JORNALISMO CAQU"Í"TICO.

aQui SE FAZ. aQui SE PAGA.

Conforme anunciado, o semanário aQui fez mais uma "homenagem" a este modesto Blogueiro. A matéria, com chamada de capa, intitulada "Internautas que usam a 'rede' no trabalho podem ser demitidos por justa causa", tomou quase uma página e meia do pasquim, e foi como se previa, de nenhum cunho jornalístico e teve foco estritamente pessoal e revanchista, assim como a anterior de criação do seu coirmão e cúmplice, Diário do Vale, estampada por três dias na capa. Apesar das minhas respostas terem sido publicadas na íntegra (esclareço que somente tive acesso antecipado às perguntas, e só tive acesso à "reportagem" nas bancas), o texto é eivado de erros e induções irresponsáveis, e sobre eles, dissertaremos:

1. O próprio título é uma temeridade jornalística e lógica, visto que a matéria só se referiu a minha pessoa. Todos os cargos comissionados no Brasil, como o que exerço, por força da lei, são demissíveis "ad nutum", ou seja, não há necessidade de abertura de processo administrativo para a sua exoneração, a critério exclusivo dos chefes dos poderes em suas respectivas esferas. Os cargos comissionados não têm direito a indenização ou vantagens pecuniárias concedidas aos abrigados pela CLT ou estatuto relativo.  Basta uma "canetada" e acaba-se o vínculo sem prejuízo ao erário. Portanto, não se emprega "justa causa" nesse caso específico.

2. O texto começa dizendo que nas horas "vagas" sou Controlador Geral da Câmara de Barra Mansa. Vingancinha barata. A carga horária do legislativo é de 30 horas semanais e não há semana em que eu não esteja presente por menos de 50 horas. O expediente da CMBM começa às 13 horas, e hoje, por exemplo, desde as 8 horas já estava em meu gabinete. Não almoço em casa dia nenhum durante a semana, nem para ver a minha netinha, apesar de morar próximo ao meu local de trabalho. Faço minhas alimentações diurnas, normalmente, num restaurante ao lado da CMBM e não gasto nem 20 minutos com minhas refeições. Sou assiduamente um dos primeiros a chegar no legislativo e normalmente sou um dos últimos a sair, senão o último. Há mais de dez anos não gozo férias, pois rotineiramente no dia posterior ao que sou liberado para o regozijo anual que me é de direito, sou requisitado de volta sem que perceba um centavo sequer a mais em minha remuneração. Além de minhas funções como Controlador, faço cerimoniais, ajudo na administração, acompanho as sessões legislativas, elaboro textos para vereadores e presidentes, confecciono projetos, promovo reuniões de foro político e atendo diuturnamente todos os edis e populares em questões que em absolutamente nada têm a ver com o meu ofício original. Faço isso com respeito, amor, gratidão e devoção.

3. A matéria diz que sou tucano. Não sou. Disse que me travesti de comunista. Não sou, nunca fui e nem serei comunista. Muito menos travesti.

4. A matéria diz que nossa série "Manchetes de um vale (tudo) do Paraíba" é uma "pilhéria" ao nome do Diário do Vale. Quanta babaquice e pretensão! O Vale do Paraíba é assim conhecido séculos antes do jornal se apropriar do "Vale" em seu título. Quanto pretendi fazer "pilhéria" com o Diário do Vale, o nomeava de "Diário Oficial", por razões financeiras absolutamente compreensíveis e assimiláveis. O aQui e o DV se acham a "cereja do bolo" ou o "último biscoito do pacote". Não o são. O mundo não gira em torno deles, como eles pensam ou imagem querem "vender". Nem no nosso modesto VALE do Paraíba.

5. A matéria diz que eu ..."era um tremendo puxa-saco do prefeito Neto, mas quando ele apoiou Zé Renato, o atacou violentamente"... Em primeiro lugar, quem puxa-saco de Neto são veículos de imprensa que sobrevivem graças às verbas pagas pela PMVR, abençoadas e assinadas por ele. Jamais tive ou pleiteei qualquer benefício pessoal através de Neto, e sempre lhe fiz mais favores do que recebi. Jamais o ataquei violentamente. Violência é o que estão tentando fazer comigo, mas ainda não conseguiram êxito. Mantive a minha independência para falar de Neto o que bem entender e, de fato, quando ele quis interferir na vida política de minha cidade, que ele tanto prejudicou, não lhe poupei críticas, com a isenção que conquistei e que esses veículos de informação de Volta Redonda jamais terão.

6. A matéria diz que minha "sorte" é que meu Blog tem poucos seguidores e é pouco acessado. Será mesmo? Se fosse, porque eu estaria incomodando tanto? Um Blog que tem tantos e tão "poderosos" "perseguidores", deve ter muitos "seguidores". Ou não?

7. Pessoas "pequenas" e malévolas tendem a medir os outros com a régua que usam para si próprios. Só isso para explicar, mais uma vez, o absurdo da matéria insinuar que posto comentários de minha autoria em meu Blog, com codinomes distintos. Isso é uma baixaria sem precedentes e que jamais faria sob pretexto algum. Não preciso disso e jamais precisarei. Omito sim, quando julgo correto, alguns comentários ofensivos ou inócuos, mas criar outros "falsos" seria repugnante e ignóbil. Enganar a si próprio é um expediente que jamais utilizarei e Deus permita que nunca precise acioná-lo. Seria o ápice da decadência e estou muito distante disso.

8. A matéria, que provou em todas as suas nuances, ser de foco meramente restritivo e personalíssimo contra o meu nome, desvia toda a sua suposta linha de ação para ventilar que eu teria omitido em meu Blog, a "operação" de secretários municipais de Jonas pleiteando aumento, quando convidei os leitores a participarem da última sessão legislativa do ano, afirmando que nada aconteceria. Nada aconteceu, como preconizei e é fato, mas a matéria preferiu acreditar na suposta versão de Ricardo Maciel, transformando-o do dia para noite, em baluarte da verdade e da ética. Estranho é que Ricardo, quando atacava o governo Zé Renato, jamais teve a sua credibilidade atestada pelo jornal, mas agora, ao me contradizer, virou ídolo do pasquim. O jornal não percebeu que, na mesma edição, retificou o fato de Jorge Justo ter participado da corrente pelo aumento, em contraposição com que Ricardo afirmou. Confessaram o erro, mas mesmo assim, queriam que eu testemunhasse um fato que não vi, como certamente Ricardo também não, o que se constatou pela retificação.

É outra grande pretensão esse jornaleco querer pautar o que escrevo ou deixo de escrever no meu Blog.

9. Finalizando, registro que antes da publicação de minhas respostas às cinco perguntas efetuadas via e-mail, o jornal supõe que eu estava comentando a reportagem publicada na página 13. Mentira. Não tive acesso prévio à "reportagem", mas tão somente as perguntas tendenciosas efetuadas para mim com um prazo militar de resposta e que foram prontamente elucidadas. Ninguém teve o cuidado ou o respeito ético de me telefonar para saber se eu teria acessado a minha caixa de e-mails e estaria ciente da formulação e do prazo estabelecido. Esperavam que eu não respondesse. Provam que não me conhecem.

Por fim, quero agradecer as várias demonstrações de solidariedade que venho recebendo das pessoas que perceberam nitidamente o objetivo chulo da "reportagem".

Ficou claro que esses desafetos que expõem a minha vida pessoal e profissional querem tão somente denegrir a imagem de um homem que, modestamente, teve a audácia de enfrentar esse conluio de desvio de verbas públicas para patrocínio midiáticos superfaturados em veículos de comunicação mancomunados em prol da omissão de irregularidades nos poderes públicos.

Cinicamente, em seu desfecho, a matéria responde ao meu lamento de que a imprensa regional não teria prioridades mais relevantes para cuidar do que a minha vida pessoal, afirmando que a "imprensa tem muito o que fazer. A começar pelos políticos, para que não desperdicem do dinheiro público". Conta outra. Não sou político e o que mais os incomodou foram as minhas denúncias de desperdício, especialmente com jornalecos tendenciosos e omissos para quem Zé Renato e Neto foram demasiadamente benevolentes e manipuladores da informação à custa do dinheiro do povo.

Vocês podem até achar que eu engano muita gente, mas eu tenho uma certeza: Vocês não enganam mais ninguém. Basta o mínimo de discernimento para se perceber isso.