FESTIVAL DE ROCK EM BARRA MANSA.

POUCO BARULHO PRA  MUITO BARULHO.

Pouca gente, mas muito pouca gente mesmo , sabe que nos dias 02, 03 e 04 de agosto, ou seja, daqui há apenas dois dias, teremos um FESTIVAL DE ROCK em Barra Mansa. Esse evento é de fato exclusivamente concebido pela Fundação de Cultura da Cidade, o que já explica a falta de divulgação. 

Tocarão, de 17:10h. de sexta (17:10h.?) até aproximadamente 22 h. de domingo, 21 bandas de rock da região, entres os quais D'Hanks, Vitrine e Figurótico. As demais ainda não conheço.

Além da péssima divulgação, especialidade contumaz da Fundação, temos a considerar o que segue:

DE POSITIVO:

1. É um evento musical, e todo evento musical é bem vindo.

2. Está se oferecendo espaço para talentos da região expressarem a sua arte. Isso sempre é louvável.

DE QUESTIONÁVEL OU NEGATIVO:

1. Todo mundo sabe que sempre comunguei da ideia de que quem optou por morar no Centro da cidade tem que ter certa tolerância nos finais de semana com nossa juventude. Sou absolutamente contrário a Ditadura do Silêncio Absoluto que se implantou nessa cidade por reacionários e desiludidos com a vida, porém há de se convir, que mais de 24 horas de rock amador na cabeça dos moradores da localidade, em apenas três dias, é intolerável e alucinante. Rock bom é rock alto, tanto para os músicos que executam quanto para quem aprecia o ritmo, portanto é de se esperar uma barulheira infernal e intermitente na cabeça dos cidadãos, transeuntes e especialmente, moradores, isso sem mencionar o "stress" que os animaizinhos do Parque Centenário estarão submetidos.

2. Por que neste local, meu Deus? Temos o Parque da Cidade para tal, mas acima disso, temos opções mais inteligentes e profícuas. Já que o Superintendente da Fundação de Cultura prega a diversidade de ritmos e expressões artísticas, o que concordo literalmente, por que não pensar em locais onde esse evento traria mais integração e poderia agregar maiores valores? A afirmativa do superintendente não condiz com as ações, pois nos distritos e bairros longínquos só se oferece forró e sertanejo. Por que não realizar esse Festival de Rock em nossos distritos ou lugarejos, tão aptos e carentes de lazer, tais como Rialto, Antônio Rocha, Amparo, Floriano, Ataulfo de Paiva ou Anísio Brás, fortalecendo, inclusive, o comércio local? Em quaisquer desses pontos o Festival seria muito mais bem-vindo, ficaria mais bucólico e charmoso, atrairia mais integração social e valorizaria nossos pontos mais esquecidos pelo Poder Público. Não tenho dúvidas que seria muito mais interessante. E não venham me falar que atrairia menos público, pois nesse ponto só estão apostando errado, haja vista que os shows de João Bosco e Frank Gambale, dois monstros sagrados da música MUNDIAL, gratuitos, juntos, não agregaram nem mil testemunhas.

3. Serão as mesmas barraquinhas a explorar o comercio de comestíveis e bebidas? O sub-superintendente montará a sua novamente?

Antes que covardemente os mesmos (e sei de alguns) venham tentar postar comentários ridículos em nosso Blog,  pois no Facebook se calam pois tem que mostrar as su(j)as carinhas, quero reafirmar que não nutro nada de pessoal contra o Superintendente da Fundação de Cultura e jamais ambicionei o seu cargo, pois tenho um bem melhor e mais bem remunerado. O que eles precisam entender é que passei quase quatro anos lutando e arriscando meu pescoço para uma mudança real, especialmente na área de cultura, e não assistirei passivamente desmandos ou percepções frágeis nessa área sem me manifestar. Enquanto votei e me empenhei pela 'mudança pra ser feliz', tinha gente que compreensivelmente, para defender a sua função, aceitava bajular o antigo prefeito em seus programas. Não aceito nem comparação pessoal pois seria covardia de minha parte.

Como já disse, não tenho medo de cara feia, por mais feia que a natureza já a tenha esboçado e recomendo para quem não gostar que coma menos. Inclusive, repito, seria em boa hora e esteticamente aconselhável.

Dito isto, meus sinceros desejos de sucesso para os músicos, com quem sempre me solidarizei e defendi, e seja o que Deus quiser. 

Minha modesta contribuição, a divulgação, está aí.