AS VERDADES SOBRE A SITUAÇÃO ATUAL DA POLÍTICA DE VOLTA REDONDA.

COISAS QUE ELES NÃO QUEREM QUE VOCÊ SAIBA OU ENTENDA.

Na próxima segunda-feira, dia 16, em sessão do TRE-RJ, o prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto, e seu vice, Carlos Roberto de Paiva, terão os seus embargos de declaração apreciados contra as cassações que lhes foram imputadas. Ontem, informei erroneamente que eles foram cassados pelo colegiado estadual por 5 votos contra 1. Imediatamente, meu amigo Geraldo Costa, com quem tive o prazer de almoçar hoje, me corrigiu e relembrou que Neto fora cassado por unanimidade (6x0) e que teria perdido por 'apenas' 5x1, no seu pleito de permanecer no cargo até o julgamento de seu sumário recurso contra a decisão. No dia seguinte, não sei se por incompetência ou estratégia maléfica, Neto recorreu ao TSE, e prontamente a ministra de plantão deu-lhe um verdadeiro "pito" dizendo quer não poderia haver recurso de ato ainda não publicado, e que o requerente deveria aguardar a publicação para recorrer primariamente no próprio colegiado que o condenou. Os advogados de Neto assim o fizeram, e numa polêmica decisão monocrática, a presidente do TRE-RJ concedeu liminar para Neto permanecer no cargo até o julgamento de seu recurso, o que causou um enorme mal estar nos corredores do egrégio tribunal  e provocou a tácita repulsa do desembargador vice-presidente que de forma coerente entende que esse pleito deveria ter sido preliminarmente submetido a apreciação do desembargador relator do processo.

Algumas coisas precisam ficar bem esclarecidas, pois está havendo uma verdadeira corrente de desinformação para novamente transformar o vilão em vítima, assim como fora feito, de forma bem sucedida, na campanha eleitoral.

Primeiramente, é bom que se saiba que Neto não fora cassado por promover doação de órgãos ou de sangue, como segmentos da imprensa e comparsas de Neto querem fazer incutir na cabeça do cidadão voltarredondense. Neto fora cassado, de forma acachapante e unânime, por ter feito campanha extemporânea e irregular. Neto fora cassado por usar os meios de comunicação da máquina pública em favor de sua candidatura. Neto fora cassado por abuso de poder político. Neto fora cassado por desequilíbrio do pleito. Neto fora cassado por publicidade ilegal em período vedado. Neto fora cassado por tentar associar a investimentos externos ao seu nome e autoria. Neto fora cassado por não pedir autorização prévia para as suas propagandas de fundo visivelmente eleitoreiro. Neto fora cassado por tentar se associar de programas sociais existentes na cidade sem que houvesse nenhuma contrapartida de recursos públicos, apenas propaganda matreira. Neto fora cassado por uso excessivo, ilegal e indevido da máquina pública para seu proveito político e pessoal. Tudo isso fica bem claro no despacho do relator de seu processo, referendado por TODOS os seus pares.

Outra coisa que precisa ficar translúcida: Os depoimentos infelizes do deputado federal Zoinho e suposta ilicitude que ele tenha cometido, não tem absolutamente nada a ver com a decisão da justiça eleitoral. Caso ele seja galgado ao cargo de prefeito, por ter ficado em segundo lugar no pleito da Cidade do Aço para as eleições do executivo, que no entender do TRE, foram desequilibradas graças a ação ilegal e abusiva da campanha de Neto,  e se futuramente a justiça entender que ele não tem condições éticas ou legais para permanecer no cargo, outra eleição deve ser convocada. Uma coisa não tem absolutamente nada a ver com a outra e não são esses os parâmetros nem os conceitos usados pra  avaliação do colegiado eleitoral sobre as irregularidades da campanha de Neto.

Há claro manifesto dos veículos de divulgação solidários e parceiros de Neto para desestabilizar e desmoralizar o adversário que teve a ousadia de enfrentar a sua pretensão vitalícia de poder. Esses mesmos veículos que todos os dias relembram com ênfase uma suposta ilicitude de Zoinho, ainda em averiguação no TCU, omitiram e omitem que Neto teve as suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Omitem também que a administração de Neto teve intervenção recomendada pela justiça. Também omitem que no mesmo CEAP (verba indenizatória para gastos acessórios dos deputados federais), coincidentemente o maior vilão detectado é o companheiro de Neto, deputado Deley, que apenas nos dois primeiros meses de mandato, gastou mais de 43 mil reais de combustível, sendo todas as notas fiscais apresentadas emitidas pelo mesmo posto de gasolina, o Posto AP, de Volta Redonda. Como ele conseguiu gastar mais de R$700,00 (em média) por dia de gasolina, é uma façanha que não me arrisco a querer tentar entender, ainda mais que ele conseguia rodar quase 3.000 quilômetros por dia, sem abastecer em outro lugar, e sempre retornar ao mesmo posto para encher o tanque. Para fazer isso, de forma lógica, todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados, Delei teria que ir ao Rio de Janeiro e voltar 12 vezes por dia, gastando uma hora exata para ir e outra para voltar, sem sair do carro, em todas as 24 horas. Aliás, diga-se de passagem, "encher o tanque" e "viajar" é uma qualidade já consagrada de Delei, visto que já fora flagrado em rede nacional discursando visivelmente embriagado no plenário do Congresso Nacional. Por essas e outras, quando Zoinho falou que não tem santo em Brasília, Delei deve ter ficado muito ofendido, pois somente um santo milagreiro para conseguir tamanha proeza.

Para finalizar, esclareço que caso Neto perca novamente no TRE-RJ, o que é uma clara tendência, ainda poderá recorrer ao TSE, e da mesma forma, poderá conseguir o direito de permanecer no cargo enquanto o mérito de seu recurso não for apreciado pela corte superior. Ou não.