PALMAS PARA O DOM.
Eu sou apaixonado por música. Talvez a única frustração de minha vida seja não ter desenvolvido ou tido o dom de tocar algum instrumento. Deve vir daí o meu devotado apreço por todos os músicos e cantores que com seus dotes naturais embelezam as nossas vidas e fazem o fundo musical de nossas existências.
Eu amo Barra Mansa, cidade que me acolheu e me apresentou aos meus amores eternos e há dois anos, me concedeu mais um.
Eu adoro um bar, todo mundo sabe.
Quando se junta música, bar e Barra Mansa, sinto-me no meu "habitat" natural e torno-me mais feliz.
Quando vejo um músico desempenhar a sua arte, tocar uma música de bom gosto, ou simplesmente se esforçar para nos agradar, sinto-me invariavelmente na obrigação de retribuir com o maior pagamento que um artista pode receber: o aplauso. Um aplauso não custa nada e só incentiva o talento de quem está dedicando seus momentos para nos entreter e divertir.
Em Barra Mansa acontece um fenômeno que não vejo em nenhum dos inúmeros lugares onde andei e vivi: as pessoas não gostam de aplaudir.
Segunda-feira, vivenciei um exemplo clássico. Num dos bares mais movimentados de Barra Mansa e da região, estava se apresentado um cantor/compositor que já emplacou quatro sucessos em novelas de TV, sendo três na Globo, uma inclusive, é de novela em curso. Ele e seu trio de colaboradores e "virtuoses" desfilaram simpatia, carisma, bom gosto e generosidade. Ao final de cada canção, só eu e minha mulher aplaudíamos. No bar, lotado, percebi em suas mesas, diversas pessoas e casais que com um injustificável ar "blasé", desdenhavam da boa música oferecida e não tiveram a humildade de gastar as palmas das mãos para aplaudir um nome já consagrado e que certamente foi o motivo para que elas estivessem ali. Seria vergonha? Ignorância? Desrespeito? Será que acham sofisticado se negarem a reconher a arte e o talento de um profissional?
Posso estar enganado, mas aplaudir é chique, é educado, é simpático e acima de tudo, justo.
Posso estar enganado, mas essas pessoas que se sentem no ápice de suas vidas por estarem numa mesa de um simples restaurante em Barra Mansa, precisariam viajar mais e conhecer melhor a graça da vida para entenderem que essa rotina não enobrece ninguém, não as torna superiores a nada e nem faz a vida melhor.
Infelizmente, este fenômeno inexplicável, que aconteceu no Fronteiras, ao som do valoroso Jorge Guilherme, a quem aproveito para agradecer o registro elogioso ao nosso Blog e a minha pessoa em sua apresentação, é comum e corriqueiro em todos os outros bares da cidade onde nossos valores desempenham os seus dons e nos oferecem os seus trabalhos.
Aproveito o espaço para garantir o meu aplauso eterno e a minha admiração a todos os amigos e artistas de nossa região que ornam e perfumam os meus dias com as suas canções e os seus dons.
Tenho orgulho de vocês e tenho orgulho de oferecer o meu humilde aplauso em reconhecimento a missão que Deus os deu para acalantar a nossa alma e nos aproximar de Deus através da música.
Certamente vou esquecer de alguns, mas vai aqui a minha singela homenagem aos Jorges Guilhermes, Figuróticos, Panças, Ericks, Dinhos, Japas, Marciais, Setas, Condés, Thaises, Carlinhos Biachininis, Carlinhos Meningittes, Betinhos Brothers, Chicos Bentos, Julinhos Marassis, Gutembergs, Davids, Ryans, Darios, Marias Bunitas, Denises de Leon, Marcelos, Aubreys, Jôs, Samuéis, entre tantos outros anjos que a gente cruza por aí e que Deus destinou para minha região e tornam com os seus talentos a minha vida mais harmoniosa e feliz.
Se eles não os aplaudem... liguem não. Provavelmente eles tem vergonha de si mesmos.
Concordo com você, realmente o barramansense não tem esta qualidade. Prestigiar e aplaudir os talentos da nossa região.
ResponderExcluirachei caro o COUVERT, consumi quase 300 paus e ainda paguei 60 pelo couvert.
ResponderExcluirmuito caro!!!
Julinho, pouco foram as vezes, que em seu blog apreciei uma postagem, aplausos a esta, não é só nesse sentido que o Barramansense, demonstra sua vulgaridade e total desrespeito à raça humana, aqui nos deparamos com pessoas metidas sem ser ninguém, que comem angú e vivem arrotando caviar, sem ao menos saber do que se trata, que tem carro mas não tem onde morar, infelizmente a maior virtude de um homem que é a humildade, aqui se ve o contrário e geralmente dos mais pobres, realmente essa cidade tem algo de anormal, veja o comentário acima, o cara sai de casa para se divertir e reclama do que pagou, é outra característica desse povinho, falar mau e tomar conta dos negócios e da vida alheia, eta provinciazinha sem igual, tú ainda tem coragem de falar que ama esta terra!
ResponderExcluirAmo, e o verdadeiro amor consiste em apontar defeitos e tentar corrigi-los muito mais do que apenas compreende-los passivamente. Amo essa terra por gratidão, e quando se é grato, tenta-se contribuir para a evolução do amado.
ExcluirJulinho,
ResponderExcluirperfeito o post! Coincidência, havia comentado o problema com o Valério no último fim de semana. É que fui ao Sesc na quinta, no Festival de Blues & Jazz, para ver o show do gaitista Jefferson Gonçalves (oriundo da banda carioca de blues "Baseado em Blues"). O show foi aberto pelo excelente guitarrista Rogério Valente, de Volta Redonda. Já no show de abertura o lamentável sintoma apareceu: maior quebradeira no palco, músicos suando a camisa, e o público parecia estar assistindo a um filme no silêncio da madrugada. No show principal o comportamento se repetiu, com um agravante: o gaitista ainda fazia agradecimentos, na última música, antes do bis, com a banda fazendo uma base, quando grande parte do público levantou-se e deu as costas para o artista. Lamentável. Barra Mansa parece caso perdido...
Forte abraço e parabéns pelo blog!
Carlos Vinicius - Bujão
Julinho,
ResponderExcluirperfeito o post! Coincidência, havia comentado o problema com o Valério no último fim de semana. É que fui ao Sesc na quinta, no Festival de Blues & Jazz, para ver o show do gaitista Jefferson Gonçalves (oriundo da banda carioca de blues "Baseado em Blues"). O show foi aberto pelo excelente guitarrista Rogério Valente, de Volta Redonda. Já no show de abertura o lamentável sintoma apareceu: maior quebradeira no palco, músicos suando a camisa, e o público parecia estar assistindo a um filme no silêncio da madrugada. No show principal o comportamento se repetiu, com um agravante: o gaitista ainda fazia agradecimentos, na última música, antes do bis, com a banda fazendo uma base, quando grande parte do público levantou-se e deu as costas para o artista. Lamentável. Barra Mansa parece caso perdido...
Forte abraço e parabéns pelo blog!
Carlos Vinicius - Bujão
O problema é antigo.
ResponderExcluirÉ falta de educação mesmo.
Sem maiores explicações.
Ao que parece o Rosemburg está certo: Barra Mansa nesse quesito parece caso perdido.
A sociedade de Barra Mansa é muito esquisita...
Adorei seu post Julinho. Infelizmente o tempo passa, mas Barra Mansa o povinho que se diz da elite continua com idéias provincianas. Parabéns pelo comentário. Gostaria muito que isso chegasse aos ouvidos desses manés vestidos com marcas caras, mas nús de idéias enriquecedoras, de cultura e educação.
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