ONDE? COMO? QUANDO? QUEM?

FALHA DE COMUNICAÇÃO.

Depois de amanhã teremos, de graça, apresentação de João Bosco em Barra Mansa com a Orquestra Sinfônica da cidade, homenageando os trinta anos de carreira do compositor e o centenário de nascimento de Vinícius de Moraes. Semana de vem começa a Flumisul. Na outra semana, se não me engano, tem um festival de rock no Parque da Cidade. Na semana posterior se comemora o Dia dos Pais e não se sabe de nenhuma campanha em parceria com o comércio, embora eu tenha sugerido. A Exposição Agropecuária da cidade, a ser realizada no início de outubro, que seria encabeçada por uma empresa experiente no ramo, segundo consta, já trocou de mãos e está acéfala. E nos 'outdoors' da cidade ainda estão apostas as propagandas do show do Roupa Nova que realizamos há já longínquas seis semanas. Há algo errado. Muito pouca gente sabe desses eventos anunciados. A divulgação está muito, mas muito falha.

A princípio poderíamos pensar que o problema reside na Coordenadoria de Comunicação Social, mas não procede, eis que todos os dias os órgãos de imprensa recebem vários "releases" das atividades do município e do governo, alguns até mesmo dispensáveis de tão triviais, mas não importa, pois fato é que o papel vem sendo bem feito e de forma assídua e profissional.

Sendo assim, só nos resta apontar para a Fundação de Cultura e no caso específico da Flumisul, para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Estou ciente que o Sistema Sul Fluminense de Comunicação, encabeçado pelo empresário Féres Nader, está em velado litígio com a administração, pois pretende receber uma fatura do governo anterior que sequer foi empenhada, mas tenham dó, o rádio não é o único mecanismo de propaganda possível. Sem gastar muito, ou quase nada, com recursos próprios constantes do orçamento específico e vigente, poderiam ser usados "busdoors", "outdoors", "flyers" de divulgação e  propaganda automotiva sonora.

Antes que se conclua indevidamente que pretendo "fritar" o superintendente da Fundação de Cultura, Claudio Chiesse, ou inveje o seu cargo, reitero novamente que seria uma tremenda burrice de minha parte almejar um cargo onde perceberia menos, trabalharia mais e ficaria impossibilitado de transacionar vislumbrando lucro no âmbito municipal na área de entretenimento empresarial. Não sou otário a esse ponto. Em segundo lugar, considero Claudio uma boa pessoa, um bom profissional, carismático e perfeitamente talhado para o cargo, mas não vou fechar os olhos para a suposta omissão momentânea da pasta que lhe foi entregue em total e absoluta confiança pelo prefeito Jonas Marins.

A experiência de Claudio, como radialista e subsecretário de Cultura de Volta Redonda, era de certa forma cômoda e simpática, pois anunciar shows artísticos é gratificante e enaltecedor, atender ouvintes e encaminhar suas reivindicações também é popular e agradável, mas quando se é vidraça a "porca começa a torcer o rabo".

Na posição em que se encontra, Claudio passa obrigatoriamente pelo crivo popular e vem a ser cobrado sistematicamente por uma série de demandas controversas e é necessário muito pulso e habilidade para conduzir o encargo, e justamente por isso, espero que ele compreenda que apesar do raciocínio não contar, ainda, com meu aval pessoal, sendo ele funcionário do Sistema Sul Fluminense de Comunicação e um dos apresentadores da maior rede de rádios da região, é admissível que se suspeite, embora reitere que não coaduno com a hipótese, que Claudio estaria sendo pressionado a não usar mecanismos de propaganda alternativa para que a Prefeitura e seus administradores percebam quanto é fundamental se render aos caprichos dos proprietários e sócios do sistema de comunicação da família Nader, ou levar ao raciocínio que terceirizar os eventos para a empresa do meu compadre Junior Nader, a Proson, resolveria o problema. Isso é muito sórdido e prefiro não acreditar na procedência da argumentação, mas por ora, também não tenho elementos paupáveis para contrapor ou defender.

Não pretendo voltar ao tempo onde se gastava verdadeiras fortunas com os órgãos de imprensa, mas é importante ressaltar que a divulgação dos eventos públicos e sociais fomenta a economia local e faz moeda circular no comércio, gerando em breve futuro, incremento de receita pública.

Esperando que minha crítica seja compreendida no caráter construtivo, mais uma vez me coloco a disposição para qualquer parceria ou apoio necessário que me compita dentro de minha insignificância. Creio que a realização da "Festa dos Namorados", onde tivemos o Poder Público como parceiros e, sem modéstia, reconhecemos o êxito e a organização impecável, nos credenciam a oferecer a nossa mão e a nossa crítica sincera.

Corram! O tempo urge, o tempo passa.