segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

VIVER CADA SEGUNDO, COMO NUNCA MAIS.


PROFUNDEZAS DO PRAZER.

Final de semana. Mais um capítulo da série da minha vida.
Sexta-feira, alguns amigos já se encontravam em Barra Mansa dando um pouco de vida na cidade. O palco escolhido foi o Fronteiras. Bom bate-papo e promessas para 2010. Sábado de manhã, fui para o Rio, e conforme falei na postagem anterior, fiquei sabendo que vou ser vovô. Não sei se imediatamente mudou algo em minha vida, mas automaticamente tirei um pouco o pé do acelerador.
Ficamos na Barraca do Nildo na Garcia D’Ávila e o mar estava brabo. Ipanema lotada, assim como toda a orla, aprendendo a conviver com o choque de ordem que o Eduardo Paes estabeleceu nas areias. Tem muita coisa boa e muita coisa ruim nas medidas, mas a princípio, a segurança ficou melhor. Depois fui para o Hotel Everest aproveitar a piscina na cobertura e uma feijoada sensacional ao som de uma cantora idem. Ao ouvir “My Way”, lembrar do meu futuro neto, e ver num ângulo só, do mesmo local, A Lagoa, O Cristo, O Corcovado, o Arpoador, Mar de Copacabana e Ipanema e Leblon embaixo dos meus pés e ao alcance de minhas mãos, chorei. Misto de felicidade, realização e prazer. Lutei muito e ainda luto, mas amo a minha vida. Descansamos no Hotel e de noite, bem pertinho, lá no Vinícius, num pub pequeno mas aconchegante no andar de cima, tive o prazer de ver e ouvir uma das maiores musas da bossa nova: Maria Creuza. Simpática, talentosa, extrovertida, generosa, enfim, Perfeita. Sua banda não fica atrás e a qualidade de seus músicos é encantadora. Paraguaios, colombianos, equatorianos, espanhóis, italianos, alemães, chineses, tinha de tudo, que admirados aplaudiam até a passagem do garçon em frente. Tinha até cariocas. E a nós, nativos, coube fazer o back vocal de “Tarde em Itapoã”, “Garota de Ipanema”, “Que Maravilha”, “Eu sei que vou te amar”, entre outros hinos que Maria Creuza já cantou pelo mundo, às vezes com o violão de Baden Powell ao lado. Foi emocionante e divino. Eu, a um metro da cantora vendo-a desfilar a história mais charmosa do Rio de Janeiro, consagrada por Vinícius e Tom e seus parceiros. Maria Creuza teve o privilégio de ser uma das cantoras mais requisitadas pelos gênios em suas incursões pelo mundo, e desfrutar da intimidade dos poetas. Ela estava inclusive junto com Vinícius e Toquinho quando ao cair da tarde em Itapoã, eles conceberam a poesia-canção que homenageia o paraíso baiano. Ao sair beijei-a exclusivamente, demonstrando meu respeito e admiração por essa diva da MPB. Depois descemos para o Vinícius bar e fechamos a casa, não sem antes saber e informar que a casa do lado foi adquirida pelo grupo e no próximo verão o local vai ficar ainda maior e mais aconchegante. Tá bombando mais que o Garota de Ipanema em frente que foi berço de outro Hino, mas essa história todos conhecem. Não preciso dizer que whisky desceu como água mineral sem gás no calor do deserto do Saara. Domingo pela manhã fomos bater nosso ponto no Zé do Coco, na altura da Joana Angélica e aproveitar um domingo maravilhoso de praia e um mar bem mais aconchegante do que a véspera. Tudo perfeito. De volta ao Barrão fizemos nosso weekend-hour no Fronteiras e assim passou mais um belo momento em minha vida. Como canta a Maria Creuza em um dos trechos de seu espetacular repertório: “Não existe nada mais profundo, que viver cada segundo, como nunca mais”.......

Foi no Hotel Everest em Ipanema, que dormi com uma vovozinha pela primeira vez. Gostei.

3 comentários:

  1. Hotel Everest, que pobreza. Muito surbi. E no final volta ao barrão...Fronteiras.... Ah que inveja.

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  2. Bem amigo, o Everesto fica na Prudente de Morais em a alguns passos da praia. Apesar de ter ficado numa suíte super-luxo, confesso que não tenho condições para algo mais requintado, mas fique certo, para mim está muito bom. Fronteiras, é o melhor bar da minha modesta cidade, e eu me sinto bem na casa, repito, para mim tá muito bom. espero que a sua vida "glamourosa" seja tão feliz como a minha.

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