sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

QUEM DÁ TROTE É CAVALO.




NEM ANIMAL É TÃO ESTÚPIDO.

Começou o ano letivo nas faculdades do Brasil. E junto com esse começo, tivemos as tradicionais e absurdas sessões de trotes nos calouros. Não há nada que desabone mais uma classe universitária do que a manutenção dessa tradição imbecil. O que era para ser a marca da mudança de rumos na vida de um jovem, que sempre ansiosos, entram para um novo mundo propensos a progredirem na vida através do aprendizado de uma profissão douta, se mistura com o medo da suposta selvageria ou ridicularizações que serão vítimas. As próprias faculdades, na maioria, praticam uma inusitada tolerância com essas práticas neo-nazistas. Em alguns casos, como vimos em São Paulo e no sul do país, atos de violência foram praticados e deixarão seqüelas eternas. Até quando a sociedade vai aceitar esse festival de insanidades e barbaridades que são os trotes nos novos universitários? Já manifestei por diversas vezes que vejo a juventude como a nossa última esperança, visto que, eles ainda não foram contaminados com a corrupção que passou a fazer parte do cotidiano de nossas vidas, e podem nos redimir. Mas quando vejo esse festival de trotes bárbaros e inconsequentes promovidos por quem a gente espera que sejam a nata da sociedade e os líderes das futuras gerações, chego a ficar incrédulo que poderemos mudar alguma coisa em breve futuro. Quantos alunos já morreram dentro de universidades em SP, pegos em trotes pelos universitários veteranos e nada aconteceu até hoje com os culpados? Se é que chegaram a algum culpado. Essa mentalidade da prática do trote é similar ao caso da nossa anti-musa Geisy da Uniban, que foi achincolalhada por 700 alunos e expulsa da faculdade por colocar um vestido que é um longo perto dos trajes, quando existem, que as participantes do Big Brother nos mostram todos os dias nas salas de todas as casas do país. E ainda viram heróis na boca do Bial. Geisy pelo menos ganhou uma notoriedade que jamais teria e está tirando os seus dividendos por isso, mas as vítimas do trote permanecem no ostracismo, e alguns marcados psicologicamente pelo resto das vidas, pois muitos vêm de uma criação pudica, onde a timidez é a tônica de comportamento, e ao serem expostas ao ridículo, quando pensavam em mudar de ares e evoluir, se transformam em mentes perigosas que sabe se lá em que, pode retornar para a sociedade.

Pode parecer um tema banal e exagero de minha parte, mas é a minha visão:

O trote depõe contra a nossa juventude e quem o pratica é um ensaísta de criminoso potencial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, nosso Blog não aceita mais comentários não identificados. Por obséquio, realize seu registro. Grato.