ENQUANTO O PREFEITO FAZ DE CONTA...

A GENTE FAZ CONTA. E CONTA A VERDADE.

Tomando ciencia do que aconteceu na região durante a minha ausencia na semana santa, percebi que a maioria dos jornais de circulação local enfocou a questão sombria da venda do imóvel do SAAE do Ano Bom para uma empresa de proditos médico-hospitalatres do Espírito Santo para a contrução de prédios residenciais pelo valor de R$1.695.000,00 e a pronta locação do imóvel pela própria prefeitura de Barra Mansa pelo valor mensal de R$23.000,00. Evidentemente que os jornais esmerarem-se em colocar as justificativas do prefeito Zé Renato que afirmou que o valor de venda foi justo e a locação idem.
Independentemente do fato de nada no mundo justificar a locação de um imóvel que era da própria prefeitura sem que houvesse o zelo de perceber a sua total necessidade imediata para o municipio, é só analisarmos no mercado financeiro e imobiliário que nos remeteremos à imediata contradição do Executivo.

Ao investir em um imóvel temos que saber usar a métrica correta para avaliar o valor do aluguel e só então classificá-lo. Isso significa saber analisar se o montante recebido pelo aluguel é interessante diante de valores cobrados em imóveis similares. Não há consenso, mas o percentual mais aceito entre os especialistas é o que oscila entre 0,5% e 0,7% do valor do imóvel, ao mês, o que corresponde a respectivamente 6% e 8,5% ao ano.
Portanto um imóvel de R$1.695.000,00 poderia ser locando entre R$8.475,00 à R$11.865,00. Acontece que a prefeitura está pagando mensalmente aos amigos compradores o valor de R$1,36% do imóvel, o que resultaria no fato de que persistindo a locação por seis anos o imóvel será “doado” para a empresa compradora, pois todo o valor empreendido seria devolvido.
Mas na nossa visão o que houve foi um reconhecimento da baixíssimo valor de “venda”, pois um imóvel que pode ser locado por R$23.000,00, tem que ter o seu valor venal oscilando na casa dos R$4.600.000,00. O tal Conselho mencionado pelo próprio prefeito que deferiu esse valor de locação, implicitamente valorizou o imóvel neste patamar, ou para atenuar, se usarmos o referencial de 0,7%, chegaremos no mínimo à R$3.285.714,29.
Isso é matemática, senhor prefeito. Se Vossa Excelencia não atentou para isso ou tem maracutaia nessa transação ou o senhor não tem capacidade gerencial. Dizem inclusive, que as duas alternativas estão corretas.
Blá-blá-blá jamais poderá suplantar a realidade fria dos números e da matemática. O máximo que se consegur é deixar no ar o cheiro fétido da mentira, da irresponsabilidade e da vilania. Quanto à corrupção e malversação, deixemos o Ministério Público se manifestar adequadamente.