DECLARAÇÃO DE SOLIDARIEDADE.

UM BRINDE À CORAGEM!

Após mais um pedido de auto exoneração da ex-secretária de Saúde de Barra Mansa, Enfermeira Amélia Feitosa de Oliveira, o prefeito Jonas Marins nomeou para substituí-la, o próprio irmão, Jonathan Marins. A notícia, dada em primeira mão por nosso Blog, causou centenas de comentários nas redes sociais, nos sites dos jornais regionais e neste espaço. Muitos consideram o ato como nepotismo, outros entendem que é necessário um médico para o cargo e outros tantos discutem a qualificação do irmão do prefeito e até mesmo, a sua idoneidade.

As pessoas têm muita facilidade para se deixarem levar pelo ranço das críticas produzidas contra Jonas Marins, a maioria delas, eivadas de profundos e indisfarçáveis ressentimentos e revanchismos políticos. Mas prefiro me ater aos fatos e refletir com sensatez.

Jonathan estava nomeado como secretário municipal de Administração e Modernização do Serviço Público, portanto, se o caso configura nepotismo, isso já havia acontecendo desde o início do ano, mas o fato é que isso não procede, pois a lei que rege a matéria é absolutamente clara no que tange a nomeações para os primeiros escalões dos poderes públicos executivos, permitindo, sem restrições, quantas nomeações de consanguíneos diretos e cônjuges que o mandatário eleito entender serem necessárias. Em Barra Mansa, Roosevelt nomeou a mulher e o irmão; Zé Renato nomeou a esposa e primos; Luiz Amaral nomeou a filha, e casos similares acontecem diariamente em todo o Brasil e não se vê nenhum "mimimi" com isso.

A segunda questão, de caráter técnico, geralmente remete as pessoas à erro de avaliação por puro preconceito. Muitos acham que as secretarias de saúde obrigatoriamente têm que ser ocupadas por médicos, o que comprova o alto grau de corporativismo existente nessa categoria profissional, mas não coaduno com essa ideia generalizada. Ora, se não estamos encontrando médicos para ganhar salários de 10 mil mensais, o que é proposto todos os dias pela prefeitura de Barra Mansa, para trabalhar 40 horas semanais, dentro de sua especialidade preferida, no local que melhor lhe convier, chega a ser ingênuo pensar que encontraríamos um médico, para ganhar 9 mil, trabalhar incessantemente sem limite de horário, assumir uma série inesgotável de responsabilidades pesadíssimas, não ter tempo para exercer outras atividades profissionais e acima de tudo, ter excelência em gestão pública e administrativa. Ora, meus caros, é óbvio que para um profissional desse quilate aceitar essa empreitada por tão pouca contrapartida, "boa coisa" ele não estaria planejando.

Essa lenda de que a gestão da saúde pública precisa obrigatoriamente ser exercida por médico caiu definitivamente por terra quando José Serra, um economista, transformou-se no melhor Ministro de Saúde que o Brasil já teve, credenciando-lhe inclusive pra ser o candidato da situação do governo federal para o cargo de Presidente da República. Percebam também que raramente um Provedor de Santa Casa no Brasil possui diploma de medicina e nem por isso, as pessoas ficam "estressadas" no Facebook.

O problema de saúde no Brasil é gravíssimo, e em Barra Mansa não é diferente. Jonas, ao colocar o seu próprio irmão nessa pasta tão delicada e quase insolúvel, corta-se na própria carne e nas entrelinhas, para quem tem boa vontade de enxergar, declara aberta guerra contra o mau atendimento oferecido nos postos de saúde públicos e arrisca a té mesmo a sua história política para enfrentar de frente o grave problema. Isso merece ser louvado pelos homens de bem e jamais ser transformado em chacota, como o incautos, levianos e revoltados planejam descaradamente.

Quanto a Jonathan, atesto sem medo a sua qualificação e capacidade técnica. Não sei se ele conseguirá fazer milagres, mas tenho plena convicção que lutará permanentemente para concebê-los. O tempo dirá se estou certo em detrimento das sórdidas aves de mau agouro que sobrevoam os nossos ares e viajam nas asas infectadas pela cobiça das suas "inconfessáveis" ambições e propósitos.

Para finalizar, torno público o meu irrestrito apoio ao trabalho de Jonathan a frente do maior desafio que os administradores públicos encontram nas suas demandas: Saúde, Jonathan! Se Deus quiser, em futuro próximo, brindaremos assim.