ELEIÇÃO 2012 EM BARRA MANSA. CHAPA QUENTE.

ÁLCOOL NA FOGUEIRA.

As últimas informações sobre as eleições e as coligações em Barra Mansa podem levar mais gente para o hospital. Pipocam notícias de todas as fontes e o quadro mostra-se altamente conturbado.

Para tentar salvar os candidatos a vereador do PMDB, que não contam com "rabiolas" para atingir legendas para o partido, o prefeito Zé Renato já havia determinado uma aliança na proporcional com o PSB. Como o vereador Vicentinho vem de um recente infarto e a vereadora Sônia Coutinho não vislumbra a reeleição e só existem mais três outros candidatos inexpressivos entre os "socialistas", o resultado não foi impactante. Isto posto, está sendo "forjada" mais uma aliança para a coligação, desta feita com o PSC. Acontece que, segundo consta, os candidatos Teixeirinha e Beleza, teoricamente as duas maiores expressões da legenda do partido do "peixinho" cristão, estariam inconformados com a aliança, visto que calculam que desta forma só lhes restaria completar votos para a a eleição de adversários supostamente mais fortes, como Zé Abel, Lula, Luis Antônio e Rodrigo Drable, todos do PMDB. Repito, não existe mais trouxa no mercado.

Ontem, desesperadamente, Teixeirinha, Beleza, Leandro Manes, todos do PSC, juntos do vereador Leiteiro (PSDB), teriam batido na casa do prefeito por volta de 10 horas da noite, pedindo para ele reverter a decisão e acenando com uma aliança PSC/PSDB, onde os tucanos apoiariam Zé Renato. O prefeito sequer atendeu-os e mandou dizer que estava dormindo. Coerente, afinal fazem quatro anos que uma sonolência profunda acomete o prefeito da cidade.

Se a aliança PMDB/PSB/PSC for confirmada, o tiro pode mais uma vez pode sair pela culatra, visto que Sônia Coutinho já declarou oficialmente que não será candidata e apoiará a eleição de seu primo Rodrigo Drable; Beleza e Teixeirinha também devem correr do páreo, restando para o segundo lançar o seu filho que encontra-se abrigado em outra legenda; Lula também pode desistir se não enxergar viabilidade eleitoral real; e além disso, todos os demais pré-candidatos da coligação não teriam motivação para pedir votos e somar legendas.

Outra notícia que nos chega via informantes qualificados é que o Dr. Paulo Cosenza desistiu oficialmente da disputa e manterá neutralidade no processo eleitoral. Até agora o PSDB e seus candidatos ao legislativo, incluindo o vereador Leiteiro, buscam desesperadamente uma fórmula salvadora para o atingimento do coeficiente eleitoral mínimo da legenda.

Quanto aos vices, as polêmicas continuam acesas e efervecentes. O radialista Peninha, indicado para ser vice do Zé e que vem sendo bombardeado pelo deputado Albertassi, teria implorado ao prefeito para que seu nome não fosse retirado do quadro, sujeitando-se até a negociar com seu desafeto Albertassi e abrir mão de seu cargo na associação de rádios do estado do Rio em favorecimento a um nome indicado pelo deputado. Parece que os ânimos de Albertasssi já se arrefeceram.

Do PSDB, chega a informação que Ricardo Maciel teria retirado a candidatura ao legislativo de seu filho, Daniel Volpe, do quadro eleitoral.

Já no PC do B, apesar da liderança nas pesquisas do candidato Jonas Marins, há um burburinho ensurdecedor na cidade desaprovando maciçamente a indicação do candidato a vice-prefeito da chapa, Pastor Jorge, muito mais pelo seu vínculo com a Igreja Universal do que por rejeição propriamante identificada contra o seu nome.

Creio que o Pastor Jorge, a quem conheço e nutro carinho, independente de posições religiosas antagônicas com as minhas, se quer, de fato, ajudar a eleição promissora de Jonas Marins, deveria hoje ainda colocar a sua candidatura a disposição de uma urgente reavaliação das cabeças pensantes da candidatura comunista. Estou muito impressionado com o desgaste que essa proposta está causando em pessoas que tinham intenções de votos claramente delineadas em favor de Jonas, e que agora demonstram-se muito reticentes com a junção inusitada.

Já vi, recentemente em Barra Mansa, uma eleição que tinha tudo para sagrar-se vitoriosa, escorregar pelas mãos de dedos e feridas abertas por causa de uma má escolha de vice. Não gostaria de ver esse filme de novo. Foi trágico para a cidade.

Ainda há tempo. É hora de humildade, bom senso e sapiência. A vaidade é o maior inimigo do político.