terça-feira, 15 de maio de 2012

UMA MINA CONTAMINADA DE FONTES ANSIOSAS.



PROBLEMAS VI"$"CERAIS.

As "fontes" barramansenses dos jornais de Volta Redonda são muito engraçadas e conflitantes. Na edição de sábado, o jornal aQui, colocou como "pule de dez" a informação que a vereadora Sônia Coutinho (PSB) seria a vice do prefeito Zé Renato na sua tentativa de reeleição. A algum tempo, outra "fonte" afirmara que a vice-prefeita Ruth Coutinho voltaria ao ninho e seria novamente candidata ao cargo. Novamente no jornal aQui, a algum tempo atrás, uma "fonte" afirmava que o acordo do PMDB com o PT viria de cima para baixo e que possivelmente Inês Pandeló(PT) seria a vice do Zé ou indicaria algum nome petista para o cargo. No mesmo jornal, uma "fonte" já havia afirmado que Sérgio Rocha(PSDC) seria o candidato a vice preferido das "bases" comuitárias e outra "fonte" do jornal dava contas que estavam adiantadas as conversas de que Claudio Manes(PDT), seria o escudeiro de chapa do homem da ré. Hoje, o jornal Diário do Vale coloca que uma "fonte" informara que o vice do Zé será o ex-petista Zé do Carmo (PSB). E ainda tem gente no PMDB que adoraria que o Rodrigo Drable, ex-PSC e atual PMDB, encare o desafio. Já o PRTB (leia-se, Albertassi (PMDB?)) acena com o nome do vereador Uéslei.

Quem lê todo esse "babado", e não convive no ramo, pode até pensar que o prefeito Zé Renato está tão prestigiado que todos querem ser o seu vice. Ledo engano. Cada nome mencionado tem uma origem "duvidosa" de uma fonte idem. Os nomes de Ruth, Claudio Manes e Inês vieram de devaneios alucinados de secretários que não se conformam em perder a boquinha e sonham em composições que venham a dar sobrevida política ao Zé. Os demais têm origens distintas e a maioria delas vem de prisões eleitorais de dirigentes partidários que estão atrelados a cargos no governo e almejam valorização dentro do organograma. Zé do Carmo e Sérgio Rocha são exemplos clássicos disso. Os outros dois nomes sugeridos, Rodrigo Drable e Sônia Coutinho, são originários da trapalhada governamental na desatenção para a nominata para concorrer aos cargos de vereador dentro dos partidos do governo. O vereador Uéslei Brito também pode se enquadrar nesse patamar, mas ainda não sei a quantas anda a nominata de seu partido.

Roosevelt Brasil, ex-prefeito, de caráter duvidoso para alguns e de certeiro baixo caráter na opinião de nosso Blog, tinha todos os defeitos pessoais que um ente público pode adquirir, mas em contrapartida, era um excelente articulador e sabia montar um quadro eleitoral, porém, com a vidinha ganha, pouco se lixou para as mazelas de seus ex-companheiros. Lúcio Teixeira, secretário de governo falecido, mesmo sem QI extraordinário, também sabia desenhar uma nominata e espalhar valores dentro das legendas disponíveis que a máquina administrativa cooptava em troca de cargos. Ambos fizeram muita falta ao Zé, ao ponto de dois de seus maiores partidos, o PMDB e o PSB, estarem numa situação gravíssima para vislumbrarem o embate eleitoral visando o legislativo.

No PMDB, existem os pré-candidatos do porte de Luis Antônio Cardoso (atual presidente da Câmara), Lula (30 anos de vitórias ininterruptas), Zé Abel (três vezes o mais votado da cidade, inclusive na última) e Rodrigo Drable (o quarto mais votado no último pleito). O problema é que diante desse quadro, os demais pré-candidatos do partido pularam no mato, com exceção de um ou outro iludido. Ninguém quer gastar seu próprio dinheirinho para colocar azeitona na empada de ninguém, nem inteirar voto de legenda para figurão. Se o governo estivesse muito bem e com a reeleição próxima, o efeito seria menor pois haveria a possibilidade da compensação em cargos públicos, mas notóriamente, não é esse o caso. Outra possibilidade de salvação da legenda, seria o prefeito forçar uma coligação ampla com outro partido da base, mas da mesma forma, os candidatos desse suposto partido aliado, também colocariam o pé no freio em suas campanhas e o resultado global tornaria-se novamente temeroso. Por isso, alguns ventilam a hipótese do Rodrigo ser indicado a vice do Zé, para aliviar a carga, mas é público e sabido que Zé não confia no Rodrigo e que, no máximo, está engulindo o seu nome com vistas a um suporte financeiro do padrinho do ex-vereador, o deputado federal Eduardo Cunha, pródigo em manchetes jornalísticas no país em assuntos não muito honrados. Certo é, que por incrível que pareça, os quatro figurões políticos locais citados, vira-e-mexe coçam a cabeça e aventam até com a hipótese de não se candidatarem. No final, creio que todos devem ir para a luta, mas que a hipótese de desistência já passou na cabeça de todos, isso eu tenho convicção plena. No mínimo, no mínimo, um desses figurões, e provavelmente dois, de votação ampla garantida, ficarão fora do Palácio Barão de Guapy, mesmo estando entre os 10 mais votados da cidade.

No PSB a situação ainda é mais lamentável. Sabe-se que além dos vereadores atuais Sônia Coutinho e Vicentinho, só existem apenas outros quatro pré-candidatos, mesmo assim, sem muita convicção ou base política confiável. Também nesse caso, só restaria uma aliança forçada com outra legenda, mas pelo que se sabe, nenhuma das disponíveis aceitaria o fardo. Isto posto, nem legenda para garantir uma vaga na CMBM consegue-se visualizar com bom senso para o PSB. Esse fato, exclusivamente esse, levou a vereadora Sônia Coutinho entusiasmar-se com a ideia de ser candidata a vice do Zé da Ré. Não que ela não goste do cargo, que aliás, lhe cairia muito bem, além de que desta forma ela poderia dar suporte da máquina ao seu projeto de assistência social aos portadores de necessidades especiais e não teria custos em sua campanha para continuar na vida política pública. O "probleminha" é que é notório que Sônia não goza, nem nunca gozou, da simpatia da maioria dos secretários que dominam a mente do Zé, e para falar a verdade, a recíproca é totalmente verdadeira, creio eu. Se acontecer a catástrofica reeleição do Zé, e Sônia seja sua vice, creio que esse namoro seria mais passageiro do que o da Inês com o Darquinho. Por outro lado, com Sônia fora do páreo na disputa pelo legislativo, uma coligação plena com o PSB deixaria de ser temida e o acordo tornaria-se exequível. Corre por fora, mas com coerência maior, o nome do vereador Uéslei, pois é certo que o Zé não pretende contrariar o Albertassi, e o deputado tem confiança pessoal no vereador mencionado. Além do mais o colégio eleitoral na base de Uéslei, a Vista Alegre, é muito amplo, e o Zé anda mal das pernas por lá, mesmo com o embuste da curva da pedra. Mas afinal, onde o Zé não está mal?

Disso tudo só posso garantir que anúncio do candidato a vice-prefeito que formará chapa com o Zé Renato, não sairá nos proximos dias, visto que isso causaria constrangimentos e fecharia portas para possíveis acordos partidários, além de possibilitar a fuga de atuais partidos aliados para outros braços carinhosos e generosos.

Eles governam muito mal, mas na campanha, jamais foram tão estúpidos.

Aviso final: Não bebam água dessas "fontes". A mina é altamente "contaminada".

2 comentários:

  1. Julio bela postagem, vale lembrar que essa fonte é muito ruim, pois o Zé do Carmo até ontem era PT, sendo filiado ao PSB na "janela de filiações" de abril 2012, ou seja, fora do prazo para troca de legenda que se deu em 07 Out 11, preocupa muito o jornalista de politica não saber que é impossível o Zé do Carmo ser vice do Zé Ré, por uma "pequena" questão legal.

    Paulo Cesar - Centro

    ResponderExcluir
  2. Júlio, excelente matéria, mas e a possibilidade da Miss Brasil ser candidata à vice com o apoio do maridão e a grana da ONG destruindo os nossos sonhos?

    ResponderExcluir

Por favor, nosso Blog não aceita mais comentários não identificados. Por obséquio, realize seu registro. Grato.