DINHEIRO FUJÃO.

FUGIU NO REVEILLON DE 2009.

Com essa atual situação da Prefeitura de Barra Mansa, aparentemente caótica, pois sequer conseguiu pagar os míseros abonos pecuniários de férias dos professores, numa burla explícita à legislação trabalhista, um fato me veio a memória e quero compartilhar com vocês.

Era dia 1º de janeiro de 2009, há exatamente um 1 ano e 5 dias atrás. 1 e 5 de novo. É o 15.

Pois bem, estava em meu apartamento, que fica em frente a prefeitura do outro lado da linha, e não tive outra alternativa senão escutar a barulhenta sonorização da posse do prefeito Zé Renato. Toda a "turma do bem" estava presente e ansiosa pela distribuição de cargos, tal como crianças na noite de Natal. Papai Noel Zé Renato, anunciava um a um o seu secretariado, que não surpreendeu absolutamente ninguém, pois com raras excessões, a equipe de seu antecessor foi fielmente mantida. Trocou-se apenas Sérgio Gomes pelo primo Mário, e Fátima pela esposa Emiliana, e saiu um cara de Valença da Educação para a entrada da irmã Vitória, no caso, irmã da vice-prefeita Rutinha. Não há dúvida que é um governo "bem" familiar. A cada anúncio, ecoavam gritinhos e upas. Muitas "upas" inclusive, afinal a UPA estava isntalada bem ao lado do cortejo. A única novidade, não pela pessoa, mas pelo cargo, era a criação da Assessoria Especial de captação de recursos, a nível de secretaria, que seria concedida ao Roosevelt Brasil, mesmo sem que a Câmara fosse consultada, mas nem precisava. (Tinha-se suspeita que ele seria chamado pelo Governador, mas o cargo que lhe ofereceram era muito aquém da sua expectativa).

Aí então que a "bemnhazada" ficou histérica. Afinal, todos sabiam que ele ia continuar mandando, só não se sabia que tanto. Evidentemente que foi concedida a palavra ao "bem-líder". Na sua oratória, interrompida sistematicamente pela legião de puxa-sacos com aplausos, vivas e mais upas, ele disse ter guardado uma grande surpresa para seu sucessor, e falou mais ou menos assim:...

-"Zé, meu amigo Zé, sabe o que deixei de presente para você.....(suspense)............(mais suspense)..........................25 milhões de reais em caixa.......................... 25 milhões...."

Os "bem-comissionados" ficaram em polvorosa e uma salva de palmas longa estabeleceu-se no cenário teatral. Evidentemente com muito mais upas.

Essa é a história que nos remete invariavelmente a uma única pergunta:

ONDE ESTÃO A PORRA DOS VINTE E CINCO MILHÕES DE REAIS, CACETE?????