MINHA PRIMEIRA GRANDE OBRA

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Não sei se é muito ou se é pouco, mas é uma marca muito significativa para mim. No dia 9 de março, há 26 anos atrás eu tive outra marca expressiva na minha vida: O nascimento de minha primeira filha, Pethalla Bianca. Não foi só ela que nasceu nesse dia, pois eu também, como homem, nasci novamente. Não melhor ou pior do que já era, mas certamente diferente. Naquele dia deixava precoce e definitivamente para trás todas as visões que mantinha sobre a expectativa de vida. Ficava armazenada apenas na minha lembrança, a imagem de um jovem que tinha direitos a inconseqüências e irresponsabilidades para consigo mesmo. Jazia ali, de forma prazerosa, um viking das noites que apesar de continuar até hoje gostando delas, aprendeu em doses homeopáticas o sabor de uma outra forma de encarar a vida, tendo nos seus ombros responsabilidades sobre a geração e criação de outro ente no Universo. Hoje, minha filha aniversaria e aproveito a postagem para desejá-la toda a sorte de acontecimentos que contribuam para o engrandecimento de sua existência. É natural que pais só desejem vitórias para seus filhos, mas isso é de fato, algo extremamente egoísta. Vitórias dos filhos minimizam trabalho dos pais, mas lhes tiram o que a vida nos dá de mais auspicioso, que é o direito de errar e aprender com o sofrimento da derrota. Então Pethalla, lhe desejo vitórias, mas principalmente, aquelas que venham com o gosto inenarrável do mérito próprio, pois é esse o tempero especial das grandes conquistas, o orgulho de merecê-las. Desejo-lhe suores intensos, sejam de amor, de aflição, de medo, de prazer, de aventura, enfim de sopros abundantes de vida. Se esses passos puderem ser efetuados sobre a égide da responsabilidade perante si mesmo e os outros, tanto melhor, pois serão mais deliciosos e abençoados pelo Grande Pai.
Enfim filha, desejo-lhe vida, na mais ampla concepção da palavra. Essa é a nossa missão aqui nessa jornada, na qual Deus nos uniu: viver.
Quanto as 10.000 visitas, saibam que a porta continuará aberta, ou melhor, escancarada, para qualquer um, que se ache, ou seja, de fato do bem, mas que tenha pelo menos, no fundo da alma, o desejo real de construir um mundo melhor, mais justo, mais tolerante, mais prazeroso, mais natural de se viver.
Essa marca atinge um compromisso que mantive comigo mesmo, ou seja, caso atingíssemos juntos esse número, reconheceria que seria necessário um novo visual e tratamento ao nosso blog. Essa semana, estarei providenciando tais mudanças para melhor passeio na nossa casa. Brevemente teremos mais honra ainda em recebê-los.
Sejam sempre bem-vindos e muito obrigado pela forma respeitosa que a grande maioria de nossos visitantes e articulistas, aceitam e compartilham a nossa visão, mesmo, às vezes, de forma discordante.
Estamos longe léguas da verdade, mas com muita disposição de procurá-la até o término de nossas jornadas.
Vamos em frente então, eu você e Pethalla Bianca, minha primeira grande obra.

“Viver é todo sacrifício feito em seu nome...”
Djavan em Pétala.