BARRA MANSA JAZ.

INIMIGOS DA CULTURA, ASSASSINOS DO LAZER.

Hoje, com lotação super esgotada, o projeto Cultura para todos de Volta Redonda, apresenta os cantores e compositores Sérgio Reis e Renato Teixeira juntos de seus filhos. Também na Cidade do Aço, nesse final de semana, tem J. Quest no Porão. Na outra, teremos Michel Teló, Natiruts, Biquíni Cavadão e Exaltasamba. Dia 14 de maio é minha vez e apresentaremos o showzaço do Seu Jorge no Porão Hall. Lá também deve acontecer Rita Lee e Skank. Isso sem contar que a partir de 7 de maio, todas as quintas-feiras na Chopperia do Casarão estamos trazendo a revelação do samba carioca, o Conexão Batuque. Neto, ontem me falou que a próxima do festival Cultura para Todos é Elba Ramalho e está praticamente fechado com o Falamansa. Rock, samba, pagode, MPB, forró universitário, sertanejo, pop, reggae, enfim uma gama de ritmos contemplados para agradar a todos os gostos e idades. Enquanto isso, em Barra Mansa, o cantor Aubrey, que todos os sábados se apresentava no Gaia Grill, me informou que a casa foi impedida de colocar música ao vivo, pela gloriosa prefeitura de Barra Mansa. Imediatamente, solidário ao excelente artista, contratei-o para fazer a abertura do Show do Seu Jorge. É impagável o desserviço que a administração de Barra Mansa presta à cultura e ao lazer na cidade.

Isso não pode ser coisa de gente de bem. Isso não pode ser coisa de quem ama a cidade. Isso não pode ser coisa de gente que está preparada apara administrar os nossos rumos. Isso não pode ser coisa de quem tem filhos e os quer por perto. Isso não pode ter nome nem explicação. Isso é uma vergonha que nos empobrece a cada dia e nos faz cada vez mais escravos da ditadura do silencio absoluto implantada na cidade.

Não podemos ouvir música de nosso gosto, mas temos que ouvir o barulho ensurdecedor dos trens, ou dos sons automotivos propagados por uma juventude sem referencia nem liberdade, ou dos microfones dos divulgadores de ofertas do nosso comércio combalido nas ruas centrais da cidade. Barra Mansa, outrora centro cultural do sul-fluminense, hoje, triste e envergonhada, assume de vez o papel minúsculo de cidade-dormitório.

É certo que daqui há um mês, teremos a exposição de Barra Mansa, mas até agora, nem as atrações foram divulgadas.

O que nos surpreende é que grande parte dos realizadores dos shows mencionados em Volta Redonda, são promovidos por moradores de Barra Mansa como o Alexandre da Open, o Junior Nader, o Sergio Mama, o Alessandro da Prosom, Eu, o Mauro Medeiros, o Rafael, entre outros, que adoraríamos poder fazer o mesmo em nossa cidade, mas somos sistematicamente impedidos de patrocinar alegria para nossa gente e nossos jovens.

Que venha a Exposição, pelo menos, devidamente sediada no Parque das Torturas em frente ao cemitério, que é o leito eterno apropriado de uma cidade-dormitório.

Gotamos de jazz, mas com o BEM, a cidade jaz.