A MÁSCARA CAIU.

CAIU A CASA.

Com esperávamos, a farsa montada pela prefeitura de Angra dos Reis para encobertar a veracidade dos fatos que vitimaram o prefeito de Angra dos Reis, Tuca Jordão, foi praticalmente totalmente desmantelada, desmoralizada e desqualificada.

Já há um pedido formal de afastamento de 30(trinta) dias do prefeito em tramitação na Câmara Municipal de Angra dos Reis, o que comprova que não houve apenas um desmaio e uma queda no box com cortes superficiais, provenientes de um banal "acidente doméstico" como tentou engabelar a comunicação da prefeitura.

Vejam o que disse "O GLOBO":
De acordo com um funcionário do hospital, no entanto, Tuca Jordão teria sido vítima de cinco facadas. O prefeito estaria transtornado quando chegou à Santa Casa de Angra dos Reis. Segundo esse funcionário, os cortes teriam sido superficiais, mas mesmo assim o prefeito deixou o hospital pela manhã numa cadeira de rodas. A versão sobre as facadas, porém, foi desmentida pela prefeitura. Policiais da 166ª DP (Angra) informaram que nenhuma pessoa ligada ao prefeito procurou a delegacia e que o hospital não comunicou o fato à polícia.

Leiam agora o DIA ON LINE, com o depoimento definitivo e bombástico do presidente do diretório municipal do partido do prefeito, o PMDB:
INCIDENTE DOMÉSTICO AFETA SUCESSÃO EM ANGRA DOS REIS
Peemedebista afirma que prefeito Tuca foi esfaqueado pela mulher. Ele diz que caiu no banheiro
POR ROZANE MONTEIRO
Rio - Angra dos Reis é uma das cinco cidades do estado onde o PMDB ainda não definiu como vai disputar o governo municipal em 2012. E um incidente doméstico na madrugada de ontem embolou ainda mais a disputa. Segundo o presidente do partido no município, Marcos Silva, o prefeito Tuca Jordão foi esfaqueado pela mulher, Alessandra, em casa, e as versões desencontradas sobre o episódio reduziram ainda mais suas chances de concorrer à reeleição.
“Tenho como certa a versão de que foi um incidente doméstico entre o casal”, disse Marcos Silva, confirmando a agressão. Ele lembrou que, diante da decisão do PMDB-RJ de escolher para a sucessão o nome que estiver melhor nas pesquisas em 2012, uma agressão mal explicada só serve para piorar a situação do prefeito, que já está mal avaliado. No caso de ele ser preterido, o candidato do PMDB deverá ser o deputado federal Fernando Jordão, que é primo e desafeto do prefeito e já comandou Angra.
Tuca foi atendido na Santa Casa de Misericórdia da cidade por volta das 4h. Chegou sozinho e, segundo funcionários, tinha marcas de facadas no tórax e pescoço, mas não quis registrar a agressão. Foi medicado e liberado.
Colaboraram Alessandro Ferreira e André Zahar

Agora, o depoimento minucioso do blogueiro angrense, J. Vieira:
Fui acordado ontem, ao amanhecer, pelo telefonema de um amigo informando que o prefeito Tuca Jordão tinha sido “esfaqueado” de madrugada e estava internado na Santa Casa. Levei um susto (como não poderia deixar de ser). Imediatamente me desloquei para aquele hospital. Tinha que saber se era verdade e, caso fosse, apurar o assunto. Lembrei-me de meu avô, que dizia: “Passarinho que acorda tarde só come fruta podre”. Corri mais do que as minhas forças ainda permitem.
Chegando lá, fui informado, por um funcionário, de que a informação tinha fundamento. E mais: que o prefeito tinha sido esfaqueado “por sua esposa”. Perguntei quem tinha prestado declaração tão séria. “Ele mesmo”, respondeu o funcionário. Ao saber que tinha acabado de falar com um jornalista, o informante pediu, “pelo amor de Deus”, que eu não revelasse o seu nome na matéria. Tranqüilizei-o, dizendo que ele não corria esse “perigo”, pois eu nem mesmo sabia o seu nome.
A mesma informação, que já circulava livremente no local, foi passada a colegas jornalistas que chegaram ao hospital depois de mim, avisados sobre a ocorrência por outras pessoas. Um deles garantiu que alguém tinha lhe telefonado do Perequê, informando sobre o, digamos, crime.
Permaneci por ali até a chegada do Provedor da Santa Casa, o meu amigo Samuel. Ele ainda não sabia de detalhes sobre a presença do prefeito no Centro Cirúrgico da Santa Casa. Ouvi alguém lhe informar que Tuca tinha chegado ali esfaqueado. Repórteres de diversos jornais pediram que ele confirmasse, ou não, a ocorrência, tendo ele recomendado, prudente e acertadamente, que procurassem o Diretor Médico do Hospital, uma vez que ele (Samuel) tinha acabado de chegar e ainda sabia muito pouco, ou quase nada, sobre o assunto.
Mais tarde, ao retornar ao local, soube que o prefeito já tinha deixado a Santa Casa e que teria sido levado, depois de passar por procedimentos cirúrgicos, para uma clínica particular, acompanhado pelo secretário municipal de Saúde e presidente da FuSAR, médico Amílcar Jordão Caldellas.

Ainda não li um pedido necessário de desculpas dos blogueiros Adelson Pimenta, do blog do mesmo nome, nem de Kléber, titular do Blog Angrapol, à imprensa, sites e blogs que se ativeram à real apuração e investigação de fato tão grave e marcante na história política e social de Angra dos Reis. Os dois acusaram-nos de sermos opositores irresponsáveis e levianos e agora se calam perante o assunto quase totalmente desnudado. Eles sim, por razões que podemos supor, compactuaram com a farsa montada pela prefeitura tentando omitir o cidadão de informações indispensáveis para a formação de opinião livre e soberana.

Em qualquer país sério, essas pessoas estariam definitivamente impedidas de continuar à frente da administração do município. Não pelo lamentável "incidente" familiar que não é privilégio da família do prefeito, mas pela farsa e falsidade ideológica montada para subtrair do povo o direito inalienável à informações tão fundamentais à respeito do mandatário do governo municipal.

O prefeito vitimado tem todo o direito de não apresentar queixa no distrito policial, mas o Ministério Público tem todo direito de tentar incriminar e ressocializar o(a) autor(a) desta gritante tentativa de homicídio.

Creio que o prefeito Tuca Jordão não tenha mais condições morais para exercer o cargo para o qual foi eleito.

Creio que uma última tentativa sórdida de reverter o quadro pode estar sendo plantada em mentes governistas angrenses, querendo talvez transformar o episódio num "atentado polítco" contra o prefeito sob a alegação de que a primeira notícia oficial foi falsificada para não se "prejudicar as investigações". É bom que o povo de Angra fique atento contra isso, pois tal conduta seria bem característica de pessoas que colocam a ânsia pelo poder até mesmo na frente da vida.
Para finalizar, outro "pitaco", de quem tem o direito de emiti-lo em face do acerto dos demais: "O prefeito não está em casa". Chego à essa conclusão por razões óbvias.