EXPOSIÇÃO DE "BENS".

RESPOSTAS QUE AINDA NÃO FORAM EXPOSTAS.

Na madrugada de sábado para domingo, antes do show do INIMIGOS DO HP, durante o transcorrer da EXPO-BM, o jovem Uéslei Gustavo da Silva, teve seu boné arrancado por delinquentes em seu redor. Ao reagir, foi severamente espancado pelos marginais. A irmã da vítima, que fazia companhia a ele, de apenas 16 anos e grávida de dois meses, ao tentar defendê-lo, foi também covardemente agredida. Alguns supostos responsáveis pela segurança do evento encaminharam a jovem ao Hospital da Mulher e ela foi atendida pela Dra. Carolina. Após o atendimento, a jovem gestante esperou de 1 até as 9 horas da manhã por um conselheiro tutelar para encaminhar os procedimento, visto que o suposto conselheiro de plantão, não fora localizado pois o número do aparelho celular fornecido encontrava-se fora da área de cobertura ou desligado. O vereador Marcelo Borges pretende denunciar os responsáveis ao Ministério Público, mas é preciso identificá-los e para tal é necessário que a prefeitura encaminhe para o poder Legislativo todos os contratos atinentes ao evento e as responsabilidades de cada parte.

Como prevíamos, a segurança oferecida no evento foi aquém da necessária, pois não houve comissário de menores para reivindicar documentos comprovando maioridade, não haviam aparelhos detectores de metais, não havia segurança nas imediações do Parque da Cidade, além de outras desatenções que possibilitaram uma série de brigas, roubos, uso de drogas e incidentes dos mais variados. O oficial da Vara da Infância e Adolescência, destacado para cobrir o evento, cumpriu o seu papel e todos os dias fez autuações contra os responsáveis pela organização. Estranho é que para um evento privado, onde se cobra ingresso, as exigências efetuadas em Barra Mansa são inxequíveis, prova disso é que os maiores empreendedores artísticos da região residem em Barra Mansa mas não conseguem realizar eventos para o público em geral. A maioria das exigências e obrigatoriedades estranhamente são impostas pela própria prefeitura de Barra Mansa, mas quando ela é a interessada, tudo é permissível, em detrimento da segurança de nossos jovens e visitantes.

Já que o vereador Marcelo requererá a documentação cabível ao poder fiscalizador, esperamos que seus pares não tenham se iludido com as duas pulseirinhas diárias e vagas de estacionamento que ganharam para a área nobre do evento, e aprovem o requerimento, pois muitas dúvidas poderão ser esclarecidas, tais como:

1. A lata de cerveja ITAIPAVA que é comercializada em torno de R$0,95 em qualquer supermercado, era OBRIGATORIAMENTE vendida aos barraqueiros da exposição por R$1,75, e da mesma forma eles eram obrigados a repassá-las ao consumidor final pelo preço de R$4,00. Supondo que foram vendidas 230 mil latas de cerveja dirante os dias de Exposição, esses R$0,80 excedentes gerariam um lucro fácil de R$184.000,00. Para quem foi esse lucro? Que comeu esse dinheiro?

2. Ainda no tocante as barracas, que foram locadas por R$4.000,00 ou R$6.000,00, gerando aproximadamente R$200.000,00 de receita, perguntamos: No bolso de quem foi parar essa grana?

3. Quem ficou com o aluguel do parque infantil?

4. Quem ficou com as rendas dos estacionamentos, aproximadamente R$120.000,00?

5. Quem ficou com a renda das mensagens dos patrocinadores?

6. Quem ficou com a renda dos ingressos para a Área VIP, vendidos a R$30,00 por pessoa/dia, gerando aproximadamente R$210.000,00?

Importante ressaltar que essas perguntas são totalmente cabíveis pois as maiores despesas que são os cachês artísticos, foram totalmente pagas pela prefeitura de Barra Mansa, com o meu, com o seu, com o nosso suado dinheirinho. Provavelmente muitas outras despesas do evento também correram por nossa conta, mas precisamos dos contratos e documentos para certificarmo-nos da suruba financeira que foi a Exposição de Barra Mansa no ano de seu 180º aniversário. Barão de Aiuruoca deve estar revirando no túmulo.

Do alto do camarote nababesco e privilegiado em que o prefeito Zé Renato e sua comitiva ficaram confortavelmente instalados, à margem do povo, certamente todas essas perguntas já tinham as suas respostas prévias e bem calculadas, mas nós, pobres mortais, também temos o sagrado direito de termos ciência desses fatos e seus beneficiados.

Tem muita gente ficando milionária em Barra Mansa. Gente de "bem". Ou "bens"?

Em tempo: O delegado de Barra Mansa, em entrevista à imprensa, falou que é comum a deterioração de latas de lixo públicas quando acontecem eventos no Parque da Cidade. Se a administração já sabia disso, por que passivamente permitiu e não tentou evitar? A prefeitura informa que cada lata danificada custará R$137,00 ao município e que novas 200 serão compradas. Prejuízo de R$27.400,00. Prejuízo para nós, pois certamente alguém também lucrará com isso.