segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

PRIMEIRO DISCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE BARRA MANSA.

180 ANOS ATRÁS...

Discurso pronunciado em 16 de fevereiro de 1833, por Instalação da Primeira Câmara de Barra Mansa, pelo Presidente Tenente Domiciano de Oliveira Arruda

Dignos cidadãos, ilustres vereadores. Honrados com o voto dos habitantes do nosso município para formarmos aquele corpo cívico que deve cuidar da sua administração, e vigiar nos seus mais imediatos interesses, nós somos hoje reunidos em nome da Lei e começamos nossa existência como corporação constituída. Sérios e pesados deveres nos estão impostos: a indústria nos seus diferentes ramos, a moral e o sossego público reclamam de todos os pontos nossos cuidados. As estradas e caminhos, cujo mau estado é sentido por todos, e muito impede ao desenvolvimento da riqueza comum; a polícia que começa a florescer; e a população que cresce de dia em dia, são objetos, que além de outros, têm de ocupar nossa atenção. Se eu não confiasse tanto, senhores, em vosso patriotismo e ilustração, perderia de todo o ânimo, pois conheço minha insuficiência para o cargo em que o voto de meus concidadãos me colocou, e renunciava a esperança de poder ser útil ao nosso País, e a este município. Mas a vossa direção e exemplo me alentam, e pelo caminho que amostrardes, que não pode ser outro senão o do verdadeiro patriotismo e zelo pelo interesse deste povo, eu seguirei tendo sempre em vista encher a obrigação que a sociedade marca a todos os cidadãos, a quem distingue com a sua escolha para os empregos: o cumprimento da Lei. Oxalá que, guiados ora e sempre por tais ditames, nós recebamos sempre aprovação deste bom povo, cujos interesses foram confiados aos nossos desvelos; oxalá que, daqui há quatro anos, entregando aos nossos sucessores o honroso encargo que nos é atribuído, possamos ter as bênçãos e louvores dos nossos concidadãos. Uma tal recompensa nos pagará, de sobra, quaisquer fadigas e sacrifícios nossos. Viva São Sebastião da Barra Mansa, Viva nossa Província, Viva nossa Pátria, o Império do Brasil.
Agradecido a todos.

Colaboração: Rozan Silva.

3 comentários:

  1. Resultado: Uma cidade construída em cima de um cemitério de burros - Fazenda da Posse / ponto de encontro de tropeiros - não pode dar certo desde sua fundação.

    MDF

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    1. NÃO É VERDADE "QUE DESDE SUA FUNDAÇÃO".
      OS DOIS VERDADEIROS BODES PRETOS DE BM!
      Barra Mansa é acusada de dois defeitos permanentemente: abandono e fracasso. O primeiro é oriundo do déficit politico; o segundo, do déficit de atenção.
      Um politico não é mais do que um ser humano, nada mais do que isso. No Brasil há uma expectativa exagerada do que um homem politico possa fazer, até porque há um grupo de pessoas ao seu lado, instituições, limitações, oposições, acidentes de percurso e assim por diante. O politico ganha uma áurea e passa a sobreviver dela. É o mito do “Gente Boa”. O “gente boa” é sempre permissivo, complacente, largo com as demandas mais erradas da sociedade, porque ele sabe que os governantes oscilam entre as promessas superprotetoras, antes das eleições; e a realpolitik, depois das eleições. Quem decide são os fatos, aquelas coisas cheias de números de um balancete.
      Evidentemente, em Barra Mansa, essas coisas ficam acintosas por causa do nosso problema estético: Barra Mansa é uma cidade feia! Pavorosamente disforme, com casas e prédios pendurados nos morros ou perigosamente próximos demais aos rios e córregos. Os nossos políticos nunca tiveram força para erradicar ou impedir que isso continuasse a acontecer. (Recentemente um contador conhecido da cidade aprovou um loteamento no cimo de um morro sem que tivesse uma saída para o esgoto, porque a única opção passava próximo de um clube famoso - várias vezes citado no blog, envolvido em um ménage à trois financeiro).
      Assim não temos uma politica habitacional condizente com o nosso terreno, e nem uma politica econômica e financeira que viabilize a primeira.
      O outro defeito alheio a nossa vontade é a acusação de fracasso. Quem fracassou foram as últimas gerações de barra-mansenses. A cidade já chegou a ser a terceira do estado em termos econômicos financeiros, perdendo para o Rio e Niterói. Barra Mansa já teve três jogadores na seleção brasileira de futebol, além de outros tantos conhecidos nacionalmente. Antes disso, segundo o livro do historiador Alan Carlos Rocha, os paulistas vinham aqui para aprender e vários deputados daquele estado citavam Barra Mansa como modelo de progresso e desenvolvimento.
      O que fazer se sentamos em cima do nosso próprio sucesso e permitimos que uma elite oligárquica perniciosa, venal, fraca, frouxa e babaca assumisse por tanto tempo o controle da cidade.
      Há sempre uma comparação com Resende. Diante da pujança da cidade vizinha, o bode expiatório é o nosso relevo. Se fala da topografia como se essa fosse a única coisa responsável. Parece que terrenos planos caíram do céu com terraplenagem e tudo de uma hora para outra em Resende. Atenção: Se fosse a topografia, porque Resende não se desenvolveu antes? Porque isso aconteceu há recentes vinte anos?
      Resende trabalhou para isso. O prefeito Eduardo Meohas comemorou durante o seu segundo mandato a chegada da sua cidade ao primeiro lugar no IQM-verde, índice promovido pela Firjan junto com o CIDE – Centro de Desenvolvimento Econômico. O Índice de Qualidade dos Municípios (verde) media a eficiência do município em meio-ambiente e agricultura. Além disso, Resende estava muito bem posicionada no IQM-carências, que media o estado da educação, saúde e mobilidade urbana entre outras coisas. Como se vê não foi a topografia favorável, foi trabalho, planejamento com informação e mudança dos paradigmas! Resende aceitou muito melhor a globalização do que as outras cidades da região, presas que estavam a choramingar pelas estatais perdidas.
      Colocar todas as fichas em um aspecto para justificar o sucesso de alguns ou o fracasso de outros, é subestimar a capacidade de fazer o bem ou o mal, conscientemente.
      Quando trocamos o que as gerações passadas fizeram por asfalto como medida de progresso, eu não sei bem o que o relevo tem haver com isso. Nós fomos desmiolados, estávamos de bode!
      Disse certa feita o economista J.K. Mehta, que o subdesenvolvimento é principalmente falta de caráter, e não escassez de recursos ou de capital. Ele tem razão!

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  2. Discurso do Zé Desastre.
    Rééééééé...Crashhhhhh...Ahhhhh...Pummm...bang...*mer#&@... Ih fudeu...Perdi. Vou pra Résende como o personagem de Reginaldo Faria na novela “Vale tudo”: vou dar uma banana pra vocês.
    Comentário meu: o Brasil mudou, mas nem tanto assim.

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