeito e secretários ou assessores ?
ResponderExcluirQuando é que a fiscalização da prefeitura vai funcionar e vamos ter os responsáveis pela obra, entre o Ed Parthenon e o Labsdor; identificados como manda a Lei, numa placa da Empresa constando o engenheiro responsável, o arquiteto, etc...
Ou não estão cumprindo a Lei...?
É isto mesmo, esta Câmara Municipal não esta com nada, porque a cambada lá de dentro só pensa em sí própria.
ResponderExcluirSó se ouve falar em sacanagem. Os vereadores são preguiçosos e burros.
Todos são puxassacos do prefeito e dos secretários e votaram esta imoralidade da incorporação do subsídio. Imagina! Um professor ganha R$600,00 e um secretino incorporado ganha R$ 20.000,00. Vergonha.
Tomara que nenhum seja reeleito.
ELIETE
"Na grande maioria dos Municípios brasileiros os secretários são indicados pelo Poder Legislativo.."
ResponderExcluirNão menospreze a inteligência dos leitores do seu blog, defender está proposta é um aberração a sua própria capacidade, se o legislativo entre suas competências é fiscalizar o executivo; como seria o funcionamento com a indicação do secretário pelo próprio órgão fiscalizador?
Há uma grande diferença em dizer : ...vários cargos são indicados...do que dizer...os secretários são indicados. Quem está menosprezando a nossa inteligência e você.
ResponderExcluirRealmente eles estão certos. Nos temos uma Câmara que esta amarrada com o Prefeito . Vai ai uma dica para o Sindicato( que resolveu depois de muito tempo mostrar a cara ) e fazer um boletim monstrando aqueles vereadores que votaram em aprovar a mensagem concedendo aumento aos secretarios.
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