GAZETEIRA.

FALHAS "INÊS"TIMÁVEIS.

Depois de ser condenada por improbidade administrativa pela 14ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, a deputada estadual Inês Pandeló (PT), e candidata a prefeita de Barra Mansa, volta a ocupar as páginas dos maiores jornais do país, outra vez de forma não recomendável nem louvável. Ontem, a edição dominical do jornal "O GLOBO" retratou a falta de assiduidade da deputada no comparecimento às sessões legislativas da Alerj, conforme reproduzimos parcialmente:
RIO - No estado do Rio, 21 dos 70 deputados da Assembleia Legislativa (Alerj) estão em campanha. Oito deles, licenciados. Os demais tentam conciliar suas atividades legislativas com as agendas de campanha, mas, na prática, a falta de quórum tem sido uma constante. Em pelo menos um terço das sessões de agosto, cinco votações previstas não aconteceram por falta de quórum mínimo — 36 parlamentares....

...O esvaziamento do plenário virou motivo de piada na quinta-feira. O deputado Paulo Ramos (PDT), que presidia a sessão, chegou a implorar em tom de brincadeira que ninguém pedisse verificação de quórum, já que só havia 32 deputados no plenário. Na terça-feira, um projeto de resolução derrubou a sessão, já que só 34 deputados votaram.
Entre os deputados que disputam as eleições, pelo menos três não compareceram nem à metade das sessões realizadas no mês. A deputada mais faltosa foi Andreia Bussato (PDT), a Andreia do Charlinho, candidata à prefeitura de Mangaratiba. Ela faltou nove sessões, e não quis comentar o assunto.
Em segundo lugar, estão Inês Pandeló (PT), candidata à prefeitura de Barra Mansa, e Bernardo Rossi (PMDB), que disputa o pleito de Petrópolis, na Região Serrana. Eles se ausentaram em oito sessões.
Inês admitiu que tem sido difícil ir à Alerj. Disse que todas suas faltas foram justificadas, que estuda se licenciar, mas não informa a data...

Sei...

Essa já é uma prática usual da candidata, visto que desde a primeira vez que se elegeu para a Assembleia Legislativa, sempre interrompeu o seu mandato para disputar, sem êxito, a prefeitura de Barra Mansa. A deputada, que continua recebendo os seus subsídios, mesmo sem trabalhar, usa e abusa dessa falha grosseira e casuística da legislação nacional brasileira que permite que determinados políticos não cumpram com as obrigações para as quais foram eleitos. Quem votou em Inês para deputada, votou para que ele cumprisse um mandato de quatro anos e não sistematicamente o interrompesse no meio do caminho. Barra Mansa já sofre demais com a falta de representatividade política aliada a omissão e ostracismo do governo municipal e nossa única representante despreza o cargo para o qual mais uma vez, pediu a confiança do eleitor.

É mais do que hora do PT de Barra Mansa reavaliar os seus quadros e práticas e voltar a oferecer alternativas saudáveis para a cidade e não apenas ficar a sombra de uma pessoa que não admite que outras lideranças sejam formadas nas suas bases. Gente boa para isso o partido tem. Falta é peito, criatividade e ousadia.