PERGUNTAS QUE NÃO SE CALAM...
A imprensa regional quando se refere a Barra Mansa está a cada dia mais engraçada e menos convincente. Todos sabem que os jornais regionais vivem de verbas, a maioria públicas, e todos também têm ciência que a prefeitura de Barra Mansa não economiza quando o assunto é gastar o nosso dinheiro na imprensa e na mídia. Durante a campanha eleitoral provaremos em estudo que a prefeitura de Barra Mansa é que mais gasta com publicidade em todo o estado do Rio de Janeiro, quiçá no Brasil, tanto de forma gasto/munícipe "per capta", quanto ao analisarmos o índice percentual orçamentário, e sendo assim, nossos valorosos jornalistas concluem que não é de bom alvitre contrariar um cliente tão generoso e muito menos questionar os seus atos. Pois bem, todos os dias a assessoria de comunicação da prefeitura prepara "releases" que são, na grande maioria, reproduzidos fielmente pelos veículos de imprensa do sul-fluminense. Release, para quem não sabe, no jargão jornalístico, é o ponto de partida para uma matéria, como um aviso de algum evento. Trata-se de um texto elaborado nos moldes estruturais do discurso jornalístico, objetivando informar as redações sobre assuntos de interesse da organização. Assim pelo menos deveria ser dentro da ética jornalística, mas no caso da imprensa regional, quando se trata da PMBM, "Release da PMBM" torna-se imediatamente "matéria pronta", sem retoques, questionamentos ou revisão. Ora, para quem lê regiamente os jornais regionais, como eu, canso de ver matérias exatamente iguais, repetidas, maquiadas, falsas e cansativas, em vários veículos, com o conteúdo exatamente idêntico, inclusive com o do próprio site da prefeitura. Até as fotos são as mesmas montagens que remetem a uma satisfação plena. Essa assiduidade em agradar o "cliente mor" chega a gerar erros editoriais grosseiros, como o caso da "matéria" "TÉCNICOS VISTORIAM ÁREA DO COMPLEXO EDUCACIONAL", publicada hoje em jornais e sites, que o Diário do Vale chegou a repetir integralmente tanto na página 5, como na página 7 de sua edição.
Outro fato engraçado é que os releases da PMBM têm sempre o mesmo formato: obras que ainda nem começaram, se é que vão começar; depoimentos do prefeito, que certamente ele não deu nem concebeu; e uma satisfação generalizada de alguém, que certamente é da mesma laia do Zé. Outro release diário e comum é o tal: "Bairro 'X' recebe o programa Cuidando da Cidade, cuidando de você", sempre com o depoimento "promissor" do prefeito e a satisfação "previamente" paga de um líder comunitário, direta ou indiretamente bem empregado no centro administrativo municipal. Vale relembrar que esse "projeto" é apenas um programa de limpeza de ruas, retirada de lixo e capina de mato, e não uma obra, simplesmente apenas a mínima das mínimas das obrigações da prefeitura em contrapartida pelos pesados impostos que a mantém as nossas custas.
Engraçado também é perceber que nos sites jornalísticos as informações são mais completas e ágeis, mas após prováveis censuras, matérias polêmicas são retiradas da edição impressa como se nada tivesse acontecido, ou vêm acompanhadas de uma resposta do Poder Público prometendo ações "heróicas", ágeis e reparadoras.
Já comentei aqui que compreendo que os empresários da imprensa, assim como todos, precisam pagar salários e impostos, e isso os leva a esse tipo de "parceria", ou se preferirem, subserviência, mas que caberia um pouco mais de cautela e respeito a inteligência do leitor, não tenho dúvidas.
Porém, gostaria de lembrar aos nobres profissionais do ramo, que a partir do dia 07 de julho, as mensagens "institucionais" da prefeitura estarão vedadas até o dia 07 de outubro, e esses 90 dias de "vacas magras" podem causar manchas no namoro, visto que a prefeitura não terá quase mais nada a gastar até o final do ano e que provavelmente outro prefeito será eleito e poderá não gostar dos "mimos" da imprensa ao ex-mandatário, gerando riscos para os quatro anos vindouros. Será que eles vão continuar bancando a aposta? Será que o namoro vai acabar? Será que um novo amor nascerá? Será que a justiça eleitoral permitirá que a imprensa continue sendo conduzida por "releases" de fundo político-partidário-eleitoral ou "fontes" de origem suspeitas e casuísticas, remuneradas indiretamente pelo erário através das "publicações de mensagens insitucionais de interesse público"? São perguntas que cabem no momento e que em médio espaço de tempo saberemos quais serão as respostas.
Para finalizar essa postagem, comento outra pérola das edições de hoje, quando a minha amiga colunista social Maria Emília, da Voz da Cidade, reproduz uma foto ao lado de Marco Chiesse, na Exposição de Rio Claro, qualificando-o como Secretário de Meio Ambiente de Barra Mansa. O Diário Oficial diz que é a Rosana. Mas o mesmo Diário no mês passado dizia que era o Marco. Em outra edição estava vago. Em outra era de novo a Rosana. Emília diz que é o Marco. E assim, continua no ar a pergunta que não quer calar: Marco é ou não é?
Ah Julinho...
ResponderExcluirEu conheço o Marquinho Chiesse desde menininho e posso afirmar que ele é sim!!!! KKKKKK
MALUQUINHA DO 3º ANDAR.
ELE NÃO SE REVELOU AINDA !
ResponderExcluirPOR ISSO QUE O MEIO AMBIENTE ANDA DO JEITO QUE ESTA .UMA MERDA.
VEJA A CONSTRUÇÃO NO NOVO SAAE EM SAUDADE , QUE ESTÃO CONSTRUINDO OU REFORMANDO , EM PLENA AREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL , E AINDA MAIS CORTANDO ARVORES.
CADÊ A SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE...ISTO E CRIME.
SEU SEGUIDOR