MAIS QUE UMA IDEIA, UM IDEAL.

CRIATIVIDADE CONTRA A MÁ FÉ.

Entre tantos escândalos e suspeitas de ilicitudes envolvendo os doze anos ininterruptos de adminstração do PMDB em Barra Mansa, apesar de não serem poucos, um dos que mais chocou a população da cidade foram as suspeitas de contabilidades paralelas e desvios financeiros no tocante a realização de festas populares na cidade, enfatizando-se a locação de barracas e cessão de espaço de comercialização de comestíveis e bebidas, aliadas a supostas práticas correlatas, também suspeitas, como a exploração de estacionamentos em áreas públicas e contratação de artistas, "seguranças", locação de equipamentos, tendas, palcos, sonorizações, iluminações, sanitários químicos, etc., para realização de festividades sem as devidas e públicas prestações de contas e comprovantes de pagamentos.

Creio que o próximo governo, além de fazer uma varredura nesse segmento, com a desejada ajuda da Câmara Municipal através de criação de Comissão Especial de Inquérito para tal fim, precisa urgentemente criar mecanismos para evitar que tais manobras ilegais, se realmente aconteceram, jamais se repitam.

Primeiramente, manifesto que sou totalmente avesso a cessão das respectivas áreas para comerciantes ou "barraqueiros" de fora da cidade, que em nada contribuem para nosso desenvolvimento, dirigindo-se para cá somente em momentos convenientes de exploração comercial. Barra Mansa já tem uma economia muito debilitada para que nossos munícipes gastem os rendimentos de seus trabalhos em prol de "empresários" forasteiros e oportunistas, supostamente macomunados com membros da adminsitração municipal, que nos oferecem produtos de origem duvidosa colocando em risco a saúde de nossos munícipes. Não trata-se de bairrismo, mas de lógica tributária, lisura adminstrativa e prevenção salutar.

Por outro lado, temos diversas instituições que clamam por apoio financeiro da prefeitura para sua manutenção, como creches públicas, entidades benemerentes, asilos, instituições de filantropia, escolas de samba, blocos carnavalescos e associações de moradores.

Partindo do princípio bíblico que é mais saudável ensinar a pescar do que doar o peixe, creio que nas festas populares da prefeitura, a secretaria de cultura, em conluio com a secretaria de desenvolvimento econômico, a secretaria de desenvolvimento rural, a secretaria de ordem pública e os serviço de vigilância sanitária, deveria traçar roteiros de suporte técnico para que essas entidades venham a obter os lucros advindos da exploração comercial nos eventos públicos ou patrocinados pela prefeitura de Barra Mansa em conformidade com o calendário anual de eventos da cidade, resguardando-se as melhores condições de higiene e armazenamento de produtos.

Quem trabalhar mais e melhor, terá melhores resultados financeiros e por conseguinte, poderá devolver à comunidade melhor trabalho social ou cultural. Por exemplo, ao invés da prefeitura de Barra Mansa doar anualmente uma mixórdia para compra de fantasias, instrumentos e alegorias para as agremiações carnavalescas, a partir daí tornar-se-ia independente de tal enfado orçamentário, posto que ao oferecer condições de trabalho e geração de renda para essas instituições, cada qual teria o êxito merecido de acordo com sua labuta e criatividade, tendo como benefício suplementar a imediata propagação dos eventos pelas partes diretamente interessadas na sua divulgação e sucesso, que tornar-se-iam mais amplas e democratizadas.

Tais balanços financeiros seriam acompanhados e cobrados pelas comunidades atendidas, que por sua vez, fiscalizariam e zelariam para a adequada aplicação de lucros e vantagens.

Evidentemente que há de se excetuar da restrição sugerida os comerciantes lotados na própria cidade que também passariam a ter preferência de domínio e veiculação de produtos, através de locações remuneradas a preços justos e aplicáveis para que a população também tenha direito a preços exequíveis para o consumo final. 

Tudo isso com apoio técnico e aparato de manutenção centralizado pela prefeitura, que deveria sugerir cardápios, preços e apoio logístico, talvez até em parceira com serviços de qualificação profissional técnica ou secundária. Além de se gerar renda, precisamos formar valores e trabalhadores aptos para ingressarem na iniciativa privada, absolutamente carente de mão de obra para tal segmento.

Basta trabalho em sociedade.

Basta respeito pela comunidade.

Basta boa vontade e criatividade.

Basta amor pela nossa cidade.

Basta vergonha na cara e honestidade.