quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

OI, PILANTRAS.


TELEMARACUTAIA EXPLÍCITA COM A BENÇÃO JUDICIAL.
Um certo dia, um agente credenciado da Telemar informou a minha esposa que a cobrança da conta de nossa linha fixa, sofreria uma alteração OBRIGATÓRIA. Todos os planos passariam por alteração e ele precisava da concordância dela para fazer tal demanda oferecendo supostas vantagens para isso. Quando ela me consultou eu lhe falei que não tomasse tal atitude que a história estava mal contada. Mesmo sem minha concordância minha esposa optou por assinar o tal termo pois o tal agente falou que sem isso, ficaríamos sem linha. Esse fato gerou uma discussão intensa entre nós. Pouco tempo depois passamos a receber não uma, mas três contas atinentes ao mesmo serviço, o tal Oi Paggo, inclusive com conta e juros de cartão de crédito que não foi solicitado nem entregue, e o somatório das contas quase triplicou em relação ao valor pago rotineiramente, e pássamos a receber ameaças em forma de cobrança de serviços não realizados e indevidos. Coincidentemente, na mesma época, entrevistei uma advogada de direitos do consumidor quando apresentava o Band Cidade. Após o programa ela me falou deste expediente escuso que estava sendo patrocinado e disseminado pela Oi, Telemar, e o escambáu, e passamos uma procuração para que ela acionasse a empresa e reparasse os danos materiais e morais aos quais minha esposa fora induzida. Passado algum tempo recebemos a notificação de que a audiência de conciliação estava marcada para quase um ano depois do ocorrido. No dia da esperada audiência, ocorreu um problema na justiça carioca, não me lembro bem o qual, que gerou o cancelamento da mesma. Nova data foi marcada para quase outro ano depois.
Chegou, enfim, o dia da audiência de conciliação. A advogada e minha esposa entraram numa pequena sala no Fórum onde três jovens, provavelmente estudantes, conduziram a tentativa de acordo. Ironicamente a preposta da Oi ofereceu para minha esposa R$650,00. Evidentemente que ela recusou. Nova audiência foi marcada. Pensei, enfim, que estaríamos de frente para o juiz responsável e poderíamos expor a maracutaia em que fomos envolvidos. Ledo engano. Hoje quem nos recebeu foi um “juiz leigo” que de forma debochada e insolente, sem analisar nenhuma linha do processo nem os documentos que apresentamos, tentou induzir minha esposa a aceitar a proposta da Oi. Para piorar o descaso, enquanto a secretária digitava o relatório, o fantoche de juiz e a preposta conversavam animadamente sobre receitas e dietas de emagrecimento sugerindo uma intimidade que intimida qualquer cidadão. O outro preposto da empresa, de calça jeans e camiseta, com mochila e tatuagens dignas de hippye, ironizava nossa advogada e ria do circo instalado.
Estou pouco me lixando para o valor que será arbitrado. Não entramos com a causa para pescarmos ganho que não fosse nosso direito. Os constrangimentos que passamos, as horas que perdemos, as esperas que realizamos, tudo enfim, custam bem mais que R$650,00, e a Oi a a justiça podem pegar esse valor e enfiar num lugarzinho bem aconchegante que lhes satisfaçam. Entramos na causa como repúdio a este expediente sórdido que multinacionais apelam com a conivência e a letargia da justiça brasileira que agindo assim incentiva a pilantragem e o engodo.
Não sei se o Juiz “responsável” pela Vara vai pensar diferente e arbitrar valor digno. Não tenho nem segurança se ele vai se dar ao luxo de manusear o processo ou dar a minha esposa o direito dela contar a sua sincera e real versão, pois até agora esse direito foi negado, mas garanto que um dia, seja em que esfera for, alguém vai. Custe o que custar.
Eu não quero tirar vantagem da situação, pois desde o início contribuí para que ela sequer tivesse ocorrido, mas estou como a maioria do povo brasileiro, com sede de justiça. Esse é um direito meu e o buscarei seja aonde for.

Um comentário:

  1. E busque mesmo!! Em Barra Mansa tem juiz achando que é deus e arbritando valores mesquinhos e vergonhosos. E é assim mesmo, agem com deboche com os advogados e se cobrir vira mesmo um circo e se cercar vira um hospício. Aí a gente logo pensa em que? num País e que a corrupção impera? Paça a sua advogada pra impetrar todos os recursos cabíveis, pelo menos dá luta.Sou solidária nessa luta!! boa sorte!!

    ResponderExcluir

Por favor, nosso Blog não aceita mais comentários não identificados. Por obséquio, realize seu registro. Grato.