“PAULISANTÍSSIMA” TRINDADE.
Esse final de semana parti para Paraty. Como uma obrigação gastronômica adotada na minha vida, toda vez no local, tenho que comer um Capelleti de pato no Margarida Café. Este vício prazeroso já faz parte de minhas obrigações alimentares. Tempo bom, bares transados, boa música, gente engraçada e pitoresca, casais inusitados, enfim, a velha Paraty continua nova. Ma o que vi de mais “acadêmico”, foi em Trindade, onde resolvemos passar o domingo. Para quem ainda não sabe, Trindade já é atingível por asfalto, e para desencanto dos saudosistas, tornou-se muito mais acessível, mas continua apresentando surpresas. Lá encontrei o amigo Vinícius do Blog Estação BM, e próximo a ele, na Praia do Meio, assisti um espetáculo que merece consideração e análise. Havia um grupo numeroso de indígenas ou alienígenas emitindo sons em instrumentos que são usados no carnaval. Esses seres estranhos são da tribo dos “paulistas”. Eles usam um dialeto quase parecido com o português e com vozes esganiçadas e estridentes emitem sons que se assemelham ao samba, inclusive os mais evoluídos entoam um cântico histérico de letra quase idêntica a um samba famoso, mais ou menos assim: “...Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar, o morro foi feito de samba, mas não foi pra paulista cantar...”. Como disse, em alguns momentos percebe-se o esforçado empenho para falar o dialeto humano pois eles identificam-nos como homem, só que não conseguem falar “homem” direito e falam “Ô..meu". É notável o esforço. Os machos da espécie são muito religiosos e a cada dez minutos gritam em conjunto o nome do seu Deus, uma divindade que eles clamam esgoelando as veias do pescoço:...”CURÍNTIA”...Como indígenas místicos, apresentam grandes poderes e graças aos sons estranhos que emitem nos instrumentos, conseguem realizar a “dança da chuva”. É impressionante. Estávamos sob um sol ardente e de repente caiu a maior água. Dizem que essa tribo, todos os verões, foge dos guetos da selva de pedra onde habitam na capital de São Paulo e invadem outras praias com seus cânticos de chuva, mais precisamente em Ubachuva, Caraguatachuva e Guardachuvajá. A pigmentação de pele da tribo também é variada, existindo quatro formas: O afro desbotado, o afro brilhoso, o branco leite e o branco camarão. Há outra corrente que identifica esse agrupamento de seres estranhos com finalidades midiáticas no mercado musical, pois dizem que a tribo dos “paulistas” em repúdio ao fato de não conseguir executar um samba que preste, estão montando um grupo em substituição ao Exalta Samba que encera a sua carreira, que seria o “Enterra samba”, e essas reuniões nas praias seriam ensaios promocionais. Tem sentido. As fêmeas da tribo dos “paulistas” também se assemelham as humanas, porém com uma característica peculiar: as cinturas são sempre muito maiores que os quadris. A dança que elas fazem ao ouvir os instrumentos dos machos da tribo tocar também é raríssima e peculiar, pois é uma coreografia às avessas. Todas tentam fazer a mesma dança, e acabam de forma desconexa a fazer um movimento diferente e totalmente sem ritmo, balançando as suas gorduras num espetáculo deprimente e emitindo gritos ensurdecedores. Quando a gente olha para o mar de Trindade e de relance olha pra trás e as vimos, compreendemos a exata localização do purgatório, no meio preciso do paraíso e do inferno. Talvez por isso o local se chame “Praia do Meio”. É um ritual assustador e incompreensível, haja vista que cada fêmea da tribo consegue dançar a mesma música de um lado diferente, pois como falei, como redondas que são, elas possuem lados incontáveis e infinitos. Essa catarse coletiva e tenebrosa desses supostos indígenas, que de longe insinua uma roda de samba, não é provocada por nenhum alucinógeno de consumo tão usual na localidade, nem por bebida alcoólica, pois os “paulistas” só saciam a sede com uma poção de gosto amargo, de nome “Kaiser”, que tem aparência e coloração semelhantes à de uma cerveja. Dizem que a tribo dos “paulistas” já foi governada por um antropologista chamado FHC, mas que também teve no comando seres medonhos da sua própria espécie, batizados com o nome de Marta (que gerou outra aberração humana: O Supla), Erundina, Serra, Jânio e agora é reinada por uma espécie de variação canibal da tribo, o Kassab, que não come ninguém, mas permite ser comido.
Esse final de semana parti para Paraty. Como uma obrigação gastronômica adotada na minha vida, toda vez no local, tenho que comer um Capelleti de pato no Margarida Café. Este vício prazeroso já faz parte de minhas obrigações alimentares. Tempo bom, bares transados, boa música, gente engraçada e pitoresca, casais inusitados, enfim, a velha Paraty continua nova. Ma o que vi de mais “acadêmico”, foi em Trindade, onde resolvemos passar o domingo. Para quem ainda não sabe, Trindade já é atingível por asfalto, e para desencanto dos saudosistas, tornou-se muito mais acessível, mas continua apresentando surpresas. Lá encontrei o amigo Vinícius do Blog Estação BM, e próximo a ele, na Praia do Meio, assisti um espetáculo que merece consideração e análise. Havia um grupo numeroso de indígenas ou alienígenas emitindo sons em instrumentos que são usados no carnaval. Esses seres estranhos são da tribo dos “paulistas”. Eles usam um dialeto quase parecido com o português e com vozes esganiçadas e estridentes emitem sons que se assemelham ao samba, inclusive os mais evoluídos entoam um cântico histérico de letra quase idêntica a um samba famoso, mais ou menos assim: “...Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar, o morro foi feito de samba, mas não foi pra paulista cantar...”. Como disse, em alguns momentos percebe-se o esforçado empenho para falar o dialeto humano pois eles identificam-nos como homem, só que não conseguem falar “homem” direito e falam “Ô..meu". É notável o esforço. Os machos da espécie são muito religiosos e a cada dez minutos gritam em conjunto o nome do seu Deus, uma divindade que eles clamam esgoelando as veias do pescoço:...”CURÍNTIA”...Como indígenas místicos, apresentam grandes poderes e graças aos sons estranhos que emitem nos instrumentos, conseguem realizar a “dança da chuva”. É impressionante. Estávamos sob um sol ardente e de repente caiu a maior água. Dizem que essa tribo, todos os verões, foge dos guetos da selva de pedra onde habitam na capital de São Paulo e invadem outras praias com seus cânticos de chuva, mais precisamente em Ubachuva, Caraguatachuva e Guardachuvajá. A pigmentação de pele da tribo também é variada, existindo quatro formas: O afro desbotado, o afro brilhoso, o branco leite e o branco camarão. Há outra corrente que identifica esse agrupamento de seres estranhos com finalidades midiáticas no mercado musical, pois dizem que a tribo dos “paulistas” em repúdio ao fato de não conseguir executar um samba que preste, estão montando um grupo em substituição ao Exalta Samba que encera a sua carreira, que seria o “Enterra samba”, e essas reuniões nas praias seriam ensaios promocionais. Tem sentido. As fêmeas da tribo dos “paulistas” também se assemelham as humanas, porém com uma característica peculiar: as cinturas são sempre muito maiores que os quadris. A dança que elas fazem ao ouvir os instrumentos dos machos da tribo tocar também é raríssima e peculiar, pois é uma coreografia às avessas. Todas tentam fazer a mesma dança, e acabam de forma desconexa a fazer um movimento diferente e totalmente sem ritmo, balançando as suas gorduras num espetáculo deprimente e emitindo gritos ensurdecedores. Quando a gente olha para o mar de Trindade e de relance olha pra trás e as vimos, compreendemos a exata localização do purgatório, no meio preciso do paraíso e do inferno. Talvez por isso o local se chame “Praia do Meio”. É um ritual assustador e incompreensível, haja vista que cada fêmea da tribo consegue dançar a mesma música de um lado diferente, pois como falei, como redondas que são, elas possuem lados incontáveis e infinitos. Essa catarse coletiva e tenebrosa desses supostos indígenas, que de longe insinua uma roda de samba, não é provocada por nenhum alucinógeno de consumo tão usual na localidade, nem por bebida alcoólica, pois os “paulistas” só saciam a sede com uma poção de gosto amargo, de nome “Kaiser”, que tem aparência e coloração semelhantes à de uma cerveja. Dizem que a tribo dos “paulistas” já foi governada por um antropologista chamado FHC, mas que também teve no comando seres medonhos da sua própria espécie, batizados com o nome de Marta (que gerou outra aberração humana: O Supla), Erundina, Serra, Jânio e agora é reinada por uma espécie de variação canibal da tribo, o Kassab, que não come ninguém, mas permite ser comido.
Apesar de tudo, valeu muito a pena.
Em tempo: Tenho inúmeros amigos "paulistas", mas prefiro arriscar perder o amigo do que arriscar perder a piada. Polêmico que se preza nasceu assim e morrerá idem.
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