PERGUNTAS SEM RESPOSTA

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Ontem Volta Redonda viveu um dia totalmente atípico. O Médico e músico Marcelos Guimarães foi preso, suspeito de ter praticado estupro em duas meninas de 10 e 12 anos, supostamente suas pacientes. A notícia chocou toda a sociedade local, visto que Marcelos sempre gozou de bom conceito na cidade. Mais tarde, o Juiz da 2ª vara criminal de Volta Redonda, Dr. Antonio Carlos Bittencourt, revogou o mandato de prisão contra o pediatra, pedindo desculpas e se declarando impedido de atuar no caso, por ser amigo de Marcelos, que inclusive era seu médico e de seus filhos. Manifestações de perplexidade escorreram pelas sites, principalmente do jornal Diário do Vale, que cobriu a matéria, e não deu ouvidos as ameaças do advogado do réu, cumprindo seu papel no jornalismo.

Muita coisa encontra-se sem resposta e escandaliza a sociedade.
Muitas perguntas nos fazemos, tais como:

Que direito esse advogado pensa que tem em ameaçar o jornal em seu exercício?

Como essas meninas foram assediadas no consultório sem a presença dos pais?

Que há de tão grave e contundente no processo que levou a decretação da prisão?

A justiça é igual para todos, ou os juizes decidem pelas suas conveniências?

Se Marcelos, for inocente de fato, mesmo com retratações e desculpas, quem arcará com o inevitável prejuízo em sua carreira e sua credibilidade?

Que pai se sentirá seguro, mesmo que Marcelos seja inocente, em colocar filhas aos seus cuidados médicos?

Estamos seguros com uma justiça, que assim como nosso presidente Lula, assina sem ler?

Será que o Lula sabe ler? (Não poderia perder a oportunidade de perguntar).

Dr. Bittencourt falou que jamais faria isso em sã consciência. Nossos magistrados trabalham sem sã consciência? Quando? Quem? Quantas vezes?

Marcelos sabendo que essa ação estava nas mãos de seu “amigo”, não ousou comunicar-lhe previamente. Por que?

As outras decretações de prisão exaradas pelo magistrado também não deveriam ser revistas, visto que ele confessou estar trabalhando sobre forte pressão devido ao acúmulo de serviço?

Os magistrados podem falhar e os réus, não?

Se um cidadão comum passasse pelo mesmo constrangimento e injustiça, teria a mesma repercussão, ou as cicatrizes da injustiça perpetuariam-se em sua carne?

Como está o lado psicológico das crianças envolvidas, que certamente terão eternamente fincadas na alma esse episódio?

Quem são os pais dessas crianças e o que eles tem para dizer?

Por que até agora a imprensa não os identificou e cedeu a palavra?

Quais provas levaram o delegado a pedir a prisão do médico?

Precisamos todos dessas respostas.
Urgentemente.