UM BEM VERDADEIRO.

A EXPLICAÇÃO DE UM SONHO.

A nossa enquete sobre os nomes plausíveis para a prefeitura de Barra Mansa, embora não tenha atingido um quorum recorde no nosso blog, tem suscitado muita polêmica e opiniões controversas. A culpa talvez tenha sido do próprio blogueiro, que com sua experiência nos bastidores da política e como antigo analista da política local, por reiteradas vezes se manifesta numa forma de pensamento não tão facilmente compreensível para quem não vive o dia-a-dia da política, e por isso, se for o caso, já adianto meu pedido de desculpas. Mas não desistirei de tentar deixar claro o nosso ponto de vista e nosso raciocínio.
O que venho tentando fazer nossos visitantes entenderem é que a turma do “Bem” com a utilização expressa da máquina pública, mesmo com uma rejeição significativa ao seu governo, atua num patamar sempre atingível de 35% dos votos. Cremos que os 65% restantes estão ou estarão, definitivamente contra a manutenção dessa dinastia no poder executivo municipal. Por conseguinte, num raciocínio simples, podemos compreender que o eleitorado de Barra Mansa, visivelmente insatisfeito, pode e quer um nome de oposição à frente do Município no quadriênio 2013-2016. Mas, tal fato só se consolidará, caso as oposições não se dividam entre si e lancem candidatos contra si mesmos. É aí que conclamo o mais nobre sentimento público que é colocar-se abaixo das expectativas pessoais em torno do coletivo. Mesmo não tenda a caricatura de político tradicional, pela minha bagagem no serviço público, evidentemente que me sentiria honrado de ser prefeito da cidade que adotei para amar e viver, mas o momento não permite, e do alto da minha insignificância, declino de concorrer. Nomes mais expressivos na vida pública e privada, como Cláudio Manes, Ademir Melo, Sérgio Gomes, Rodrigo Drable, Arnaldo Borges, Luiz Amaral, entre outros, também já compreenderam esse sentimento e abrem mão de seu desejo honroso de administrar a cidade neste momento. O que gostaria de ver, seriam os demais pré-candidatos como Jonas Marins, Paulo Cosenza, Ismael de Souza, Jackson Emerick, Marcelo Cabeleireiro e Inês Pandeló, fazerem o mesmo e assumirem esse compromisso, se preciso for. Na crise que estamos vivendo, mesmo reconhecendo a importância do PT no cenário nacional, seria preciso humildade para eles reconhecerem que já tiveram recente oportunidade na cidade e não foram bem sucedidos. O PT seria fundamental nesta grande aliança em torno do amor à nossa cidade e nosso reerguimento. Jonas Marins também, Paulo idem e assim sucessivamente. O nome da cabeça de chapa, fica em segundo plano e precisamos avaliar em pesquisas futuras não só a intensidade de votos possíveis, mas principalmente a rejeição do eleitorado à esses nomes. Sabemos, que uma das estratégias da turma do “bem” é macular covardemente o nome de seus adversários e desafetos colocando-os contra à opinião publica sem provas ou testemunhos. Eles são especialistas profissionais deste expediente sórdido, por isso, repito, creio que acima de tudo, o nome a ser apontado, deva ter credibilidade ímpar e passado imaculável para que não seja vítima das contumazes rasteiras dos “BEM-quadrilhados”. Eu, por exemplo, pelas dificuldades financeiras que já atravessei em longo período de minha vida, seria alvo fácil face aos compromissos financeiros que contra a minha vontade, descumpri no passado, e assim creio que todos deveriam pensar, fazendo uma auto-crítica sincera de seu passado e analisando se o mesmo não contém elementos que possam ser vilipendiosamente utilizados pelo “BEM”.
Não somos contra o sonho pessoal de ninguém, pelo contrário, sistematicamente procuramos incentivar as pessoas para irem ao encontro de seus sonhos, mas quando o inimigo é voraz e ardiloso, e é o bem-estar da coletividade que encontra-se em jogo, precisamos, acima de tudo de humildade e despreendimento.
Creio que essa sonhada união poderia ser materializada na própria administração pública, pois quem duvida da capacidade do PT em investir em programas sociais, da capacidade da turma do Jonas em defender os interesses do funcionalismo, da capacidade de nosso grupo nas questões sócio-culturais, da capacidade de um Sérgio Gomes na área de saúde, e por aí afora. Seriamos todos irmanados num só propósito: Justiça Social, recuperação de auto-estima, desenvolvimento econômico, geração de empregos, saúde e educação de qualidade, lazer e cultura para todos. Só isso que estou pedindo, mais nada. Não estou pedindo para ninguém sair da frente para nosso bloco passar, nada disso, queremos é desfilar de mãos dadas com as forças vivas decentes e ousadas da cidade em busca do bem comum.
Será que é pedir muito?