SUBVERSÃO DA ORDEM.

VANDALISMO APADRINHADO.

Não me venham dizer que aqueles vândalos que depredaram o Leblon ontem à noite estavam reivindicando melhorias para o país. Não me enganem afirmando que aqueles marginais covardes têm o direito de dilapidar o patrimônio alheio e colocar empregos de pais de famílias em risco. Não me venham convencer que entre os 'manifestantes' não existem infiltrados em grande número, bandidos que só visam o saqueamento de mercadorias e agentes remunerados financiados  por padrinho político de oposição pessoal ao governo. Não estou aqui para defender o governador, que nem conta com o meu apoio irrestrito, mas essa baderna ultrapassou os limites da liberdade.

Porém, o que mais me indigna é ver, de prontidão nas delegacias de polícia, membros do Ministério Público, da Justiça e da OAB, servirem de escudo para facínoras encapuzados subverterem a ordem e afrontarem cidadãos servidores da Polícia Militar no exercício de suas funções. Chega a ser repugnante assistir hipócritas amparados pela debilidade e hipocrisia da nossa legislação, serem patronos de uma pequena turba insana e delinquente nos seus atos de vandalismo, violência, brutalidade, covardia e furto explícito. A justiça e seus órgãos correlatos têm o dever de serem imparciais em seus atos e de forma tácita, escolheram um lado e deixaram ao relento, vítimas da violência, policiais feridos, empresários comerciais, donos de estabelecimentos e trabalhadores honestos que foram brutalmente vitimados por uma séria de ações vergonhosas para uma Nação.

Em todos os segmentos da sociedade existem bons e maus elementos, seja na política, na polícia, na família, na igreja, no campo de futebol, na praia, na feira, ou onde quiser. No Magistério, no Ministério Público e na OAB, não é diferente. Quero ver se haverá a mesma subserviência e complacência se essa gangue de marginais se utilizar dos mesmos meios de 'protesto' no dia que a sociedade organizada questionar que a maioria dos desembargadores e juízes percebem mais do que o Presidente da República e muitos deles não chegam a trabalhar sequer três dias por semana. Quero ver se haverá a mesma assistência se for usado o mesmo "modus operandi" para questionar o aparato, mordomia e salários de vários dos senhores promotores de justiça. Quero ver se haverá a mesma solidariedade criminosa se um dia o povo se rebelar contra essa fraude nefasta que é o exame da OAB, que através de um corporativismo explícito impede que um jovem, após o mínimo de cinco anos de estudo e alto dispêndio financeiro, se torne bacharel de direito mas não possa exercer a profissão sem antes se curvar a 'determinados' cursos preparatórios para esse exame inconcebível. Se a faculdade diploma indevidamente, que se condene a instituição e se cerceie as suas atividades, mas jamais entenderei como certo penalizar inocentes que cumprem com os rituais acadêmicos após exaurido esforço.

Ser juiz ou promotor de justiça é consequência de conhecimento técnico louvável e muitos deles dignificam a profissão e atuam com denodo e honra, mas isso não implica num atestado moral nem idoneidade inquestionável unânime, fosse assim, não haveria necessidade de Corregedorias.

Cuidado. Um dia o feitiço pode virar contra o feiticeiro. O povo está revoltado com o salário de 1 Presidente da República, 39 Ministros, 27 Governadores, 81 senadores, 513 deputados federais, mas ainda não percebeu que também paga, astronômicos salários vitalícios para milhares incontáveis de membros do Poder Judiciário espalhados por todo o Brasil, e recebe em troca, de forma rotineira, uma justiça lerda, suspeita, altamente egocêntrica e petulante.

Até quando esse País protegerá bandidos e condenará trabalhadores?