JOGO BAIXO E SUJO.

BAIXARIA OU BAIXADA?

A cada dia fico mais perplexo com o prefeito Neto de Volta Redonda. A cada dia percebo o quanto me enganei com ele.

Uma das coisas que me faziam admirá-lo era o fato de não vê-lo falando mal de seus adversários. Hoje, vejo claramente que ele não usara tal expediente simplesmente porque ninguém ainda havia arranhado a sua certeza de sucesso vitalício na política da Cidade do Aço.

Cheguei a pensar que os arroubos inconsequentes dos ataques contra seu adversário era coisa de marketeiro aloprado e venal, mas certifico-me que não, pois na própria página do Facebook de Neto consta a sua "preocupação" com a suposta 'invasão de milicianos da baixada fluminense" e da possibilidade da volta de "grupos de extermínio na cidade" com a vitória de seu adversário.

Foi a coisa mais baixa e suja que já vi em toda a minha vida na história da política regional.

Neto sabe muito bem, que as milícias que operam no Estado do Rio, tem como patronos ou líderes, os mesmos deputados e vereadores do PMDB que dão apoio e sustentação ao seu governador Sérgio Cabral, do mesmo partido, inclusive o dele. Lembro quando dezenas de entidades e mais de duas centenas de pessoas assinaram, em novembro passado, o manifesto contra as políticas de extermínio do governador Sérgio Cabral. O Globo deu a notícia no final do primeiro caderno, escondida entre os obituários, sem nenhuma chamada na capa. Se a cobertura jornalística desse conta da verdadeira dimensão do envolvimento de policiais com a criminalidade no Rio, talvez os índices de violência em nosso estado não fossem tão assustadoramente elevados. 

Neto sabe muito bem, pois, quando começou como deputado, lutou contra isso, que as máfias existentes no Rio de Janeiro ligadas à Assembleia Legislativa têm como artífices seus amigos que estavam sentados ao seu lado, ontem, no Clube Comercial, a saber: Cabral e Picciani. Sabem quem são Natalino e Jerominho? Cabral sabe e no Youtube se confirma.

Neto começou na esteira de Álvaro Valle, do PL,  a quem depois renegou; noutro momento, por conveniência, abraçou Balthazar, do PSB, a quem depois traiu; depois morreu de amores por Garotinho e Rosinha, hoje do PR, a quem hoje difama; depois elegeu seu primo, a quem hoje odeia; e agora, idolatra Sérgio Cabral, contra quem tanto lutou quando tinha integridade. Tudo pelo poder. Tudo para se manter como um imperador tirano na cidade que se julga dono. Não tenho mais dúvida nenhuma de que Neto tem medo de que algo seja descoberto quando outro assumir o seu lugar.

Fica claro que os desesperos, devaneios e desatinos de Neto, são oriundos de seu medo. Medo por sinal, bastante claro em sua trajetória. Lembro de quando ele me confidenciou que tinha recebido duas ameças anônimas quando ocupava alto cargo no governo estadual e que se recebesse a terceira, renunciaria. Por isso, afirmo, Neto sabe muito bem que seu embate não é contra milicianos, pois se fosse, cagão como é, já teria se acovardado. Seus estilo agressivo demonstra que Neto sabe que as "forças ocultas" deste estado estão ao seu lado e que seu adversário é apenas um trabalhador humilde, como tantos outros deste país, que carregam um sonho, e que ao seu lado, apenas estão os seus semelhantes que anseiam por uma mudança e mais respeito no trato com a coisa pública em Volta Redonda.

Neto esteve em outros municípios tentando influenciar aas eleições. Foi tratado com respeito embora não o merecesse. Hoje, se incomoda conosco por também tentarmos intereferir na sua cidade assim como tentou fazer com os vizinhos. Não somos milicianos. Não somos cupinchas do governador. Queremos respeito.

Neto, no seu afã alucinógenino e bairrista, se pudesse, só permitiria a entrada na cidade de quem lhe tem apreço ou subserviência. Continua achando que a Cidade do Aço é o seu quintal de prazeres e deleites.

Domingo, o povo de Volta Redonda terá todo o direito de colocá-lo no seu devido lugar.