quinta-feira, 28 de julho de 2011

CAPÍTULOS DE UMA PAIXÃO CORRESPONDIDA.



UMA ODE AO FUTEBOL.

Já faz algum tempo que não comento no Blog sobre duas paixões correlatas do blogueiro: Futebol e Flamengo. Hoje não tem como me desviar do assunto.

Sempre ouvi falar admirado sobre os embates épicos ocorridos entre duas grandes expressões do futebol brasileiro na década de 60: O Glorioso Botafogo e o Timaço do Santos. Segundo consta, capitaneados pelos talentos de Garrincha e Pelé, esses dois times fizeram jogos antológicos no futebol brasileiro, repletos de arte, gols e magia.

Ontem esse espírito ressuscitou na Vila Belmiro. De um lado, pela primeira vez completo no campeonato brasileiro, o esquadrão de arte do competente Muricy Ramalho ofereciam do meio para a frente os nomes de Arouca, Elano, Ganso Ibson, Neymar e Borges. Do outro lado, o técnico mais vezes vencedor do campeonato, Luxemburgo, apresentou as armas batizadas de Ronaldinho Gaúcho, Felipe, Thiago Neves, Léo Moura, Renato e Willians. Contra o Flamengo os desempenhos regularmente pífios de Wellington e Deidiv. Contra o Santos, a instabilidade de seu goleiro.

Para que o jogo começasse com ares de dramaticidade e pane, dois pilares do Flamengo, Léo Moura e Renato, logo ao início do jogo, erraram irresponsavelmente passes em área perigosa que resultaram em dois oportunistas gols de Borges, o segundo, com um toque de arte e sorte de Neymar e com a incompetência do zagueiro Wellington. Mesmo o flamenguista mais otimista já temia o pior, e essa sensação foi potencializada quando Deivid, um sub-jogador de futebol, perdeu bisonhamente um gol em baixo da trave e sem goleiro.

Aparentemente o Flamengo pagaria o pedaço de entrar com somente 9 jogadores profissionais em campo, e o castigo não tardou, Neymar numa pintura clássica de irreverência, talento, arte e velocidade, fez um gol que focará nos anais da Vila Belmiro, palco de outros tantos gols apoteóticos. O Santos parecia desenhar uma goleada acabando de forma exemplar com a invencibilidade do Flamengo no Campeonato Brasileiro. Mas se esqueceram que Flamengo é Flamengo e nada é definitivo em totalmente explicado quando se entoa esse mantra.

Através da insistência do time e da falha do goleiro santista, Ronaldinho começou a escrever um dos momentos mais importantes da sua vitoriosa carreira e fez o primeiro gol rubro-negro. Novamente pela direita o Flamengo encontrava espaço para seu futebol e num cruzamento certeiro efetuado pela grande promessa Luis Antônio (P.S: Revendo o lance vi que quem efetuou esse cruzamento foi o Léo Moura, mas como Luis Antônio fez outros tantos com qualidade e denodo, no meu imaginário a cena vai continuar com ele), Thiago Neves cabeceou para encostar no placar: 3x2 para o Santos.

Milhões de flamenguistas em todo o país já respiravam esperançosos e orgulhosos pela reação, quando apesar da insistência teimosa do antiquado, passional e ultrapassado José Roberto Wright, comentarista de arbitragem da Rede Globo, o juiz apunhalou o Mengão e marcou um pênalti inexistente de Willians em Neymar. A falta foi discutível, mas se ocorreu, foi fora da área, e minha visão após rever o lance dezenas de vezes pode garantir que o comentarista mais uma vez errou, assim como o juiz, contra o Flamengo.

Novo balde de água fria se apontava contra nossa torcida. Mas, os deuses do futebol, fizeram Elano abusar da empáfia e tentar fazer uma cavadinha na cobrança do penalty, defendido com sarcasmo pelo experiente Felipe. E aí foi a vez de nova ressurreição flamenguista e Deivid, resvalou de testa uma cobrança de escanteio perfeita de Ronaldinho e o empate estava sacramentado: 3X3.

Final de primeiro tempo. E uma página lendária do futebol brasileiro já tinha farto material para ser publicada. Independentemente do resultado final que aconteceria hora depois, qualquer flamenguista já se sentia honrado e orgulhoso de seus ídolos.

Começa o segundo tempo, e mesmo já sem Wellington, substituído, o Flamengo não encontrava meios de silenciar a arte de Neymar e ele sacramentou mais um belo gol para a equipe santista.

Para nós, o empate já seria um belíssimo resultado, visto que manteria a nossa invencibilidade e em face dos percalços iniciais o empate teria gosto de vitória, mas, havia outro grande talento querendo fazer história e Ronaldinho Gaúcho, recebeu e cobrou uma falta que calou o lado branco da Vila Belmiro e mostrou ao Elano que irreverência tem hora e lugar. Saber qual é, faz o diferencial dos gênios para os pobres mortais.

Para graça de toda uma torcida apaixonada, ainda sobrou talento para Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho tabularem (e tabelarem) uma jogada que resultou no terceiro gol de R10 e na virada espetacular do Flamengo: 5x4.

Não me lembro de ter visto outro jogo tão lindo em minha vida, mas se vi, pelo menos por meses tentarei esquecer e focarei tão somente nesse épico que assistimos ontem, onde apesar de ter um vencedor no campeonato que somou mais três importantes pontos, o jogo ficará na história como um duelo de gigantes. Todos vencedores. Todos merecedores de glórias e aplausos.


Obrigado Senhor por ter me permitido assistir esse espetáculo de magia, arte, talento, raça, superação e fé. Não faltou sangue, não faltou gol, não faltou inspiração, faltaram graças a Deus, apenas as faltas, praga maligna que empobrece o esporte bretão e que é preconizada por débeis sem talento como Dunga, Felipão (em alguns momentos) e outros ignaros.
Bem para finalizar, seria hipócrita, como torcedor apaixonado que sou, não registrar que estamos no G4, somos o último campeão carioca (invicto), somos o único time que não perdeu jogos fora de casa em todo 2011, somos os únicos invictos do campeonato, somos o time que mais rodadas ficou invicto em toda a história do Brasileirão em pontos corridos, temos o melhor ataque do campeonato assim como o artilheiro e perdemos em todo ano apenas uma partida. E preparem-se, adeptos do arco-íris, pois brevemente jogaremos com 11 em campo pois Alex Silva e Jael vêm aí.
Oh! Meu Mengão, eu gosto de você.

Um comentário:

  1. Se vcs levaram dois gols com passes bizonhos de seus jogadores so prova que o time nao e isso tudo, assim como o santos que teve um frangueiro no gol.
    Dois gols merecem destaque o primeiro do Neymar e o de falta do Ronaldinho, o resto como disse o canhotinha gerson foi o classico dos 07 erros.

    ResponderExcluir

Por favor, nosso Blog não aceita mais comentários não identificados. Por obséquio, realize seu registro. Grato.