SERÁ QUE NÃO VAI DAR EM NADA?

CONTINUA SAAE...INDO.

Vocês lembram que nosso Blog denunciou que o imóvel do SAAE do Ano Bom foi vendido para uma empresa capixaba por R$1.695.390,00.

Vocês lembram que este imóvel de 5.600 metros quadrados numa área nobilíssima da cidade, teve custo avaliado por vários especialistas na casa dos quatro milhões de reais.

Vocês lembram que na mesma área e época foi vendido um imóvel de apenas oitocentos metros quadrados por R$1.200.000,00 (CANA), tendo o custo por metro quadrado superior ao da venda do SAAE em 400%.

Vocês lembram que a prefeitura antes mesmo do processo licitatório, já havia procedido alteração no regime urbanístico do plano diretor de desenvolvimento urbano e ambiental, modificando e ampliando a autorização de gabarito de construção de torres e elevando para 14 pavimentos, em suma: autorizou um conglomerado imobiliário para abrigar naquela área, prédio de edifícios, em torre com 14 andares de pavimentos, bem antes de iniciar o procedimento licitatório que culminou na transação em questão que tem como fundo a mega construção imobiliária e privada.
Vocês lembram que a compradora foi a empresa MAC-MED, sediada em Vila Velha, Espírito Santo. Estranhamos o local da sua origem e a finalidade de seu negócio que é a comercialização de produtos médicos hospitalares, e jamais construção imobiliária.

Vocês lembram que o representante dessa empresa é o senhor Nilo Sérgio de Souza, pessoa de relacionamento com o Ex-prefeito municipal, o também capixaba Roosevelt Brasil Fonseca.

Vocês lembram que num ato inédito e inexplicável, logo após a venda, o SAAE resolveu alugar o imóvel pelo período de oito meses pelo valor mensal de R$23.000,00, equivalendo a 1,65% do valor da venda.

Vocês lembram que mesmo sem entender a operação de venda e locação imediata, registramos que o valor máximo de locação comercial é 1,0% do valor do imóvel e que de praxe aplica-se apenas 0,5%. Ou seja, ou o imóvel foi vendido barato ou alugado muito caro.

Vocês lembram que o PT e o PC do B, numa louvável ação conjunta adentraram com representação junto ao Ministério Público contra mais essa lambança do governo municipal.

Pois bem, conforme dissemos, o inusitado contrato de locação era por oito meses e venceu no final de agosto de 2011. Acontece que o SAAE continua usando o imóvel e vimos no balancete da autarquia que em setembro o SAAE continuou pagando a locação mensal de R$23.000,00.

Fontes nos informam que o tal contrato foi renovado por mais 24 meses.

Se essa informação for procedente, o SAAE devolverá a compradora R$736.000,00, isso se o contrato não foir prorrogado novamente.

Ou seja, 0 SAAE devolverá a compradora capixaba, 43,41% do valor da venda, ficando um imóvel de R$4.000.000,00, por apenas R$959.390,00.

Se tal contrato foi realmente prorrogado por mais 24 meses, isso já ultrapassa o caso da improbidade administrativa e vira um crime explítico contra o patriimônio público, passível de cadeia. Severa cadeia.

Creio que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro deveria alterar as suas prioridades, deixando medidas internas administrativas sujeitas ao crivo popular para quem de direito e dedicar-se com maior afinco a casos como esses, flagrantes e repugnantes, de dilapidação escrachada do patrimônio público. Cabe ao MP defender os direitos do cidadão e seus bens ao invés de ficar dando pitaco em questões internas de fôro político.