quinta-feira, 2 de setembro de 2010

COMEÇOU, ENFIM, O ESPERADO TIROTEIO.


"DILMA É PRODUTO DE UMA FRAUDE!..."
A violação do sigilo fiscal da sua filha Verônica parece ter devolvido a José Serra o brilho oposicionista que a marquetagem da campanha apagara.
Nessa semana, em encontro com prefeitos de 353 cidades de São Paulo, Serra levou ao microfone o mais áspero pronunciamento de sua campanha.
Ao demarcar diferenças entre sua biografia e a da antagonista, disse: “Não somos produtos de uma fraude”.
Além de alvejar Dilma, Serra mirou no PT, no governo e até em Lula, a quem ele estava poupando por estratégia, errônea, a meu modesto ver. Sem mencionar-lhe o nome, disse que o presidente converteu o Brasil “num porta-voz planetário de todo tipo de ditador, de facínora”.
Decidido a imprimir novo rumo à campanha, Serra animou-se até a elogiar enfim, a gestão FHC.
Declarou, por exemplo:
O PT é “um partido que tenta destruir os que o antecederam no governo, enquanto governa sobre as bases construídas com muito esforço e suor por quem veio antes”.
Abaixo os principais trechos do pronunciamento de Serra:

O caso da Receita: “As notícias estão aí, o segredo fiscal de pessoas que o governo identifica como adversárias foi quebrado por gente na Receita evidentemente a serviço de uma operação político-partidária”.

O efeito Palocci: “Quando se viola o sigilo bancário de um caseiro, viola-se a Constituição. [...] Não perguntem jamais quem é Francenildo. Francenildo são vocês. Francenildo somos nós. [...] Exijo é que se respeitem os Francenildos e as Marias, os Josés e as Anas”.

A omissão: “O mais impressionante é que ninguém do governo, do partido do governo, ou da campanha da candidata do governo deu-se ao trabalho de fingir que acha grave, de simular indignação, de vir a público para dar alguma satisfação à sociedade. Dão de ombros, emitem notas protocolares, ameaçam até processar as vítimas. Indignação? Nem pensar!”

A tirania: “Quando os tiranos, ou candidatos a tiranos, desejam subjugar uma sociedade aos seus propósitos, começam restringindo a liberdade. Minando a liberdade dos outros”.

O controle da mídia: “Dia sim outro também, alguém deste governo fala em controlar a imprensa. O partido do governo sonha com o dia em que vai poder censurar a imprensa. A expressão, bonita, é ‘controle social’, como se a palavra ‘social’ pudesse legitimar o conteúdo horroroso...

... Querem estabelecer comitês partidários para decidir o que os jornais e as revistas poderão ou não publicar, as rádios, tevês e a internet poderão ou não veicular”.

A propaganda: “Você vê o horário eleitoral deles, você vê a propaganda do governo, paga com o dinheiro do povo, e parece que todos os problemas do Brasil foram resolvidos. Obras que não existem, que andam mais devagar que tartaruga, são divulgadas dia e noite como se já estivessem prontas”.

A analogia nazista: “Eles seguem a receita repugnante, repudiada pela história, de que a mentira repetida mil vezes se transforma em verdade [Joseph Goebbels]. Só que eles não sabem que a receita está errada. O povo não é bobo”

A falta dee caráter: “Claro que há avanços, pois este governo teve a felicidade de colher o que os outros plantaram. Talvez estejamos assistindo à mais escancarada exibição de falta de caráter de que se tem notícia na história. A ingratidão é um defeito de caráter, a ingratidão é a cicatriz que revela uma alma complicada”.

O legado de FHC: “O que é o PT? Um partido que tenta destruir os que o antecederam no governo, enquanto governa sobre as bases construídas com muito esforço e suor por quem veio antes. Governa e estraga essas bases”.

A crítica a Lula: “Vocês não imaginam a tristeza que eu sinto quando vejo o governo do meu país transformado num porta-voz planetário de todo tipo de ditador, de facínora, de genocida ou candidato a genocida. Transformaram o Brasil num avalista dos negadores de que tenha existido um Holocausto contra os judeus na Segunda Guerra Mundial [Mohmoud Ahmadinejad].

As diferenças em relação a Dilma: “Nós não nos escondemos, não somos bonecos de ventríloquo, não precisamos andar na garupa de ninguém. Nós, acima de tudo, não somos produto de uma fraude. Não tenho nada a esconder do meu passado; não preciso que reescrevam a minha vida excluindo passagens nada abonadoras; não preciso que tentem me vender, como se eu fosse um sabonete; não preciso de marqueteiro que mude a minha cara, o meu pensamento, a minha trajetória de vida. Ninguém precisa dizer à população quem sou eu. Inventar coisas que não fiz e esconder coisas que fiz. É a minha vida pública que diz quem sou. ..

... Não fui inventado por ninguém!”

Depois de se reapresentar como oposicionista, Serra agradeceu aos presentes. E despediu-se recitando um pedaço do hino nacional. Começou no “Verás que um filho teu não foge à luta” e foi até a “pátria amada, Brasil”.

Começou a lavagem de "roupa suja" que eu tanto esperava ver. Espero que os "gênios" do marketing tucano não inventem novas curvas no discurso de oposição, tão necessário no estado democrático de direito. Perder ou ganhar é relativo, quando o que se importa o colocar o dedo na ferida e desmistificar uma fraude que abençou o Mensalão e depois esculpiu-se a si mesmo como um "Salvador da Pátria".

A melhor vitória está na consciência e não nas urnas.

3 comentários:

  1. É meu amigo, a vocês, da oposição, só resta a vitória na consciência mesmo (e desde quando tucanos, demos e afins possuem algum tipo de consciência? kkk), porque nas urnas, apesar do desespero e leviandade dos tucanos e demos, vão levar uma surra histórica para não se esquecerem tão cedo. Mesmo com esperneio, armações, mídia parcial e o diabo a quatro, não há como reverter a vitória de Dilma e do povo brasileiro no 1º turno. Com serenidade e garra, vamos à vitória Dilma!!

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  2. Oi Sr. Julio,

    Evidente que RENAN não existe, pois como petista que parece ser é UMA FRAUDE !

    Cutucaram a onça com vara curta, esperem a reação. Na melhor das hipóteses, caso Dilma fraude vença, teremos u país dividido entre os que pagam impostos e trabalham e os que roubam e se beneficiam e se locupletam do meu dinheiro.

    FÁBIO COSTA.

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  3. O Globo de hoje(3-9)seção de cartas, sob o título "quebra de sigilo" o meu amigo Professor Jefferson retrata o que foi o PT em Barra Mansa no governo 97/00.Leiam, pois é aquilo e mais outras ruindades e covardia contra a sociedade praticado por esta seita=PT.


    Sonia

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