MISTIFICAÇÕES TERRORISTAS.
Está cada vez mais clara a postura do governo diante das eleições presidenciais deste ano. Não interessa discutir o futuro nem alternativas que melhorem a vida dos brasileiros; o que vale é manter o poder, seja a que custo for. A principal arma governista nesta guerra também já está mais que conhecida: a mentira, a mistificação, o terrorismo.
Os exemplos vão saltando aos borbotões e nesta semana produziu-se mais um: a manipulação oficial em torno do ensino técnico no país. Por que transformar algo tão positivo em pólvora eleitoral? Por que jogar com a vida de milhões de jovens na sanha ilimitada pela perpetuação no poder? O Planalto produziu riquíssimo material em que, até com certo escárnio, afirma que, sob Lula, fez “100 anos em quatro” em relação ao ensino técnico brasileiro. É mais um capítulo do “nunca antes neste país”. A realidade é que o mercado de trabalho ainda precisa de muito mais gente com qualificação assim. Há milhares de vagas de emprego à espera de jovens com este tipo de formação. Por isso, é preciso formá-los o quanto antes e o quanto mais. Isso é cuidar do interesse da nação.
Mas o que o governo do PT faz? Politicagem, da pior espécie. Em suas loas à atual expansão do ensino técnico federal, difama o governo tucano e diz que a expansão do ensino técnico federal teria sido “proibida” na gestão Fernando Henrique. Ora é o presidente quem diz isso, ora sua candidata-ministra.
Agora, em fim de governo, busca-se recuperar o tempo perdido lançando projetos a toque de caixa, no velho modelo de escolas técnicas que ofereciam ensino médio para os ricos e muito pouco ensino técnico para os pobres. Eis aí, desmascarado, mais um capítulo da enciclopédia petista de mistificações e mentiras. E olha que a gente nem falou da usina de manipulações que o governo federal montou em cima do Bolsa Família, como mostra O Globo, em sua manchete de hoje: “Governo faz ameaça eleitoral ao recadastrar Bolsa Família”. O texto informa que uma instrução distribuída pelo Ministério do Desenvolvimento Social a prefeitos adverte que “a validade do benefício estará sujeita a alterações segundo novos critérios que sejam estabelecidos pela nova administração que assumir o Bolsa Família em janeiro de 2011”.
Se isso não é terrorismo o que mais pode ser?
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