quarta-feira, 2 de maio de 2012

FIM DE UMA CAMPANHA MODESTA.



A HIPOCRISIA DOS MODISMOS.

Conforme previamente anunciado, durante o finalzinho do mês de março e durante todo o mês de abril, em todas as imagens alusivas as postagens MANCHETES DE UMA BARRA (PESADA) MANSA, publicamos frases e fotos de campanhas de conscientização e incentivo contra o uso de drogas. É evidente que nosso modesto movimento não leva a nada, mas sempre é bom a gente fazer esse apelo pela vida. As notícias nefastas que lotam os noticiários todos os dias, em parte, são nascidas de má gestão pública, mas em outra parte relevante vêm do uso de drogas. As drogas, como todos sabem, não prejudicam somente seus usuários, mas colocam em risco os conviventes dos mesmos e acima de tudo, toda uma sociedade que fica a mercê das batalhas físicas e letais que o mercado das drogas proporciona face a expectativa de lucro fácil e conluio com poderes gananciosos escondidos sobre vítimas da ganância e do efêmero poder. Nossa cidade, como já repetimos, abandonada pelo poder público, torna-se altamente convidativa para a marginalidade e o império do tráfico, razão pela qual temos que redobrar nossos esforços e não poupar oportunidades de tentar desviar nossos próximos desse caminho tão tortuoso e de final quase sempre infeliz que é o vício dessas drogas nocivas à vida e a paz.

Vejo, na mídia, um movimento bem sucedido contra o cigarro, e o preconceito já atinge ferozmente seus usuários, mas infelizmente, usar drogas parece ser um modismo cuja classe intelectual não se incomoda nem se mobiliza contra o uso.

Vejo campanhas querendo tornar crime inanfiançável tomar uma cervejinha e dirigir, mas não vejo tanta mobilização contra o que move as grandes razões da violências e mortes em nosso País, que são inevitavelmente as drogas.

Vejo mobilizações por bafômetros, mas não vejo nem sinal de estudos para a criação de um aparelho que detecte o uso de drogas na direção ou nas ruas.

Será que o tráfico conseguiu dominar também as nossas mentes?

Quem usa drogas, queira ou não, financia a violência e as barbáries, mas não vejo o CQC ou as fiscalizações públicas, patrocinadas pela mídia, abraçando causas contrárias. Jogar a culpa de tudo nos políticos incorretos é um modismo mais politicamente correto do que fazer uma política correta. Para um país onde a hipocrisia impera, drogas transformam pessoas e pessoas se transformam em drogas.

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