OS CAMINHOS QUE LEVAM A ROTA 65.

AS TECLAS CANTADAS DO "PAI JULINHO".

É muito desgastante manter um Blog independente que não tem medo de emitir opiniões e tenta desvendar mistérios que se encontram encobertos nos corredores da política. Geralmente, anunciamos com antecedência certos caminhos da vida eleitoral que no ato da publicação são muito questionados, mas quando vêm a tona e confirmam nossos prognósticos, ninguém se lembra de desculpar-se.

Sem querer ser petulante, embora confessadamente sendo, gostaria de lembrar que nosso Blog antecipou-se a todos os passos da política municipal em Barra Mansa, especialmente no tocante a corrida eleitoral visando o poder executivo neste ano. Haviam vários nomes sendo ventilados para o pleito, a lembrar: Roosevelt Brasil, Ademir Melo, Jackson Emerick, Marcelo Cabeleireiro, Claudio Manes, Ruth Coutinho, Tuca, Paulo Cosenza, Zé Renato, Inês Pandeló e Jonas Marins, entre outros menos citados.

Falei que Roosevelt e Ademir não poderiam e não queriam ser candidatos. Não queriam, não poderiam e não são.

Falei que Jackson Emerick não tinha sequer respaldo de seu patrono, Albertassi, e que o PSDB não aceitaria nem indicaria seu nome. Albertassi não patrocinou, o PSDB não aceitou, e ele não é.

Falei que Marcelo Cabeleireiro não conseguiria aval de seu partido, o PT, controlado totalmente por Inês. O PT não abençoou e Marcelo não é.

Falei que Claudio Manes, muito embora com reais chances de vitória, não teria tempo nem estômago para o processo eleitoral. O tempo extinguiu-se, o estômago chiou e Claudio não é.

Falei que o acordo com Jonas, Rutinha e Inês faria água pois Inês e Jonas não abririam mão de seus nomes. Eles não abriram, Rutinha ficou alijada e saiu do páreo, assim como o acordo natimorto.

Falei que Tuca não seria candidato, pois quem manda no PR é o Garotinho e o acordo com o Jonas já estava rascunhado e visivelmente desenhado.

Pois bem, hoje, no Diário do Vale, Tuca já acena com essa hipótese, a ser sacramentada amanhã, apenas para inglês ver, pois Garotinho a muito já havia empenhado seu compromisso com Jonas.

O raciocínio para chegar a essa conclusão é simplório e só não via quem não queria. Garotinho não está extremamente preocupado com os rumos da política em Barra Mansa. Sua batalha é, no mínimo, a nível estadual, contra o seu desafeto mor, o Governador Sérgio Cabral. Se Garotinho pudesse dispensar tempo para residir em Barra Mansa e levar Tuca a tiracolo, ele até tentaria, pois nunca duvidamos do apreço que ele nutre pelo moço nem da gratidão que o povo de Barra Mansa tem por ele. O problema é que Garotinho tem mais 91 cidades no estado para enfrentar o governador, e precisa poupar esforços onde possível. Se as pesquisas apontam que já existe um candidato pronto para vencer o PMDB e que este candidato pleiteia e oferece generoso espaço político para o Garotinho, não haveria motivo para ele recusar a oferta e apostar no imponderável. O que é importante para Garotinho é vencer Sérgio Cabral, e as informações que ele dispõe apontam que esse caminho chama-se ROTA 65, leia-se, Jonas Marins.

Não será surpresa se o PSDB, desprovido de tempo e estrutura financeira maior para propagar a candidatura de Paulo Cosenza, um notável e brilhante candidato, também renda-se as evidências atuais e agregue nessa proposta imbatível de frente oposicionista, que além do PC do B, já soma forças com o PDT, com o PV, agora com o PR, com o DEM a tiracolo, e dessa forma, com a ampla possibilidade da adesão do PSDB, sem contar partidos menores que já encontram-se enfileirados.

Se Inês e o PT soubessem o bem que fizeram a candidatura de Jonas ao abandoná-lo, jamais o fariam. Com a discórdia, sobrou espaço e gordura para outras alianças, que ao nosso ver, são muito mais produtivas e eficazes.

Se confirmadas essas tendências nos próximos dias, sobrarão no quadro apenas Zé Renato, Inês Pandeló e Jonas Marins, esse último, com um verdadeiro "temporal' no rádio e na TV, além do apoio maciço dos caciques do seu partido em nível nacional. Caso isso ocorra e se nenhum terremoto afundar a cidade, Jonas assume a caneta com ampla folga.

Peço carinhosamente aos nossos amigos e leitores que desculpem-me a prepotência desta postagem. Foram tantas as bobagens que fui obrigado a ler e ouvir até agora, que não pude me furtar de um desabafo público.