O QUE SERIA PRECISO PARA QUE O PREFEITO ACHE QUE NÓS GOSTAMOS DA CIDADE?

DICA PARA O FIM DE SEMANA DO PREFEITO: ONDE IR E O QUE FAZER.

Comecei a semana muito indignado. Li uma declaração no início da semana que me provocou repulsa, e optei por não comentá-la, mas eu me conheço e sei que enquanto não desabafasse, não terminaria a semana em paz. Na edição de segunda-feira do jornal "A Voz da Cidade", uma moradora de Barra Mansa perguntou ao prefeito, o seguinte: "Zé Renato, antes mesmo de começar as eleições, seus adversários bombardearam as redes sociais e os meios de comuicação com questões negativas em relação ao seu governo. Como você avalia sua administração e, no seu ponto de vista, você errou em alguma questão e eles estão certos?"

Na sua resposta, evidentemente que o prefeito, sonso como só ele, diz ter certeza de que fez uma boa administração. Citou conquistas mentirosas e tentou assumir paternidade das obras oferecidas pelos governos estadual e federal. Mentiu, mascarou, valorizou indevidamente, superfaturou benesses, e coisas já rotineiras em sua postura e naturais em suas fétidas e cínicas oratórias. Disse que a sua única falha foi NÃO DIVULGAR TODAS AS SUAS OBRAS E AÇÕES. Essa coisa que atende no cargo de prefeito, promoveu o maior gasto "per capta" do estado do Rio de Janeiro em publicidade e tem a cara lavada de afirmar que seu único erro foi divulgar pouco. Isso por si só já causaria náuseas traumáticas, mas o pior estva por vir, quando ao final de seu depoimento torpe, venal e eivado de falácias mentirosas, ele disse que em relação as redes sociais... "é um espaço livre e democrático, que infelizmente acaba sendo mal utilizado por quem, na verdade, não gosta de nossa cidade".

Como tenho plena convicção de que esse desfecho teve endereço certo que esbarra no nosso Blog, venho perguntar: O que seria então gostar da cidade?

Seria calar perante o enriquecimento ilícito da corja que ele estabeleceu no seio do centro administrativo da cidade?

Seria aplaudir e omitir a lavagem de dinheiro promovida pela prefeitura através do Clube do Recanto?

Seria fingir que não vemos o sucateamento da educação pública e a desvalorização absoluta do magistério?

Seria abençoar os milhões incontáveis de reais destinados a empresas de fora através de terceirizações que fazem sumir as verbas federais para a saúde e a educação?

Seria fazer vista grossa para o abandono da saúde pública e as centenas de mortes provocadas por negligência e falta de aparelhamento humano e instrumental?

Seria fechar os olhos para a mesada religiosa de R$369.000,00 para uma Ong suspeita tocar um projeto sem transparência?

Seria enaltecer a absurda venda do imóvel do SAAE do Ano Bom para uma empresa que é parceira de seus primos, por uma valor irrisório e imediatamente depois, locar o mesmo espaço para continuar as atividades da autarquia por valor proporcionalmente muito maior do que a venda?

Seria fingir que não entendemos os milhões destinados para os órgãos de imprensa para que eles se ceguem perante as anomalias do governo?

Seria aplaudir a indecência do golpe mentiroso do Plano de Cargos e Salários, que foi sem nunca ter sido?

Seria fazer coro positivo para a incorporação inconstitucional de subsídios dos seus secretários, os novos marajás da prefeitura?

Seria enxergar maravilhas numa cidade suja, mal cuidada e abandonada onde seu governo não tem competência sequer para trocar calçadas de ruas?

Seria acreditar que novas empresas se instalariam na cidade, como normalmente é divulgado mas nada realizado?

Seria acreditar que o projeto de reitrada do pátio de manobras está regular e que seria concluído durante o seu governo?

Seria concordar com o fim do carnaval e os desfiles populares para um enquartelamento no parque da cidade, em frente ao cemitério, onde propinas e comissões são necessárias para o exercício de atividades comerciais?

Seria enaltecer a vinda do lixo de Volta Redonda para o nosso município?

Seria calar perante o uso descarado da máquina adminstrativa para fins explícitamente eleitorais?

Seria usar uma venda para não enxergar o desemprego que assola a cidade junto com o voraz enfraquecimento do comércio?

Seria colocar uma touperia para não ver a truculência e beligerância da sua guarda municipal que transformou as ruas da cidade numa indústrias de multas e num ringue de agressões físicas?

Seria achar barato o aumento exorbitante da tarifa de água e da passagem de ônibus?

Seria elogiar os assédios que seu séquito oferece a rapazes e moças?

Se é preciso isso para que o senhor achar que eu gosto da cidade, morra querendo, mas a verdade, prefeitinho de m...é que QUEM REALMENTE GOSTA DA CIDADE, NÃO GOSTA É DO SENHOR.

Para terminar meu desabafo da maneira que eu gostaria e coloquei no caput desta postagem, seria necessário eu indicar um lugar para eu mandar o senhor ir ou uma coisa para o senhor fazer com determinado órgão do seu corpo, mas como nem tudo pode ser como a gente quer, fica por isso mesmo.