VINTE ANOS PARA A VERDADE
Há vinte anos atrás, voltamos a ter eleições diretas para Presidente no Brasil. Centenas de pessoas morreram ou foram torturadas para que tivéssemoss resgatado este direito. Em respeito a elas, jamais votei em branco ou anulei meu voto. Participei alegremente de todas as eleições que pude. O perfume da democracia me faz bem, mesmo com a lembrança póstuma daqueles que lutaram para que nós pudessemos desfrutar da exalação deste cheiro de liberdade.
Na época tinhamos como candidatos mais expressivos COLLOR, LULA, BRIZOLA, MÁRIO COVAS, ROBERTO FREIRE, PAULO MALUF, AFIF DOMINGUES, RONALDO CAIADO, entre outros.
Fui de Covas no primeiro turno. Não deu.
Ficaram para o segundo Collor e Lula. Fui de Collor. Deu.
Na Presidência, Collor tomou medidas que muito me agradaram. Apesar do confisco temporário e arbitrário da poupança, Collor foi quem deu os primeiros sinais que poderíamos passar meses sem inflação, o que na época, era inimaginável.
Foi ele quem alavancou a tecnologia automobilística em nosso país, e pela primeira vez, alguém enfrentava democraticamente o Congresso Nacional, sem se curvar a imposições casuísticas.
Foi esse o seu grande primeiro erro.
Depois aceitou o apoio de Brizola, que como Governador do RJ, precisava eliminar barreiras do desenvolvimento do estado e travar um diálogo cordial com o Governo Federal.
Roberto Marinho e suas Organizações Glogo, criadores de Collor, não aceitaram a traição da criatura, visto que Brizola era seu inimigo mortal.
Antecipada uma séria nacional na TV, que estava programada para ir ao ar somente anos após(ANOS REBELDES), uma multidão de jovens, por puro modismo, usadas como massa de manobra foram as ruas para pedir o impedimento de um presidente, pois ele tinha ganho uma Fiat Elba e uma reforma de jardim na Casa da Dinda.
Ladrão de galinha perto do que vemos todos os dias atuais.
Mas o Congresso, repudiando o fim da mamatas, não titubeou e sepultou Collor.
Sempre acreditei que a história um dia lhe faria justiça e o colocaria num patamar digno.
Hoje, ao ver no site da UOL,Colllor cantando LULA-LÁ, vi o quanto o ser humano pode ser submergido pelas suas fraquezas, necessidades materiais e falta de caráter.
Collor, infelizmente, hoje me curvo...você não vale nada.
Não anularia meu voto, mas te anularia do meu País.
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