VIVER É BOM DEMAIS.

O MEU 2012,
NO DIA EM QUE O MUNDO NÃO ACABOU.

Quem se expõe na vida pública, deve ter a consciência de que será diuturnamente prematuramente julgado, e muitas vezes, de forma injusta. São ossos do ofício e quem não tem estrutura emocional para isso não deve enfrentar o desafio. Eu, apesar de nunca ter sido candidato a cargo eletivo nenhum, pelas funções que ocupei e ocupo, além da titularidade deste espaço, tenho consciência e discernimento suficiente para aguentar a demanda. Apesar disso, sempre achei e acreditei que a política tem espaço abundante para gente de bem e com firmes propósitos. Queiram ou não, a política é o único mecanismo de transformação da sociedade, e quando os bons se anulam ou se omitem, abrem espaços inadequados para a ocupação indevida. Tento, como um pássaro que pega uma gota d’água para apagar um incêndio na floresta, dentro das minhas inúmeras limitações, abrir um fôro para o despertar da importância da atividade pública na vida das pessoas, especialmente nas comunidades que nos contemplam com a visita. Não é tarefa fácil e não tenho ilusão de mudar o mundo, apenas tento fazer a minha diminuta parte e oferecer a minha modesta contribuição.

Muitas pessoas preferem desprezar os políticos e os entornos da política, esquecendo-se que até mesmo eles têm os seus destinos traçados nos corredores do poder. Creio ser muito mais nobre adentrar neste universo e tentar modificar o que for possível do que ficar reclamando pelos cantos em desabafos inócuos. Conviver na política e ter boas intenções é possível, basta ficar permanentemente atento a todas as oportunidades de promover pequenas mudanças, e aos poucos, minimizar os atos nocivos à sociedade, causados pela formação inadequada de nossos valores sócio-culturais, mas isso é pauta para outra discussão. Desde que entrei na vida pública tenho esse norte em meus conceitos práticos. Sei que não vou, sozinho, atingir nenhum resultado significante, mas a cada dia, encontramos semelhantes e a cada momento até mesmo os desiguais se apercebem que podem ser instrumentos de boas causas e atenuar os danos que alguns políticos causam a população e somam-se conosco na busca do ideal.

Me dá um prazer enorme saber jogar o jogo, reconhecer os males, conviver com eles, mas combate-los suavemente ou com expressão de autoridade, de forma articulada e bem sucedida. Muita gente me julga de forma pré-concebida e negativa, e compreendo isso muito bem, mas sem querer convencer ninguém, dentro das intimidades que não posso revelar, tenho um prazer imenso e inenarrável, de olhar para trás e ver que durante mais um ano de árdua labuta, fui um dos portadores de medidas que com êxito, marcharam em cumprimento da Lei e se desviaram para a busca da justiça social. A cada ano que passa percebo com enorme júbilo, que o nosso país está mudando, as leis são mais severas, a impunidade diminui e já dá para enxergar uma pequena luz no fim do túnel. Se tivesse outra atividade na vida privada, poderia também exercer um bom papel, mas não sentiria o prazer íntimo que tenho em protagonizar ou coadjuvar atos que me orgulham por serem de suma importância para a coletividade e que passam despercebidos no ar. É uma massagem pessoal na consciência, e só ela se agracia nesses momentos.

Apesar de todas as ofensas que me lançam e alguns pensamentos nefastos que me pregam, tenho imensa satisfação em meus ofícios. Não faço isso para ser herói, não faço isso para ser laureado, faço isso por mim e pela felicidade que me causa no peito. Creio ser um saudável egoísmo para contrapor os inúmeros defeitos que possuo, assim como todo ser humano.

Praticamente encerrando as minhas principais atividades anuais no poder legislativo, que me enxugaram diversas horas dos últimos dias pela função de Controlador Geral que exerço até de forma muito centralizadora, me dou ao direito deste depoimento, ciente que, todas as minhas atitudes foram, sempre que possível, no afã da procura do justo, e orgulho-me de ver, mais uma vez, nossas contas fechadas, fornecedores pagos, servidores com seus salários e décimo-terceiro no bolso, e todas as metas cumpridas, por mais inatingíveis que elas aparentassem ser.

Muitos não acreditaram nesse relato e desde já, manifesto a minha compreensão, mas por outro lado, sei que muitos se solidarizam comigo e têm confiança na minha capacidade e bom senso, e torcem pelo meu êxito.

Hoje, num comentário não publicado, um leitor anônimo, pródigo em exaltações a própria cultura e exaltado opositor do titular deste Blog, mencionou que eu não possuo uma casa própria e que já recebi várias visitas de oficiais de justiça. Pior é que é verdade. Mas, por incrível que pareça, sem nenhuma demagogia, tenho até orgulho disso. Tenho orgulho de não ter transformado esses quase trinta anos de atividades públicas em um caminho de enriquecimento ilícito. Sem hipocrisia, que não é o meu forte, mesmo que alguns  não coadunem com essa assertiva, ganho muito bem para a realidade local, mas para adquirir uma boa casa e ter honrado pontualmente com todos os compromissos que um chefe de família adquire, os salários na vida pública não foram suficientes, especialmente para um pai de três filhos e co-responsável econômico por uma neta.

Vivo bem, não me falta nada de essencial, nem para os meus, viajo quando posso, como o que desejo e bebo o que me satisfaz. Visto-me com certo gosto e sempre que posso sou generoso. Tenho o livre arbítrio para frequentar locais onde me sinto bem e tenho o direito de escolher os meus amigos, ente os quais, vários que amo. Isso me deixa muito feliz e talvez seja até mais do que eu mereça, mas rico não sou e creio que nunca fiz nada para ser. Algumas coisas tem preço, até o dinheiro, e a qualidade de meu sono e a altivez de minha cabeça não me permitem pagá-las.

Depois deste enorme prefácio, agora vai o pequeno real intuito desta postagem: Quero agradecer a cada colega de trabalho; a cada amigo com quem troquei uma confidência ou um desabafo; a cada vereador que sempre soube me respeitar; a cada amizade nova conquistada ou recomposta; a cada leitor deste Blog; a cada sorriso recebido; a cada elogio ou crítica construtiva; a cada alma generosa que orou por meu êxito; a minha mulher, amor eterno da minha vida; aos meus filhos, orgulhos de minha existência; a minha neta, razão atual do meu viver; a minha mãe, que me deu a glória da vida; aos meus primos, que mesmo distantes, são o meu elo com o meu passado; aos que nos deixaram, pelas boas lembranças que me acariciam a mente; e especialmente a Deus, que colocou seu filho Jesus na estrada da minha humilde história.

Estamos encerrando mais um ano de lutas, derrotas e glórias, e a emoção já toma conta de mim, por isso, peço perdão se fui enfadonho, mas esse é o Blog do Julinho, e é essa a minha essência e vontade.

Vou sair agora, fazer minhas comprinhas para saudar o Jesus que aniversaria no coração de cada um de nós e também comprar meus presentes para o "Natal dos Amigos". Se o seu ano, caro leitor, também foi abençoado com Jesus vivo ao seu lado, se possível for, faça, mesmo que não seja através de nós ou do nosso evento, uma criança feliz e ajude para que ele não perca a ternura e a ilusão que toda a infância deve ter.

Um bom final de semana com muita paz no coração e muito amor na cama. Segunda-feira eu volto para te desejar um Feliz aniversário de Jesus.

OBRIGADO! OBRIGADO! OBRIGADO! Viver é bom demais.